PRÓLOGO

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Dia 5 de maio - 2011

Meu sonho sempre foi seguir na carreira militar, seguir pelo certo, e o apoio que eu tenho da minha família é crucial nisso.

Minhas notas na escola são exelentes, e minha coroa se orgulha de mim, o melhor de tudo isso é ver ela feliz pelo meu desempenho

Minha família é tudo que eu mais prezo nessa vida, minha mãe e meu pai são meu exemplos de que se eu quiser, eu consigo, tudo é questão de força de vontade!

Paulo: bora garoto, a gente vai se atrasar.- no relogio marcava 5:40 da manhã, e eu ainda estava deitado cheio de sono.- se você não levanta, eu volto com a sua mãe.

Na mesmo momento eu me levantei, da última vez ela me acordou com um balde de água fria na cara, a coroa é braba. Joguei uma água no corpo correndo e coloquei a roupa que eu uso para ajudar meu pai na obra, costumo ajudar ele um dia sim e o outro não, e hoje era dia, peguei o sapato no canto do quarto e desci atrás do coroa.

André: bom dia mãe.- fui até a mesma e lhe dei um beijo, ela sorriu pra mim mas nem respondeu, e meu pai já estava em pé abrindo a porta.- qual foi mãe?

Marcia: seu pai cabeça dura, falei que é melhor vocês não ir hoje, estou com um precentimento estranho e ele nem ai.- dava pra ver que ela estava realmente falando a verdade, ate por que agora ja estava com o semblante fechada e com um ar de preocupação.

Paulo: para de palhaçada mulher, não posso deixar de trabalhar, e você sabe disso, mas tarde a gente está de volta.- foi até ela é depositou um beijo em sua testa, assim que ele virou vi que a mesma deixou uma lágrima cair em seu rosto, por um lado eu estava achando que era coisa de mulher, aquelas paradas lá, que fica toda sentimental, mas sei lá, essa parada ta estranha.- deco pega logo a furadeira e vamos, antes que sua mãe nos tanque em casa.- brincou e eu ri.

Peguei a furadeira que estava na lavanderia, e fui correndo atrás do coroa que ja estva saindo pelo portão, diminui o passo quando perto do mesmo e fechei o portão, ele pegou a furadeira, ajeitou a mochila nas costas, fomos descendo o morro na maior tranquilidade a casa que estamos trabalhando é a duas ruas a baixo da nossa.

No morro já havia movimento, as padarias abrindo, pessoas descendo para ir trabalhar e meu pai falando com todos que via pelo caminho, parece até vereador, conhecido por todos.

Assim que viramos no beco, que dá acesso a casa que nós estamos indo, ouvi o barulho dos fogos e muitos disparos logo em seguida, olhei pro meu pai desisperado, o mesmo mantia a feição tranquila.

Paulo: fica tranquilo que a gente não está devendo nada pra ninguém.- foi questao de segundos eu olhei pro meu pai e confirmei com a cabeça, o mesmo fez o movimento de quem ia guardá a furadeira na mochila, mas nem deu tempo, senti o impacto do meu corpo bater no chão, ouvi os disparos e o mesmo cair ao meu lado.

André: PAI, não.- me aproximei do mesmo e peguei em seu rosto.- não fecha o olha, não fecha.- o mesmo respirava com dificildade, sua camisa ja estava toda ensaguentada.- pelo amor de Deus pai, você não pode nos deixa, não, não.- comecei a chorar vendo que o mesmo não me respondia, estava tentando mas não conseguia.

xxx: levanta as mãos, bora garoto.- não respondi e nem obedeci.- VÃO BORA SEU MERDINHA TA SURDO?- olhei pra trás, e meu sentimento de dor se transformou em ódio no momento em que vi os cana fardados.

Paulo: cui...da, cuida da sua mãe.- falou com dificuldade, o mesmo pegou em minha mão e apertou.- vai ficar tudo bem, você é forte- parou para respirar e sorriu pra mim, nesse momento eu já estava tremendo, e minhas lágrimas já desciam descontroladamente.- eu amo vocês, diga isso pra ela.- o mesmo pegou em minha mão e apertou.

Senti meu corpo sendo puxado pra trás e comecei a me debater, olhei pro meu pai e o mesmo estava de olhos abertos sem reação.

André: vocês mataram meu pai, VOCÊS MATARM UM TRABALHADOR PAI DE FAMILIA, SEUS COVARDES.- senti meu rosto arder e cospi na cara do primeiro que eu vi.

xxx: filho da puta, cadê as drogas seu merda, cadê?- o ódio que eu estou sentindo é inexplicável, um deles mexia na mochila do meu pai e tacava tudo no chão.- cadê a arma que estava na mão dele em.- olhei pra ele desacreditado.

xxx: souza, aqui não tem nada, só a furadeira.- o tiro ainda comia solto, tinha uns três ali.- é melhor a gente recuar, antes que de merda pra gente, bora, bora souza.- o mesmo saiu, mas antes deixei o nome e o rosto de cada um gravado na minha mente.

André: seu covardes, isso não vai ficar assim, não vai mesmo.- rosnei de raiva, e vi os mesmo se afasta cadê vez mais, fui até meu pai e me abaixei perto do mesmo.- isso não vai passa despercebido pai não vai mesmo, eu prometo pra você que não irei descansar, enquanto não mandar os três pra vala, não vou mesmo.- fechei os olhos dos mesmo e me permiti chorar.

Meu pai sempre foi pelo certo, nunca se quer usou nenhum tipo de droga, o que ele mais presava era a integridade dele, pra esse filhos da puta vir é fazer isso, mata-lo sem ao menos o dar a chance de se defender, ele não merecia isso, não mesmo.

Fiquei ali ao lado do mesmo até que os tiros cessarem, assim que não ouvi mais nenhum disparo me levantei e fui a procura de alguém, em minutos o beco já estava cheio, o que mais me matou foi ver minha mãe desesperada ao lado do corpo do meu pai, isso sim acabou comigo de todas as formas possíveis, me destruiu todinho por dentro, mas eu não deixei uma lágrima se quer cair, me mantive forte enquanto esperávamos o carro do IML chegar.

Marcia: você não tinha o direito de nós deixa assim, você me disse que voltaria mais tarde, VOCE ME DISSE.- me desencostei da parede e fui até a mesma para tira-la dali.- me solta André, ele não pode nos deixar, ele falou que iria voltar.

André: vamo mãe, sai daí, não tem mais o que fazer já foi.- peguei a mesma e fiz um sinal para que o seu Manoel cobrisse o corpo do meu pai com o pano, minha mãe ficou quieta o que era estranho e já não esbanjava nenhuma expressão.- vai ficar tudo bem, isso não vai ficar assim.-alissei seu rosto e abracei a mesma, que me abraçou de volta, foi ali que eu tive a certeza de que eu teria que ser forte o suficiente para manter minha mãe de pé, e que a parti de agora só seria eu e ela, minha obrigação é cuidar dela, sem deixar que isso não ficasse por isso mesmo.

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AVISO SUPER IMPORTANTE E NECESSÁRIO, LEIAM POR FAVOR!⚠️

A partir do capítulo 8 os capitulos então embaralhados e não faço a mínima ideia do porque, então para que a estória não fique confusa, certifiquem-se se estão seguindo a sequência dela corretamente PELA NUMERAÇÃO!

Uma ótima leitura meu povo!!! 😘

REFERÊNCIA .1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora