REFERÊNCIA .1 (CONCLUÍDO)

13 CAPÍTULO

Deco

ao acordar tive uma sensação estranhona mané, não sou de acordar com ninguém tô meu lado, normalmente é pente e rala, sei nem por que trouxe ela pra cá, não sou de trazer ninguém pra cá não, levo geral pro casarão, até por que nem moro lá mesmo.

Me levantei e fui pro banheiro tomar banho, sai, coloquei a primeira roupa que vi pela frente, mas é claro que também não extrapolei até porque nesse morro até lei Maria da moda tem, bando de desocupados.

Fiz uma barulheira do caralho, a mandada não acordou de jeito nenhum, melhor assim mesmo, nada com nada eu acordar a mina e botar pra vazar. Sei nem por que eu trouxe ela aqui, não sou de trazer ninguém pra essa casa, mas na já que tá aqui deixa ela aí de boa. Os moleques estavam petubando no rádio já, desliguei o mesmo e fui pra boca.

Cheguei pra fazer a contenção do chefe, comecei a fazer uma coisa atrás da outra que nem vi a hora passar. Quando fui ver Gabriella estava enchendo meu celular de mensagens, e eu esqueci completamente que todo sábado a coroa tira um tempo pra fazer arrumação lá em casa, comecei a rir do desespero dela, parecia até que é a pior coisa do mundo.

Marquei um 10 da boca e depois fui lá, quando cheguei minha coroa já estava quase abrindo o bocão pra falar da situação que eu mais odeio me lembrar na vida, dei logo um jeito de fazer a Gabriella vazar se não ela ia ficar sabendo mais do que devia, a mandada ainda saiu cheia de graça, nem me esperou, mas logo fui atrás dela.

Deco: Gabriella.- falei baixo, ela fingiu que não escutou, e continuou andando.- GABRIELLA CARALHO.- rapidinho ela parou e olhou pra trás puta.

Gabriella: tá gritando porque?- falou com a maior calma do mundo.

Deco: fica se fazendo de surda mesmo, que eu te faço passar vergonha aqui no meio da rua.

Gabriella: cara me deixa em paz, eu só quero ir embora.- falou com a voz trêmula.

Deco: custa nada me espera pô.- a mesma concordou e começou a andar novamente, fui logo atrás dela, e ela foi o caminho todo calada, eu nem rendi muito também não, sou nenhum otário pra ficar me humilhando por atenção.

Quando chamamos na casa dela, eu sai entrando, antes que ela fechasse a porta na minha cara.

Gabriella: não te convidei para entrar.- falou sem me olhar e colocou as paradas dela no sofá.

Deco: a Gabriella, para de ser infantil caralho.- falei me alterando já, ela foi até a porta e fechou, quando a mesma me olhou eu achei que ela ia me avançar.

Gabriella: primeiramente você abaixa o tom de voz para falar comigo, voce está dentro da minha casa, quem manda nessa merda aqui sou eu.- foi se aproximando de mim.- e vai se...- cruzei os braços e olhei pra ela pra ver se ela iria mesmo terminar a frase, se quer respeito tem que me respeitar também nessa porra.

Deco: termina de falar pô.

Gabriella: vai se FERRAR deco, vai se ferrar, o pior de tudo é que fica achando que tá certo nessa merda, eu não admito que você grite comigo no meio da rua tá me ouvindo.- desviei meu olhar do dela.- tô falando contigo, olha pra mim.- pegou no meu rosto

Deco: calma aí Gabriella, porra tô me segurando pra não perder a paciência contigo, na moral mesmo.- a mesma riu, me deixando mais nervoso.

Gabriella: você tá errado deco, qual foi a parte do você está errado que, voce não entendeu?

Deco: tô errado em que cara, porra para de querer arrumar k.o atoa cara.- me fiz de maluco legal

Gabriella: olha só, eu só vou te falar uma coisa, daquela porta pra dentro.- apontou pra porta.- quem manda aqui sou eu, bandido você só é daquela porta pra fora, então não vem se crescer pra cima de mim dentro da minha casa NÃO.

Ela ficou me olhando maior tempão e eu sustentei o olhar, ela negou com a cabeça e foi em direção ao quarto dela.

Gabriella: ah, e só mais uma coisa, nunca mais na sua vida ouse gritar comigo no meio da rua sem eu ter feito nada, e mesmo se tivesse feito, voce não tem o direito.- vi uma lágrima escorrer em seu rosto e engoli seco.- por que se fizer isso de novo, tu vai ver quem grita mais auto e saiba que eu nunca mais vou olhar na sua cara, espero que tenha me entendido!- entrou no quarto e deu maior porradão na porta.

Me sentei no sofá e respirei fundo, passando a mão na cabeça, quando estou errado sei minha hora de recuar, por tanto que só deixei ela falar e nem sai da minha razão. Mas agora também só saio daqui depois que ela falar comigo. Não demorou muito a mesma saiu do quarto, quando me viu já fechou a cara, a filha da puta já é gostosa, ainda coloca uma micro camisola. Ela foi pra cozinha e eu fui logo atrás.

Deco: qual foi gabi.- a mesma ficou calada, enquanto mexia no armário.- vai ficar negando voz mesmo?- fui até a mesma e dei um beijo em seu pescoço, mas logo ela se esquivou.

Gabriella: me deixa deco.- falou ainda sem olhar pra mim.- não entendi oque se tá fazendo aqui ainda.- foi curta e grossa.

Deco: só saio daqui depois que você falar comigo pô.- me encostei no balcão e cruzei os braços.

Gabriella: já estou falando, agora pode ir embora.- respirei fundo pra não me estressar com ela.

Deco: pô tô falando na moral contigo cara.- ela se virou e fez uma cara, com se estivesse pouco se fudendo pro que eu estava falando.- vacilei é tô conciente disso pô, foi mal.

Gabriella: se "foi mal pra você" é perdir desculpas.- prestei atenção em cada movimento que ela fez.- eu sinto muito, mas pra mim não é!