51 CAPÍTULO

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   Gabriella

O povo foi indo embora e só ficou os mais íntimos mesmo, eu nem quis bater parabéns nem nada, dei as coisas que tinha na mesa e só.
Foi só o povo ir embora que começou a ficar mais animado, todo mundo literalmente se juntou e começamos a zoar.

Dimenor: o bagulho é nos jogar 33.- todo mundo concordou menos o mal humorado do deco.

Deco: não inventa não moleque, porra.- tu ligou? Porque o dimenor não, senti o deco me olhar só que me fiz de maluca legal, mas nem adiantou de nada.- tu nem inventa moda, já tá toda aluada aí.

E mais uma vez fingi que não escutei ele e fui entrando rodinha que o povo fez, estávamos todos sentado, o dimenor estava explicando o jogo, eu jurava que tinha entendi até começar a jogar.

Dimenor: vou começar.- eu sou logo depois dele.- dois.- falou e me olhou.

Gabriella: três!?- falei meia em dúvida, pois eu sabia que tinha algo errado, e geral começou a rir da minha cara.

Bicudo: aí na moral, tu é muito burra, o cara acabou de explicar o bagulho Gabriella.- meu deu uma dose de wisk pura, e eu virei.

Bruna: amiga quer, que eu te expliquei de novo?- eu concordei e ela começou a falar tudo de novo, eu até entendi por tanto que na rodada seguinte consegui me safar por pouco, no entanto nas outras perdi duas seguidas e meu fígado já estava quase pedindo socorro, foi quando eu pedi arrego.

Ele continuaram jogando e eu fui pro lado do André que parecia não estar muito querendo papo comigo não, mas até aí tudo bem, péssimo ficou quando eu vi a Daniella, isso mesmo Daniella atravessar pela varanda, fiquei totalmente sem entender, e com uma da vontade louca de pular em cima dela, comer de porrada mesmo, quando o André viu que eu ia na direção dela, me segurou, só que eu de teimosa forcei meu corpo pro lado contrario que ele estava segurando, e não sei por que caralhos ele soltou, me ferrei legal, bati minha perna com tudo na mesa.

Gabriella: aí, aí, aí.- gemi de dor, e espremi meu lábio entre os dentes, abaixei a cabeça e fechei os olhos pra não chorar de tanta dor, me segurando o máximo para não cair também, que se eu caísse eu ia pagar calcinha.

Deco: porra, tu é foda Gabriella, caralho.- ele meio que me segurou e aproximou uma cadeira para que eu sentasse, senti alguém passar a mão na minha perna e quando olhei era a Bruna.

Bruna: como é que tu fez isso cara?- olhei e vi a marca roxa enorme, respirei fundo pra não chorar, coloquei as mãos no rosto e só escutei o deco cochichar alguma coisa que não entendi muito bem, mas quando chegou nome da outra eu logo entendi.

Eu nem sabia onde ele estava, só passei a mão pelo ar e senti ele um pouco distante de mim a minha esquerda e eu sabia muito bem que era ele, olhei só pra confirmar e antes dele sair eu cravei minhas unhas na costela dele.

Gabriella: se tu ousar sair daqui para ir atrás dela tu vai ver só.- olhei com ódio pra ele, se essa desgraçada não tivesse aparecido aqui nada disso teria acontecido.

Deco: eu so...- nem deixei ele terminar de falar.

Gabriella: foda-se, tu sai daqui pra tu ver.- soltei ele quando senti encostarem o gelo na minha perna, era dona Bruna, tirei a compressa da mão dela, porque ela estava apertando e quase queimando minha pele.

Playboy: qual foi mano, já tá assim? vai deixar ela falar assim na frente de geral.- ouvi ele cochichar isso deco, e eu nem sei o que esse cara ainda está fazendo aqui, eu hein macho intrometido.

Deco: na moral, fica na sua e não se mete nesse caralho também, não fode!- olhei pra eles e o playboy levantou os braços em forma de rendição, quando viu que eu estava olhando abriu um sorrisinho nojento, virei a cara e procurei a outra com olhar, não achei assim como o dimenor.

Bicudo, Bruna e Marquinho ficaram ali sentados comigo, nós começamos a conversar, enquanto o deco tava atenção pro macho amiguinho ele, mas tranquilo deixa ele vir de graça pro meu lado. Dimenor voltou e começou a me zoar.

Gabriella: ih tá achando o que, eu ia pegar ela, pena que alguém me atrapalhou.- falei auto pra que o deco escutasse.

Dimenor: tu ia levar uma coça isso sim, tá se aguentando nem em pé, caindo sozinha.- começou a rir da minha cara, nojento cara.

Bicudo: an ela tá achando que é assim, doida pra ficar sem os cabelos, fica nessa mesmo de brigar na favela queridona.- revirei os olhos.

Marquinho: da próxima nós chama ela pro bequinho, e tu mete a porrada mesmo amiga, vou te cobrir nessa.

Bruna: e se tu tiver apanhando nós separa.- olhei pra ela incrédula, como ela pode me imaginar apanhando pra Daniella cara.

Gabriella: poxa amiga, pensa logo na minha desgraça né, tá igual esse branco azedo aí.- pontei pro dimenor que riu, bobão só sabe rir da minha cara.

Bicudo: vocês são foda, vou até me retirar.- se levantou pra pegar mais cachaça com certeza, Bruna foi atrás dele essa safada.

Marquinho começou a falar com alguém no celular e o dimenor também, cheio de risinho pra dela, temos um macho apaixonada por aqui será!?

Dimenor: é acho que já deu minha hora.- se levantou.- vou bargar com a minha gata.

Gabriella: tá assim é?- ele veio até mim e me deu um beijo na testa.- por que não trouxe ela?

Dimenor: por que é um caso complicado, tem toda uma história por trás de nós.- neguei com a cabeça rindo.

Gabriella: é tu vai encontrar ela agora? Quase seis da manhã.- ele concordou e foi se despedir dos outros, Marquinho também se despediu falando que ia encontrar algum macho por aí, me deixou sozinha, e o outro ainda estava dando atenção pro amiguinho, enquanto Bruna e bicudo estavam no maior amor lá trás.

Peguei meu celular e comecei a mexer, depois de uns trinta minutos o playboy foi embora sem nem dar um tchau, mal educado,e só aí o bonito veio se chegando pro meu lado, me levantei e apoiei na cadeira sentindo minha perna latejar.

Deco: tu quer, que eu te ajude?- ficou me olhando e eu neguei só de pirraça mesmo.

Gabriella: não precisa.- falei quase pedindo socorro pra ele, fui ate o lado que está o som mancando desliguei o mesmo.

Bicudo: ai, tamo indo.- passou por mim me dando um beijo na cabeça e foi até o deco.

Deco: se quiser pode ficar por aí, tem espaço pô.

Bicudo: tá suave, vou pegar a alicia que tá lá no teu quarto lá.- deco concordou com a cabeça e veio andando pro meu lado.

Bruna: amiga passa uma pomada, alguma coisa pra não inchar.- ela me abraçou e me deu um beijo na bochecha.- te amo, e se cuida!

Gabriella: te amo!- falei me apoiando na caixa de som, mina perna tá doendo lá cacete, só não quero demonstrar, eles sumiram da nossa vista e o André chegou do meu lado, passou meu braço pelo pescoço dele, e praticamente me carregou até dentro de casa.- não pedi tua ajuda.- falei assim que entramos na casa da dona Márcia, ele me olhou e respirou fundo.

REFERÊNCIA .1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora