Capítulo 21

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Seher caminhou o suficiente para presenciar como os dois se atracavam, pareciam dois leões disputando território. Encontrava-se muito magoada, mas seu lado bom não queria assistir aquela briga. Afugentando-se assim que percebeu que Yaman havia ganhado. Todos os socos que desferiu contra o espanhol, confirmou sua força ao deixá-lo nocauteado.

Sua ira saiu naqueles socos e na violência de frisar que aquela era sua mulher, ou pelo julgava ser. Após usar seu poder para persuadir os seguranças da balada, seu sobrenome deu o passaporte para a retirada de seu rival. Dominado pela adrenalina, a procurava esquecendo do soco que havia levado no maxilar. Sua dor não importava, poderia aguentar qualquer coisa menos perdê-la.

Sem encontrá-la no ambiente, ao sair assistiu adentrar um taxi segurando uma garrafa de vodka. Seher estava cansada demais, sua cabeça doía e não sabia explicar o que tinha feito. Agiu como uma idiota ao alimentar um sentimento de vingança, em vez de falar a verdade, era tão simples e fez tudo errado. Por mais que o julga-se, estava agindo como o mesmo.

Apoiando sua cabeça no vidro, procurou manter a calma interior e pensar em como resolveria seus problemas. Pensar ultimamente havia se tornado o seu maior sacrifício, para todos os lados que olhava, sentia que seria acertada por um punhal. Conversando no seu silêncio após uns goles daquela vodka, sentia o ardor em sua garganta.

Aquele álcool não podia sufocar todas as suas decepções, ainda consciente sabia que não tinha escapatória do problema que procurou entrar. Distraída uma frenagem brusca assustou-a. Seu coração dobrou de velocidade, seus olhos acessos deparam com um carro preto servindo de barreira na frente do taxi que residia.

Em estado de choque pelo susto, assistiu sair formosamente como um tigre contra o farol. A brisa movimentava seus cabelos, seus olhos semicerrados seduzia a tal ponto que perderia a sanidade. Balançando sua cabeça para colocar os pensamentos no lugar, ouviu quando abriu a porta.

― Você vem comigo ― apontou para sair do taxi.

― Eu não vou com você a lugar nenhum ― rindo agarrada sua garrafa ― Você não manda em mim ― insistindo em fechar a porta.

― O que você tem na cabeça Seher? Me entrega essa garrafa de bebida ― tentando tomar enquanto ela se esquivava ― Você está grávida, não pode beber ― vendo-a como o fuzilou ao dizer isso, Seher segurou para não jogar na cara dele que já sabia a verdade ― Me entrega isso! Você perdeu o juízo ― sentindo seu coração sair pela boca, ela simplesmente oscilava entre um olhar de ódio e um riso debochado.

― Para de ser chato! Eu quero ser feliz ― radiante na afronta.

Yaman não soube ser delicado, apenas jogou um pequeno bloco de dinheiro ao taxista mandando esquecer o que viu. O homem amedrontado apenas sinalizou com a cabeça, retirando Seher do carro, assistiu como se negou a segui-lo. Ela estava mole, mas seus olhos estavam bem firmes na decisão de ir para casa.

― Eu não parei um taxi para ouvir que não vai vir comigo ― insistindo sem tocá-la.

― Você parou porque quis, eu não mandei fazer nada ― cruzando os braços numa afronta.

― Não queria me ver bravo! ― ameaçou com aquele olhar sedutor ― Eu sei o seu ponto fraco, sei como geme quando entro em você ― diabolicamente baixinho no seu ouvido ― Geme deliciosamente quando derramo meu gozo quente em você ― ele era definitivamente o rei do inferno e um ativador de orgasmo verbal.

As pernas de Seher bambearam, mas não cairia em tentação. Negando-se a ir, não teve tempo de reclamar. Estava sendo carrega no colo por aquele homem, sua força e seus músculos eram capazes de estimulá-la a pensar cada sacanagem. Obrigada a sentar no banco de passageiro, teve que aguentá-lo o caminho com sua crise de ciúmes. Prezando ignorá-lo, brincava com o botão que fazia o vidro subir e descer.

O Professor MisteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora