Capítulo 26

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Algumas vezes sentimos que perdemos o controle, nesses momentos tornamos cegos para o tempo e quem está a nossa volta. Seher não teve como reagir, seu mundo virou a plena escuridão por horas. Despertando de uma noite aparentemente bem dormida, a penumbra do quarto assustou-a. Encontrava-se no caos de sua razão, com um salto investigava o ambiente. Os móveis âmbar e o edredom cinza a cobrindo, traziam um tom familiar.

― É ele ― sussurrou ao arregalar os olhos.

Talvez em outro momento começa-se a rir, mas por reconhecer quem era o dono do quarto, com um grito o fez aparecer. Lá estava quem novamente fez o mesmo jogo, Yaman era o mestre de dominar as situações a seu favor. Era incrivelmente esperto se não fosse um louco apaixonado. Regressando da varanda sem camisa, sua pele branca combinava com os raios de sol.

Desconcertando-se ao ter aquela visão, comprovou que havia malhado o suficiente para seduzi-la. Seus bíceps estavam mais grossos e definidos, seu abdômen trincado convidava a ser explorado. Por segundos, sentiu-se fraca por sua parte intima escorrer. Não negaria, aquele homem sabia desligar sua razão e mexer com seu instinto mais selvagem.

Esse homem está para o pecado!  ― pensou atordoada ― Ele está 10 vezes mais gostoso  ― sentindo sua cavidade pulsar de vontade ―  Seja forte! Ele quer apenas brincar com você, como não conseguiu me desestruturar com aquela loira aguada vai tentar de outra forma ― seus pensamentos eram frenéticos como o líquido que insistia em molhar sua fenda sem calcinha ― De uma forma que só ele consegue! ― desviando seus olhos para região pélvica ― Ele já está duro! ― percebendo o quanto o tecido da calça estava relutando para guardar aquele brinquedo grande ― Não perca o foco! Mais eu queimo de desejo por aquele membro me preenchendo ― sua emoção deu um tapa na razão ― Para de pensar nisso! Esquece do sexo gostoso e foca em como ele te julgou idiota ao ponto de dar o golpe da barriga ― relutante mentalmente.

Deslumbrada com o caminhar de um tigre, engoliu a seco todos aqueles sentimentos que insistiam surgir. Ele não merecia nem um suspiro, havia feito coisas contra sua vontade, ou pior a usado através de mentiras. Se era capaz de mentir que teriam um filho, o que seria capaz de fazer após tê-lo. Desviando seus olhos, precisava controlar seus desejos carnais. Era uma nova Seher, não cairia naquela conversa macia e nem aos encantos daquela voz sedutora.

― Incrível como não perde o costume de ser intransigente ― enfrentando-o ― O que esperar de um professor que faz uma proposta indecente a aluna ― atacando-o como sua defesa.

― E você aceitou, afinal eu não transei sozinho ― passando seus dedos pelo rosto de pele macia ― Melhor! Não transamos, fizemos amor ― insistindo em lembrar ― Apenas quem ama tem a conexão que temos ― cada vez mais próximo ― Eu não vou desistir do seu amor ― temendo perdê-la.

― Pretende me prender com suas mentiras? Qual será a próxima ― desferindo agressividade nas palavras ― Eu menti quando tomei a pílula do dia seguinte! Escondi a respeito da bolsa de mestrado, porém você foi mais longe ao tentar me dar o golpe da barriga ― irritada ao cruzar os braços.

― Você nunca aceitaria essa bolsa, se não fosse a chantagem de Nur ― levando-a saber de como foi obrigada ― Eu sei de tudo, sei de como foi ameaçada e como te perdi pelas maldades alheias ― segurando-a para olhar naqueles olhos esmeralda.

― Você fala delas sem olhar para o seu erro ― empurrou-o ― Você tentou me engravidar, como não conseguiu mentiu para que eu abandona-se meus sonhos ― com tapas naquele peitoral largo ― Eu disse inúmeras vezes que não estava preparada, que não desejava ser mãe por ter sonhos de construir uma carreira ― fazendo-o lembrar ― Você preferiu atropelar minhas escolhas para atender suas vontades ― explodindo tudo que havia segurado ― Claro! Sempre egoísta, você só pensa em você ― gritando ― No seu egoísmo barato! Em como todos se curvam para atender seus desejos! ― jogando o vaso que estava sobre a cômoda no chão ― Eu entreguei meu corpo! Minha alma para você! ― arremessando um castiçal contra a parede ― E o que você fez? Mentiu, brincou com a aluna boba ― avançando como uma leoa ― Eu não passei de uma peça no seu jogo de sedução, ou melhor devo ter sido vista como barriga de aluguel ― desesperada de raiva e temendo ter certeza.

O Professor MisteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora