96 CAPÍTULO

3.2K 195 29
                                    

                                 Deco

Fiz questão de eu mesmo escolher a madeira com mais pregos possíveis, de restos já tinham na sala de tortura, só coisa de qualidade e bem afiado. Ao entrar e ver o filho da puta lá jogado no chão amarrado, não me aliviava em nada, nada que eu fizer aqui agora vai trazer os dois de volta, nada nesse mundo vai, mas também não vou perder a oportunidade de me vingar, e que se foda as consequências, fez vai ter que pagar.

Deco: o que tu acha de começar entregando, quem te entregou a minha casa?- levantei a cabeça do mesmo que tinha medo no olhar, mas se mantia sério, engoliu a seco quando eu passei o cano da própria arma dele em seu pescoço.- bora abre o bico enquanto eu tô com paciência, seu velho desgraçado.

Souza: tá achando que eu sou algum x9?- me olhou debochando e eu ri.

Deco: tem certeza que não? Levanta ele aí.- esperei que fizessem e peguei a madeira.- não vai falar por bem, mas vai falar por mal seu filho da puta.- depositei todo meu ódio na primeira madeirada que pegou na costela, fazendo ele se acontecer todo, sabe quando tu pega o gosto e não quer parar, dei três seguidas no mesmo lugar e uma nas pernas.

Souza: para com isso pelo amor de Deus cara, eu tenho família, tenho filhos não faz isso comigo não, por favor!- joguei a madeira no chão e me aproximei dele.- eu falo, falo tudo que você quiser, mas só se você me deixar vivo, minha família depende de mim para se sustentar.

Deco: tu pensou na minha quando matou meu pai?- ele ficou olhando, chorando pra caralho sem falar nada.- FALA TEU FILHO DA PUTA, NA HORA DE BATER NA MINHA MULEHR TU PENSOU EM ALGUEM?- foi automático, minha mão parar na cara dele, peguei no cabelo dele fazendo ele me olhar.

Souza: por favor cara, me perdoa.- comecei a rir, foi inevitável.- para com isso eu te imploro.

Deco: me passa o soco inglês aí.- estiquei a mão e senti quando colocaram na mesma.- isso aqui e pra te mostrar o quando eu te perdoo.- comecei uma sequência de socos na cara dele, só parei quando vi o sangue jorar, chega a respiração acelerou.

Souza: aí cara, eu não aguento... não aguento mais, acaba logo com isso, por favor!- peguei o alicate do chão e segurei não rosto dele.- isso não, me mata logo, mas arrancar meu dentes assim não.- me divirto com esse desespero na hora do aperto.

Deco: então abre o bico, quem foi que te entregou minha casa?- na moral tá me dando uma satisfação do caralho ver ele assim, sem nem conseguir falar, vou trazer ninguém de volta com isso e eu tenho plena consciência disso, mas porra esse filho da puta merecia.

Souza: Marlon,esse é o nome dele, ele recebia ordens de uma mulher.- tentou forçar a respiração, mas não conseguiu e começou a tossir, fazendo o sangue espirra na minha cara, nojento pra caralho.

Deco: filho da puta.- abri a boca dele na marra, forçando o alicate em dos dentes da frente, quebrando o mesmo, o segundo eu já consegui agradar na marra, o mesmo quase mordeu minha mão, me deixando com mais raiva ainda, enpurrei o corpo dele pra trás fazendo a madeira que o mesmo estava apoiado cair.- ALGUÉM VAI ATRÁS DO PAU NO CU DO MARLON, ele deve tá na segurança da Gabi,  desgraçado vai conhecer o inferno mais cedo.

Nada faz sentido na minha cabeça, que porra que eu fiz pra esse cuzão, engoli a seco tomando um choque de realidade e vendo que estava confiando demais nas pessoas, um lema que eu sempre deixei claro na minha vida que não iria fazer. Olhei pro Souza no chão que agonizava já, tá muito velho pra aguentar meia horinha de tortura, peguei a arma dele, destravei, apontei pra ele, porém pensei melhor comecei a desamarrar ele e ninguém entendeu nada.

Deco: levanta!- ele não levantou obviamente, já nao se aguentava em pé, peguei a madeira dando uma lapada só na cabeça dele, e o mesmo já se encontrava inconsciente, peguei na armar novamente e mirei na testa.- a gente se encontra por ai.- atirei e a cabeça dele estorou fazendo o jorar em mim, os miolos se espalharam ali pelo chão, meu estômago chega revidou. Joguei a arma no chão e sai direção da salinha, não queria falar com ninguém.

Tikão: DECO PORRA?- me liguei que estava quase no meio da rua, e o carro quase me pegou, dei dois passos para trás, depois que o carro passou continuei meu meu destino.
Quando entrei no quintal de casa, peguei um saco preto de lixo, fui tirando a roupa e coloquei tudo dentro, fiquei só de cueca, entrei em casa meio disnortiado fui direto pro banheiro.

Liguei o chuveiro sentido um peso sair de mim, mas me sentido um filho da puta ao mesmo momento, porque eu estava fazendo TUDO igual a ele, me igualando a esse merda, por um lado tinha uma parte de mim alivia por te feito isso, por outro não, eu não quero me tornar uma pessoa como ele, nem por um caralho, se fosse antigamente, antes de conhecer a Gabriella eu estaria radiante nesse momento, mas agora tudo mudou, e isso já não faz tanto sentido pra mim.

Tomei uma banho maneiro, esfregue até o corpo com a buxa da Gabriella, depois joguei a mesma no lixo, já sai me vestindo, bolei dos baseados, coloquei um no bolso e o outro eu acenti, o outro, peguei a chave da moto, tranquei a porta de casa. E o no quintal um soldado tocou no meu braço, já olhei todo escaldado e o mesmo chega ficou com medo.

JF: pô, tô te chamando cara, mandaram avisar que o Marlon fugiu, mas já tem um bonde atrás dele que ele já tá monitorado.- fui na direção da garagem liguei a moto, e fui até meu local de paz, onde não tenho perturbação nenhuma, desliguei o celular e deixei só o radinho na ativa.

REFERÊNCIA .1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora