Capítulo 52

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Como podem ver, a história não vai acabar no 52 rs ela vai até o 55

Como podem ver, a história não vai acabar no 52 rs ela vai até o 55

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Marie Curie estava particularmente encantadora naquela noite.

Diversas faixas na cor laranja com o símbolo do concurso e do Rio Grande do Sul estavam espalhadas pelo campus. A apresentação dos finalistas era apenas um momento do dia cheio de outras atividades: havia oficinas, pequenas rodas de conversa, sorteios e até uma loja de produtos personalizados do evento. Os alunos finalistas das outras universidades já estavam lá, participando das atrações, tirando algumas fotos e dando algumas entrevistas para as revistas universitárias da Marie Curie.

Encontrei Jason de relance, ele passou rápido por vários alunos, mas notei que usava um crachá com o logo hexagonal da empresa júnior Beta de publicidade. Ele não estava lá para participar do evento, e sim trabalhando. Havia uma câmera profissional em suas mãos e a parte de trás da sua camisa preta estava escrito "Equipe de Mídia".

Esse garoto iria acabar saindo de Engenharia e migrando para Publicidade igual a mim.

No dia anterior, eu me senti bem confiante a respeito da apresentação. Depois de escrever duas mil palavras do que seria meu novo livro, aproveitei parte da inspiração para fazer a minha defesa. Eu deveria convencer os jurados de que merecia ganhar em apenas cinco minutos, e já até cronometrara o tempo da minha fala. Escolhi com carinho minha roupa para o evento – ou melhor, Sammy escolheu, e eu estava com uma blusa de botões azul e as mangas dobradas acima dos cotovelos. Meu cabelo foi cortado e eu abandonei o all-star por um tênis preto mais casual. Eu estava até mais bonito.

Mas não tão confiante, ao ver tantas pessoas ali.

O que eu imaginava ser só um concurso simples era uma forma da faculdade conseguir novos parceiros de empresas privadas, além de ajuda financeira aos grêmios estudantis. Não era à toa que vi o senhor Max, secretário do prefeito, falando para uma câmera sobre a importância do concurso, como se ele realmente se importasse com a qualidade da língua portuguesa na escrita dos alunos.

Ele só queria palco para conseguir mais influência.

Ramón também estava comigo, e Marcos e João avisaram por mensagem que reservaram lugares para que meus amigos se sentassem juntos no auditório. Sammy estava em aula, esperando meu sinal pelo celular para sair na hora da apresentação. Meu colega de apartamento estava transpirando de nervosismo, mesmo com o vento frio da noite.

— Eu tô com medo de ter um branco na hora, esquecer tudo o que falei... — Ramón parecia entrar em colapso a qualquer momento.

— Vai dar tudo certo! Eu acho. — Dei duas batidinhas em suas costas como forma de incentivo.

Caminhamos pelo pátio repleto de barracas e grupos de pessoas, até ouvir alguém gritando meu nome. Me virei para trás e era Jason acenando.

— Vem tirar foto! Os dois! — Ele apontou para mim e Ramón.

⚧ | Azul é a Cor do SilêncioOnde histórias criam vida. Descubra agora