18 | Fred

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AYANNA CONWAY

Um arrepio percorre a base da minha coluna, não por causa do vento frio de uma típica madrugada gelada em Londres, e sim por culpa dos olhos azuis de Tom.

Seu olhar está preso no meu, e sei que ele está esperando uma resposta.

Os dedos quentes dele estão segurando o meu queixo, é quase demais ter que raciocinar com ele tão perto assim e ainda por cima me tocando.

— Tom, as coisas não são simples assim como você fala— Murmuro com um pouco de dificuldade.

— Me explica o por que— Pede.

Respiro fundo, dando um passo para trás, Tom entende o meu pedido, e solta o meu rosto, afastando suas mãos de mim.

— Nós temos um contrato que vai acabar em três meses.

—  E daí? Em três meses não vamos mais nos ver mas até lá estamos presos um ao outro. A gente gosta de fazer sexo, mas não podemos sair com outras pessoas enquanto o contrato não terminar— Explica —Acho que devemos transar um com o outro nesse tempo.

De repente estou construindo mil cenários e possibilidades diferentes na minha cabeça. As infinitas chances que essa sua proposta tem em acabar muito errada e gerar uma confusão enorme.

— Antes de recusar, pensa comigo— Pede, gesticulando com as mãos— Você me odeia, me acha um idiota, galinha e todas essas coisas... Quando o contrato acabar você vai sair pulando por aí, feliz de estar livre de mim, eu tenho certeza disso— Diz com a voz baixa.

Ele tem certeza disso? Eu não tenho. Desde que esse contrato começou e nós aproximamos, eu não tenho mais certeza de nada na minha vida, ainda mais nas coisas que tem haver com esse homem.

Cruzo os meus braços, prestando atenção na sua explicação, sei que ele não vai parar até me falar tudo o que quer que eu escute.

— Mas enquanto isso não acontece, podemos transar casualmente, não vai significar nada nem pra mim e muito menos pra você. Vai ser só sexo.

Flashes da primeira e única vez que fizemos sexo, disparam na minha cabeça, foi incrível e muito prazeroso transar com o Tom.

Será que eu devo aceitar? Ou é maluquice eu deixar cogitar essa ideia?

— Como seria isso?— Pergunto.

— Eu e você fazemos sexo se estivermos com vontade. Quando o contrato acabar e estivermos livres um do outro, nosso sexo casual acaba junto.

Respiro fundo, olho para o mar tentando ter alguma clareza na minha mente.

— Tá bom— Digo.

Me viro para ele, Tom me encara incrédulo. Até eu estou surpresa por ceder tão facilmente.

"Você vai acabar se machucando" alguma parte reacional do meu cérebro gritando em aviso, mas não consigo escutá-la.

— Tá bom?

— Sim, vamos continuar transando. Mas quando o contrato acabar nunca mais vamos tocar nesse assunto. Temos um acordo?— Pergunto erguendo a mão na sua direção, para um aperto.

— Temos um acordo— Afirma.

Ele olha para a minha mão erguida na sua direção e dá uma risadinha. Tom agarra a minha cintura e puxa o meu corpo para perto do seu, capturando a minha boca em um beijo.

Coloco minhas mãos ao redor do seu pescoço, retribuindo o beijo. A língua dele entra na minha boca, travando uma guerrinha por controle.

Um pensamento divertido passa pela minha cabeça, mentalmente estou sorrindo por causa disso.

Contract | Tom HiddlestonOnde histórias criam vida. Descubra agora