Capítulo 7

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Théo

Ver Emma na minha casa foi estranho, eu nunca pensei mostrar o meu lado da fraqueza tão cedo a ela, mas compreendia perfeitamente o motivo que a fez vir até minha casa, meu pai havia dito a importância dos investidores, principalmente para conseguirmos o contrato com Romano.

Ethan estava na sala brincando, ainda um pouco tristonho por conta dos medicamentos, permaneci ali com ele até Emma ir embora, nesse momento a chuva começou a cair.

- Quem é essa tal de Emma? - questionou Pilar.

- É a diretora financeira do meu pai! - digo.

- Não gostei dela!

- Nem eu, tem alguma coisa nela que me incomoda.

Pilar sorriu chamando Ethan para subir, eu ainda permaneci ali na sala observando a tempestade que aumentava cada vez mais, até ouvir barulho vindo das escadas. Era Pilar um pouco assustada e havia lágrimas em seus olhos, logo fico preocupado imaginando que alguma coisa tivesse acontecido com o meu sobrinho.

- O que foi Pilar?

- Era do hospital Théo, minha mãe teve um agravo, minha irmã está desesperada, eu preciso ir pra lá ajudar, acabei de colocar Ethan pra dormir.

- Tem condição de dirigir? - perguntei.

- Tenho sim!

Abracei ela, Pilar as vezes se mostrava forte, mas no fundo sempre foi frágil como qualquer outra mulher, mesmo não querendo demonstrar o quanto eu me importava, ainda assim ela tinha um significado pra mim, era minha amiga, viúva do meu irmão e a coisa mais importante ela era a mãe do Ethan, a pessoa mais importante pra mim.

Sem demora ela pegou as chaves do meu carro e seguiu para o hospital, havia uma semana que estava nessas idas e vindas, sua mãe segundo os médicos estava com os pulmões comprometidos, ela fumava demais quando era jovem o que prejudicou sua respiração atrofiando cada vez mais seus órgãos respiratórios.

Mau demorou para Pilar sair com o carro naquela tempestade, confesso que isso também me preocupa, se Ethan não estivesse doente eu teria ido junto com ela, mas com ele doente eu jamais o deixaria sozinho com a empregada da casa, o interfone da guarita de casa toca, estranho a princípio além de está chovendo demais, a essa hora não era visitas.

- Diga Andrews.

- Senhor aquela moça que saiu de sua casa está na chuva olhando o carro que ficou no prego, pelo estado que estamos vendo daqui o mesmo parecia pegar fogo! - disse ele.

- Emma ainda esta aí fora? - questionei.

- Sim senhor, e toda encharcada por conta da chuva!

- Ok, eu irei até aí verificar!

- Na verdade liguei para pedir autorização, eu mesmo posso ir lá vê se consigo ajudá-la de alguma forma! - falou.

Algo dentro de mim se acendeu, conhecendo Emma e do jeito orgulhosa que era jamais aceitaria ajuda, mas talvez eu pudesse convencê-la.

- Está tudo bem Andrews, eu mesmo irei, conheço Emma e você não tem ideia de como ela negaria sua ajuda antes mesmo de chegar até ela.

Ao Acaso do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora