REFERÊNCIA .1 (CONCLUÍDO)

63 CAPÍTULO

                                  Gabriella

Depois de tanto pensar, o sono começou a bater, olhei no relógio e ainda ia dar 7:00 da manhã, escovei meu dentes em seguida liguei o ar em -16 graus, peguei um edredon grande e fui me deitar do ladinho do meu gato, que assim que eu deitei, ele ja veio me abraçando, ajeitei meu cabelo pra que não ficasse na cara dele, fiquei um tempo acordada ainda, mas logo consegui dormir.

Mas esse sono nem durou tanto ja que fui acordada com alguém meio que me empurrando, abri os olhos puta e vi o André com a maior cara de sono também.

Deco: teu celular ta ai tocando pra caralho, ta surda?- peguei o celular e realmente tinha umas cinco chamadas perdidas da bruna.

Gabriella: ih ignorante, fala direito.- me levantei da cama e sai do quarto retornando a ligação pra mesma, que me avisou que uma tal giullia estava atrás de mim, fiquei um tempo tentando lembrar quem era giullia, até que cheguei conclusão era a namoradinha do dimenor, minha suposta "irmã".

Fiquei um tempão pensando se ia ou não, até porque sei bem quem mandou ela aqui, olhei no relogio e no mesmo batia 14:00 da tarde em ponto, joguei uma água no corpo rapidinho e coloquei outra roupa, ajeitei o cabelo, fui até o quarto avisar o bonito que eu iria sair.

Gabriella: André eu vou ali.- rapidinho o mesmo abriu o olho.

Deco: vai pra onde?- levantou a cabeça e ficou me olhando.

Gabriella: ver o que minha irmãzinha quer comigo, na minha casa, talvez eu voltei mais tarde.- ele fez um valeu pra mim, maior otario nem me pediu um beijinho, eu também nem fui dar, ja que ele não faz questão.

Sai da casa do André e desci o morro andando mesmo, já que a casa do mesmo não fica tão distante da minha, quando fui chegando proximo da minha casa, ja vi a mesma em pé de frente pro meu portão, respirei fundo focando para que eu não me estressa-se, já que não entendi muito bem o motivo da mesma estar aqui.

Gabriella: oi?- falei assim que cheguei proxima dela, e a mesma abriu um sorrisinho sem graça.

Giullia: a gente pode conversar?- concordei e abri o portão da minha casa.

Gabriella: vamos entrar.- deixei que ela passase, fechei o portao em seguida, abri a porta e entramos na minha casa.- quer alguma coisa, água, suco, guaraná?

Giullia: não, abrigada.- nós se sentamos e eu olhei pra ele pra que a mesma comessase a falar.- bom, primeiramente eu quero te perdir desculpas, pela forma que eu falei com você ontem, de coração mesmo e sem justificativa porque sei que fui errada!- confesso que me supriendi, e abri um sorriso.

Gabriella: tudo bem, podemos fingir que aquilo nem aconteceu.- ela sorriu.

Giullia: então vou ser bem direta aqui com você, não quero que ache que eu vim aqui a mando do meu pai, que isso realmente não aconteceu, só quero que saiba que eu vi toda aquela cena hoje de manhã, de primeira pra mim foi super estranho.- desviei meu olhar do dela e respirei fundo até porque eu nem sabia se queria falar sobre isso agora.- mas depois parando pra pensar percebi que você não é uma pessoa estranha dentro daquela casa ja que me... meu não nosso pais sempre fez questão de falar sobre você pra mim, ele nunca me mostrou uma foto se quer sua e até hoje eu não entendo o porque já que eu sempre deixei claro que queria te conhecer , te ter por perto, não estou falando isso pra que você fiquei com mais raiva do papai, mas sim para entender que por trás de toda essa história a algo que você ainda não sabe. Caso você queira ouvir ele vai estar disposto a te dizer, ele pediu para eu dizer isso, mas foi so isso mesmo.- concordei e fechei os olhos me pegando mais confusa ainda com tudo isso.

Gabriella: queria muito que meu problema fosse apenas esse, com o que você me disse agora é obvio que me abriu mais a mente porém não é so isso, tem muitas outras coisa por trás.- senti meu olhos lacrimejarem.- quantos anos voce tem giullia?

Giullia: 17, por que?- senti as lagrimas caírem sobre meu rosto.

Gabriella: você tem quase minha idade.- passei a mão no rosto pra secar as lagrimas.- quando eu tinha apenas três anos de idade meu pai ja traia minha mãe, e quando eu fiz quinze ele simplesmente nos abandonou, mesmo ela estando doente.- ela ficou me olhando toda sem graça.

Giullia: eu não sabia disso, mas nosso pai deve te explicar o porque disso também.- ri da ingenuidade dela, de não perceber a gravidade da situação.

Gabriella: giullia eu sei que você não está falando por maldade, mas se refira a ele como seu pai, até porque eu não conheço o tikão, não faço ideia de quem ele seja, o homem que eu conheci era totalmente diferente, meu pai nunca teria coragem de tocar em uma arma pelo o que ele dizia, o meu pai nunca me abandonaria, eu conheci o Fábio, não o tikão.

Giullia: bom eu não quero ficar mal com você, então para que isso não aconteça eu não vou me meter nessa relação de vocês dois, vai ficar do seu critério querer perdoar ou não, querer conversar ou não também, desde que fique tudo de boa entre a gente, eu sempre quis muito te conhecer e agora que isso aconteceu, não quero que nada estrague nossa relação, se você me permitir entrar na sua vida é claro.

Gabriella: óbvio que eu permito meu amor, eu so preciso me acostumar com essa ideia de ter uma irmã adolescente.- rimos e eu percebi o quanto realmente nós, nos parecemos.

Giullia: posso te dar um abraço?- concordei e a mesma me abraçou, retribui o mesmo, ficamos abraçadas por um longo tempo até que nos soltamos.- eu queria conhecer um pouco mais sobre você, pode me contar?

Bom, dai por diante eu praticamente me abri pra ela e contei quase tudo sobre mim, ela também me contou algumas coisas sobre ela e nossa sintonia bateu muito uma com a da outra, eu me supreendi muito com ela, ela é uma pessoa totalmente diferente da que esbarrou em mim ontem. E pelo pouco que conheci vi que tem um coração muito bom e não ver maldade nas coisas, o unico "problema" e a imaturidade que com o tempo ela vai adquirindo mais maturidade.