Sal acompanhou Travis até o confessionário, e depois de dois minutos, eles estavam prontos para a confissão. Sal respirou fundo, relembrou de algumas coisas, e escolheu a ponta o que precisaria contar.
— Você... pode começar — disse Travis.
— Oh! Sim, é... que eu não sei por onde começar. — Depois disso, ele continuou mais um tempo calado e enfim disse: — Bem, eu me mudei para cá um tempo depois da morte da minha mãe. E... desde então, sinto que estou sendo perseguido.
— Perseguido? Por quem?
— Eu não sei direito. Sempre que estou sozinho, ou ansioso tenho essa sensação medonha... — A voz dele estava embargada.
— Eu sei como é... — Travis sussurrou, inaudível para Sal.
— Bem, eu comecei a ter cada vez mais essa sensação depois do casamento do meu pai. Conversei isso com meu psicólogo e a única coisa que ele me diz é: “Tome os remédios, ou chame a polícia”. Mas sinto que não é uma pessoa ou só uma sensação...
— Aquela pessoa lá fora, é seu irmão, né? Você já conversou com ele? — Travis se atreveu a perguntar.
— N-não totalmente, Larry também tem os problemas dele... por que? Eu deveria contar? — A voz dele soava melhor.
— Eu acho que sim, tenho certeza que ele vai te ajudar muito. — Encorajou, poderia jurar que ouviu um risinho.
— Obrigado padre.
— De nada.
(...)
“— Vocês podem voltar aqui mais vezes. — Convidou, momento antes deles irem embora.
— Nós voltaremos! — Sal gritou, se despedindo.”
— Eu... gostei dele... — Sussurrou para si mesmo.
Já estava na hora do jantar, mas ele apenas tomou um pouco da sopa e se retirou para o quarto. Ele queria dormir logo, queria que a próxima missa chegasse para que ele pudesse comtemplar aquele azul novamente. Mas, algo queria o perturbar durante o sono.
— Ei, você vai me esquecer aqui? — Uma voz rouca perguntou atrás de si.
Havia acordado assustado ao ouvir passos em seu quarto, e deu um grito alto quando sentiu mãos o segurando e a presença de alguém falando perto do seu ouvido. Logo batidas brutas foram dadas na porta, e as vozes das freiras preencheram o corredor.
— Padre?! O que houve?! Padre! — Era a voz de Vic.
Foi até a porta, ainda tremendo pelo susto destrancou a porta e tentou acalmar as jovens, que pareciam ainda mais nervosas depois de o ver.
— Padre, seu nariz... — a Madre comentou. — O senhor está realmente bem? O que houve?
Levou a mão até o nariz, e percebeu o porque elas estavam tão eufóricas. As menores começaram a dizer que o padre estava morrendo.
— Fiquem quietas! — ordenou a madre. — Padre, me diga, o que aconteceu?
— Hum? N-nada, achei que tivesse alguém no meu quarto, mas acho que foi apenas um pesadelo.
— Realmente? — Continuou perguntando.
— Sim, não se preocupem. Eu... não vou morrer.
**
Notas: Voltei! E essa semana vou tentar postar tudo. Os 32 capítulos prontos e concluir a história. A fanfic é meio confusa, principalmente porque eu não fiz revisão dos acontecimentos ;-;
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A Cor do Pecado é Azul
Fiksi PenggemarTravis Phelps é um padre noviço que prega no velho ministério de seu pai, Kenneth, que está fora da cidade temporariamente. Sua vida nunca foi um mar de rosas, longe disso, sempre foi a mais bizarra possível e isso pareceu piorar cada vez mais com a...