23 | scared

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AYANNA CONWAY

Pisco, e dou um sorriso mínimo, afastando esses pensamentos da minha cabeça. Agora é tarde demais para ficar me lamentando, eu escolhi não escutar o Sebastian, e me aproximar de Erik, agora preciso lidar com as consequências.

— Vamos sair daqui antes de acabarmos com todo o estoque de bebidas— Sebastian diz.

— Sim, vamos fazer brigadeiro e assistir Simplesmente acontece— Digo.

Sebastian faz uma careta, revirando os olhos.

— Eu odeio esse filme.

— Ninguém odeia esse filme, é tipo ilegal odiar esse filme.

Sebastian levanta, batendo o pé na porta que se fecha fazendo um barulho enorme. A adega é feita de uma parede de vidro, com uma porta também de vidro, bateu tão forte que me surpreendo não ter quebrado.

— Porra— Ele resmunga.

— Vamos sair antes que você quebre o lugar.

Entrego duas garrafas de bebida para ele, e me abaixo, pegando a caixa de pizza.

— Abre a porta— Digo.

— Tô tentando, mas não quer abrir— Sebastian murmura, puxando a maçaneta.

Revirou os olhos, entrando na frente de dele e segurando a maçaneta.

— Deixa que eu faço isso.

Puxo com força, e nada, a porra não abre.

— Acho que você queb...— Me interrompo no meio da frase, quando olho para o lado— Puta que pariu.

— O que?

— A porta abre com senha— Aponto para o painel.

Sebastian olha para mim.

— Você sabe a senha?

— Como caralhos eu iria saber a senha?— Pergunto.

— Eu não sei? Talvez, porque nós estamos na casa do seu namorado— Diz sarcástico.

— Ele é o seu melhor amigo, e nem por isso você sabe a senha.

Sebastian bufa, e caminha até o painel.

— Vamos tentar o aniversário dele— O moreno digita a senha.

Reviro os olhos, pensando que dificilmente seria a senha do aniversário, e estava certa porque quando ele digita a data o painel fica vermelho, indicando que a senha estava errada.

— Quem caralhos coloca uma porta com senha em uma adega?— O moreno diz indignado.

— Aqui tem bebidas avaliadas em mais de 50 mil euros— Explico— Cadê seu celular? Vamos ligar para o Tom e perguntar a senha.

Sebastian bate a testa na parede, e fecha os olhos, como em uma cena triste de filme.

— Eu deixei no carro.

— Pra que você deixou a porra do celular no carro?

— Eu esqueci, tá bom?— Grita jogando os braços para o alto— Cadê o seu, hein?

— Não tá comigo, acho que deixei na sala— Respondo. 

Ele dá um sorriso vitorioso, como se quisesse dizer 'viu, não pode me culpar por estar sem meu celular'.

— Vamos tentar gritar— Sebastian diz, e sem esperar a minha resposta já começa a berrar a palavra socorro.

— Ei, ei,ei— Chamo-o, fazendo com que ele cale a boca— Tem isolamento acústico, não vão escutar nada. E mesmo que não tivesse, as únicas pessoas aqui somos nós, e os seguranças, que estão lá fora. Não vão escutar nada.

Contract | Tom HiddlestonOnde histórias criam vida. Descubra agora