Capítulo 30

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Emma

Os momentos com Théo estavam sendo incríveis, na verdade a sinceridade de ambos era o que deixava essa construção mais sólida, quase inabalável, eu digo quase, porque nem tudo é perfeito. A minha convicção era voltar para Los Angeles e assim que chegássemos na cidade haveríamos grandes obstáculos, porém, não tinha medo de me arriscar, pois ter Théo ao meu lado vale qualquer risco, isso incluí a bruaca da Pilar.

Eu possuía a certeza de que Pilar seria uma pedra enorme no meu sapato, ela não mentiu a toa, ela sabia meu interesse, me via como uma ameaça, não que eu não suspeitasse que Théo fosse casado, aliás, tudo ao meu redor mostrava isso, porém, ouvir da boca dela que era sua mulher retirou qualquer esperança que eu ainda tinha me levando a uma culpa pior do que eu já possuía. No entanto não irei entregar de bandeja o meu amor, e não há nada que ela possa fazer que eu venha deixar Théo, porque cada parte de mim é dele, todo o meu ser pertence a ele e apenas ele é dono de mim.

Nunca pensei sinceramente como era ter esse homem, eu o desejava sim, mas jamais havia imaginado o quanto é transcendente seu toque, capaz de me tirar dessa realidade me levando a um mundo paralelo onde tempo não existe, afinal estar junto com ele o tempo literalmente não existia. Acordar do seu lado era um privilégio, ter ele dentro de mim era uma dádiva, saber seu amor por mim era surreal, eu não me via mais longe dele, porque todas as vezes que estamos distantes um vazio enorme atravessava meu corpo e uma angústia repousava em mim, confesso a vocês que isso é agoniante.

Descemos para finalmente falarmos de negócios com Francis, o almoço estava indo bem, inclusive estava convencendo o Sr. Romano a fecharmos uma parceria, nesse momento encarei Théo que me olhava com desejos, aquele simples olhar fazia minha intimidade pulsar e a perversão tomar conta de mim.

- Convenhamos Sr. Romano, ambos não precisamos desse contrato, mas isso não impede de lucrarmos e nos tornarmos ainda mais conhecidos, tendo uma visibilidade maior, o senhor obtendo mais procuradores dos saborosos vinhos exclusivos, e nós proporcionarmos aos clientes esse sabor divino! - disse Théo.

Sua voz despertou algo dentro de mim, sem perceber deslizei para debaixo da mesa minha mão em cima de sua calça grossa, esfregando em seu membro sentindo Théo se arrumar na cadeira e me olhar de canto sem parar de conversar com Francis. Eu de longe ouvia o que ambos estavam dizendo, a única coisa que eu me preocupava era continuar com aquela loucura que praticava em público sem ter medo de nenhum pudor, muito menos se alguém nos pegaria ou veria o que eu fazia com Théo.

Abri o zíper de sua calça lentamente, encarei seus olhos e via a obscuridade no profundo deles, senti Théo enrijecer, os seus músculos ficarem tensos, nervosos, sorri vendo que eu o enlouquecia, enquanto Théo continuava com a conversa, eu apertava seu pau o fazendo falhar em sua voz.

- Está tudo bem Sr. Cortez? - questionou Francis, eu continha um riso.

- Sim, apenas percebi que o dia amanheceu quente! - Francis olhou pela vidraça do restaurante e verificou que o clima encontrava-se coberto por nuvens, um típico dia em Paris.

Sorri ao perceber que aquela desculpa de nada valeria, então pensei na coisa mais rápida que eu poderia.

- Acredito que Théo esteja querendo dizer abafado, ou talvez seja o vinho, sei que uma de suas propriedades é aquecer nossos corpos! - digo.

Francis me encarou sério, um sorriso malicioso, vi ele salivar por algo.

- Explendido Emma, sua dedicação, o brilho dos seus olhos falando dos vinhos, o desejo do seu coração, eu irei assinar o contrato! - disse ele.

Ao Acaso do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora