24 CAPÍTULO

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Gabriella

Voltando a rotina normal, confesso que até sentir saudades, isso por que fiquei apenas um dia fora, olha sou muito viciada no que faço, hoje peguei as 17:00 no trabalho e como é dia de vacinação para crianças, eu fiquei nessa área por te chego no meio do dia, e vou confessar uma coisa, eu amo o que faço, mas vacinar criança escandalosa não é meu forte, não mesmo eu tento ter o máximo de paciência, as vezes tem criança que consegue abrir a porta do consultório pra correr, sempre que da pra fugir disso, eu tô fugindo como agora, sempre tem alguma emergência, a Luiza costuma trocar de lugar comigo quando estou em "apuros" por ela gostar mais disso.

Quando cheguei na emergência nem acreditei, a tal Luana de ontem que faliu gracinha estava toda machucada, dos pés a cabeça, cheia de sangue eu até tentei ajudar ela, mas ela nem deixou eu encostar nela.

Luana: isso é culpa sua.- engoli a seco e peguei uma maca para que ela se deitasse.- foi abrir o bocão pro deco e olha o que ele fez comigo... sua desgraçada.- falou com um pouco de dificuldade e a Daniella chegou.

Daniella: que merda é essa Luana.- ela se entre olharam e depois a Luana olhou pra mim.- não acredito que você foi tão baixa ao ponto, não sabe se defender sozinha e foi falar merda pro deco né, ridícula.- cuspiu as palavras assim no meio do postinho fazendo todos olha.

Gabriella: eu não tenho culpa de nada, acho que você bateu com a cabeça muito forte e está ficando maluca.- olhei pra Luana que chorava, até fiquei com pena mas nem fiz muito esforço pra ajudar, pra ficar ouvindo gracinha, não mesmo.

Luana: você me paga, sei muito bem que ouviu nossa conversa na cozinha, não se aguentou e foi falar pro deco, sua piranha, marmitinha de bandido.- fechei o punho e respirei fundo pra não dar na cara dela, não naquele momento.

Gabriella: poxa sou isso tudo e mesmo assim você queria estar no meu lugar né, faria de tudo...- terminei nem de falar e a Daniella já saiu arrastando a maca para atender amiga, eu só parei pra refletir pro segundo, percebi a merda que eu estava fazendo no meu local de trabalho, deveria ter aturado calada, eu não sou assim.

Fui até o bebedouro mais próximo beber água e tentar me acalma, eu me recuso a acreditar que o deco fez isso, que em foi capaz de bater em uma mulher, independentemente do motivo e que eu me lembre, eu não pedi para que ele fizesse nada, agora essa garota vai fazer de tudo pra infernizar minha vida já estou até vendo, Jesus onde foi que eu me meti.

O resto do meu dia foi completamente a aerio por tanto que nem voltei pra área de vacinação, fiquei revisando prontuários e em seguida atendi uma senhora que vem aqui umas três semanas, para sulturar o mesmo corte no pulso.

Gabriella: você precisa de alguma ajuda?- falei assim que terminei de fechar o corte, a mesma negou sem falar nada.- tem certeza?

Ela nem se quer me olhou, apenas saiu sem falar nada, isso é tão estranho, ela está com uma cara muito abatida, a mesma em si está totalmente abatida, sempre que ela vem aqui nunca fiz nada, só mostra o ferimento, preenche a ficha, não sei o que é mais algo me diz para ajudar ela de alguma forma, só não sei como ainda. Sei que é totalmente errado pegar as informações pessoais dos prontuário dos pacientes, mas essa é por um bom motivo, tirei foto do mesmo, guardando o celular rapidamente no bolso.

Coloquei o prontuário no seu devido lugar e esbarrei com a Bruna, sem querer querendo, eu em nem queria né.

Bruna: que saudades de tu piranha.- abracei ela.- te mandei mensagem pra caraca ontem tu nem me responde né.- sorri pra ela.

Comecei a contar pra ela tudo que aconteceu depois daquele episódio no casarão do deco, e depois disso também, contei tudo, tudo mesmo, como já estava próximo do nosso horário de ir bater o ponto, nos ficamos na emergência até que desse o horário.

Gabriella: então foi isso, resumidamente.- terminei de preenche a ficha de um paciente e guardei.

Bruna: sabe que eu te amo né, e por gostar muito de você vou ser muito sincera, contigo.- concordei olhando pra ela.- acho que você tá sendo MUITO trouxa pro deco e ele já percebeu isso, que por tanto ele vacila, tanto é mesmo vacilando tanto sabe que você vai perdoar ele com uma simples desculpa, ou um foi mal.

Gabriella: amiga...- ela não me deixou terminar e começou a falar de novo.

Bruna: ele tá abusando muito de você, por mais que seja um vacilo simples, sei muito bem que isso te machuca e no final quem vai sair toda fudida dessa "relação"- fez aspas com os dedos.- vai se você é outra, ele já falou com você algum dia se quer sobre o futuro de vocês, se ele quer você no dele.- neguei e ela nem falou mais nada, só me olhou negando com a cabeca.

Ela realmente tem razão, mas sei lá, tem algo que me prende a ele, eu gosto de estar com ele e quero estar com ele, mesmo que seja só por ficar, eu sinceramente não sei dizer de fato o que sinto por ele, so sei que é algo forte, que me faz não querer se distancia dele, no meu ver ele me faz bem.

Meia hora depois, bati meu ponto e a Bruna veio juntinho comigo, pegamos nossas coisas, antes te sair do postinho meu celular começou a tocar e era uma pessoa que eu não esperava, nada mais nada menos que deco.

IDL 📲

Deco: ja está em casa?
Gabriella: não, por que?
Deco: não tô conseguindo dormir e amanhã tenho que acordar cedo nessa merda, só ódio.
Gabriella: tá mais idai?
Deco: a Gabriella vai se foder, tô te esperando aqui fora.
Gabriella: aqui fora da onde? não estou em casa idiota.
Deco: eu tô aqui em frente ao postinho, tu não vai demorar não né?
Gabriella: tá fazendo o que aí?

FDL 📲

ele fez o favor de desligar na minha cara, já vi que está estressadinho, chamei a Bruna e fomos saindo, quando cheguei do lado de fora realmente tinha uma carro parado do lado de la, não era o de hoje cedo, me aproximei do carro, o deco abaixou o vidro, ele estava com maior cara de sono, só de samba canção, o que me fez rir.

Gabriella: Bruna vai com a gente.- nem perguntei se podia ou não, por que sei, que ele ia falar gracinha, abri a porta de tras pra bruna entrar e entrei no bando do carona em seguida.

Bruna: boa noite.- tu respondeu? Porque ele não, belisquei a costela dele e o mesmo me olhou de cara feia, e grunhou um "boa" bem baixinho.

Chegamos rapidinho, o deco parou em frente a minha casa, a Bruna só atravessou a rua pra ir pra dela, abri o portão, deixei aberto pro outro entrar, quando entrei em casa joguei minha bolsa no sofá, tirei o sapato e fui direto pro banheiro, que era tudo que eu precisava no momento!

Sai do banheiro só com a toalha no corpo, entrei no quarto e já estava um gelo, me arrepiei todinha, nem liguei a luz pois o deco já estava deitado e parecia ja estar domindo. Coloquei meu babydoll e fui pendurar a toalha no banheiro, depois olhei a porta pra ver se o deco tinha trancado, enfim entrei no quarto, me deitando em seguida.

Gabriella: amanhã quero conversar com o senhor muito sério.- ele nem se moveu, me ajeitei de baixo da coberta, o mesmo passou a mão pela minha cintura e me puxou pra si.

Deco: vou sair cedo.- me ajeitei e o mesmo pousou sua mão na minha coxa, sua respiração batia na minha nuca.

Gabriella: é pra você voltar, não quero saber, se não, não olha nem mais na minha cara.- ele nem me respondeu mais, ficou um tempo sem falar nada e puxou meu cabelo me fazendo olhar pra ele, que foi o que ele mais queria, a oportunidade para me beijar, até por que nem perdeu tempo.

REFERÊNCIA .1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora