Capítulo 28

1.2K 107 23
                                    

Aquilo só podia ser brincadeira, Seher percebeu que cada centímetro de seu corpo gelou e algo forte socou seu estômago. Por um breve tempo, não conseguiu assimilar o que acontecia a sua volta. Transformando-se na mulher forte que era, nunca mais se curvaria a uma proposta como aquela. Havia cometido esse erro no passado, algo tão sem pensar que lhe rendeu um amor sem controle. Porém, ao envolver-se com Yaman, existia uma chama que queimava em seu interior. Já o amava, mas deveria esconder esse sentimento e lutar contra as investidas.

Toda sua luta foi inválida, acabou se envolvendo com seu professor. Viveu uma paixão ardente, ao ponto de quase abandonar sua família. Seher o amou, mesmo com toda aquela arrogância desde o primeiro momento, ao contrário de quem estava à sua frente. Invadida por um sentimento de ódio, desprezo e nojo não deixaria ser tratada assim. Armando-se tomada pelo resto de sua moral, usou suas mãos para derrubar tudo que estava sob a mesa.

― Quem você pensa que eu sou? Han? ― bufando de raiva ― Eu não sou essas garotas que está acostumado, eu não vou me submeter a essa baixaria ― aparentemente o assustou, mas Will recompôs ao atacá-la em seu ponto fraco.

― Você vai receber uma boa quantia para transar comigo ― com passos largos na direção de quem julgava indefesa ― Será de uso exclusivo meu e terá a vantagem de ganhar tudo que o dinheiro pode comprar ― percebendo o quanto esquiva de seus toques.

― Eu não transaria com você nem que fosse o último homem da face da terra ― mantendo-se de cabeça erguida ― Guarde seu dinheiro asqueroso para quem realmente se vende ― explodindo seu desprezo em sua face.

― Você julga-se orgulhosa ― menosprezando ― Não é nada do que você já não fez, só que será paga para atender os meus desejos ― querendo acurralá-la psicologicamente ― Você só tem a ganhar ― abrindo a gaveta de sua mesa, retirando uma caixa que teve o prazer de abri-la ao mostrar um encantador colar de rubis ― Pense bem! Eu posso colocar o mundo a seus pés ― acreditando que seria capaz de compra-la com aquela joia.

― Você me dá nojo! ― cerrando os dentes ― Não estou à venda nem hoje nem nunca ― ferozmente ao caminhar rumo a porta.

― Você pode perder sua bolsa de mestrado ― jogando baixo para conseguir o que almejava.

― Ótimo! Eu não estava gostando mesmo do ensino dessa universidade ― superior demais para se abalar.

Seher sabia muito bem como funcionava aquelas ameaças, não se renderia aquele homem desprezível. Mesmo que perde-se a bolsa, regressaria para sua casa de cabeça erguida. Havia passado por poucas e boas, mas não imaginava que a história se repetiria de uma forma que sentiria ódio de quem fez essa proposta. Quando Yaman a coagiu, sentiu raiva, mas algo em si desejava viver aquela aventura por mais louca e perigosa que fosse. Kirimli despertou sentimentos primitivos que julgava inexistentes, com ele conheceu seu corpo e um amor avassalador.

Hoje sentada no meio do jardim, observava os demais estudantes correr para salas. Julgava melhor despedir antes que fosse jogada porta a fora, mentalizando boas energias ouviu a voz de sua razão. Confiante em sua ação, levantou-se apressada atrás do que seria melhor. Subindo algumas escadarias, entrou numa sala destemida ao retirar seus documentos da bolsa. Apoiando-se na bancada de madeira, olhou para senhora dos seus 60 anos que detinha um óculos na ponta de seu nariz.

― Eu quero trancar o meu mestrado ― assustando a senhora e alguns estudantes que estava a sua volta, todos a conheciam por seus ótimos projetos.

― Você tem certeza disso? ― a senhora recuperando-se após ouvir aquele pedido ― Vai trancar por 1 ano por motivos de saúde? ― confiante na resposta positiva.

― Não, é definitivo ― mesmo que isso destruísse sua família ― Eu estou desistindo do mestrado ― anunciou com todo o seu orgulho e moral de quem era.

― Vou encaminhar sua decisão para o reitor ― avisou a senhora recolhendo seus documentos ― Aguarde uma resposta ― sentenciou.

Nada a levaria submeter-se a isso, ainda tinha um pouco de amor próprio. Esperançosa que foi a melhor escolha, escutou seus amigos. Já sabiam pela forma que a fofoca estava rolando no campus, Megan sentiu-se péssima e queria saber os motivos. Seher não contou, apenas afirmou que sentia falta de sua família. A loira era uma matraca, não muito diferente de Noah. Desejando animá-la, contaram sobre a social num cube. Antes que nega-se, foi arrastada por seus amigos.

Se amanhã fosse embora, pelo menos teria boas lembranças com pessoas que a fizeram sorrir. Mesmo despedaçada, colocou seu melhor sorriso e vestiu-se algo despojado. Megan que não abria mão de arrumar sua amiga, a embonecava para ganhar todos os olhares e esquecer de Kirimli. Seher estava realmente linda, a prova veio quando atravessou a porta do clube. O short de cetim preto e a blusa vermelha, combinavam com seus traços de princesa. Sorrindo ao caminhar meio a seus amigos, não houve ninguém que não a olha-se.

Sentando-se num banco, escorou-se na bancada pedindo um drink. Apreciando como Megan dançava ao som eletrônico, agradecia por Noah ser desajeitado e ficar do seu lado afastando aqueles marmanjos que insistiam olhá-la. bebendo como quem estivesse para morrer no próximo amanhecer, sua cabeça girava enquanto relaxava. Dançando após esquecer tudo, um par de mãos envolveu em sua cintura. Puxando-a para escuridão, o aroma satisfez sua mente. Era ele, sem sombra de dúvidas. Por mais bêbada que estivesse, reconheceria o cheiro do seu homem.

― O que está fazendo aqui? ― apoiada entre a parede e aquele tórax musculoso ― Está perseguindo sua aluna? Ou melhor, ex aluna ― seduzindo-o com olhar ― Não é o ambiente que o professor Kirimli gosta, afinal você gosta de lugares calmos ― voltando a memória que foi sequestrada.

― Eu disso que não vou desistir de você ― beijando-a com ardência por recordar que passou durante um mês vigiando-a sem poder tocá-la ― Eu estarei aqui sempre que precisar, mesmo que me trate como amigo ― tocando aquele rosto de pele macia ― Sim, eu gosto de lugares calmos. Eles são perfeitos para fazer amor, para ouvir os gemidos dos apaixonados ― roçando seus polegares nos bicos dos seios ― Eu amo o seu cheiro ― enfeitiçado por algo que ativava seu corpo ― Você é uma tentação ― mordendo seus lábios ao olhá-la.

― Percebi que a tentação deixou alguém duro ― apalpando o membro desenhado na calça ― Você está duro do jeito que eu gosto, ainda consigo ouvir os sons de nossas carnes se chocando ― passeando com seus dedos estimulantes ― Vai negar que não se lembra? ― provocativa ― Você adorava castigar sua aluna ― apalpando com mais veracidade e desejo.

― Claro que lembro ― revirando os olhos ― Da forma que fazíamos sexo em cima da minha mesa ― apertando para sentir aqueles seios roçarem em seu peito ― De como nossos corpos se encaixavam durante o banho ― ofegante por sentir seu membro latejar.

― Eu quero transar ― sussurrou após morder o lóbulo ― Sem camisinha ― fazendo-o arrepiar ― Quero sentir o seu esperma dentro de mim ― anunciou numa ação de esfregar-se para acendê-lo para o desejo.

― Seher! Você está bêbada ― detendo-a de fazer algo que depois arrepende-se ― Nunca que você me pediria isso se estivesse sobrea ― preocupado ao vê-la desabotoar seu cinto.

― Eu quero você ― beijando-o ― Sexo oral não me satisfaz ― murmurando como uma gata ― Eu quero você dentro de mim ― enfiando sua mão dentro da calça, sentindo o que a satisfazia melado e duro de tesão ― Acaba com essa abstinência de fazer sexo com você ― sentindo-o chupar seu pescoço ― Me fode! ― massageando freneticamente.

― Não! Isso é errado ― relutando em escapar de quem estava o seduzindo ― Você está bêbada ― seu membro agradecia aquelas mãos o masturbando ― Não posso fazer isso, isso seria abuso ― detendo-a.

Estava desesperada por aquele homem, sentia necessidade de ser possuída. Entretanto, Yaman não agiria como um cafajeste que transa com um mulher bêbada. Sua negativa a irou. Seher afastou-se, fugindo daquela sala encostou-se na parede depois de não ser atendida. Flutuando entre suas lembranças, sentou-se onde começou a noite. Apoiada na bancada percebeu quando o barman trouxe uma bebida que não havia pedido. Ainda estava consciente, negando-se recebeu afirmação que havia sido pago por um homem. Imaginando ser Yaman, ao olhar comprovou ser Will.

― Maldito ― tomada num desprezo infinito. 

O Professor MisteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora