Capítulo 12

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Théo

A intensidade que a ira me invade é assustadora, não consigo me controlar, principalmente quando eu sei que estou preste a perder algo, foi assim com Luíza, quando me dei conta de que a mesma estava flertando com um cara, nesse exato momento eu intervir não perdendo a oportunidade de fazê-la minha. Dessa mesma maneira pensei no dia em que Emma estava sendo tocada por Ferraz, um homem que me deixou completamente desconfiado, o que não sei bem o motivo, mas confesso que não fui muito com a sua cara, principalmente depois da forma que alisava os braços de Emma.

Notei que a mesma encontrava-se assustada, prestei atenção em cada movimento do seu corpo, ela estava arredia, fragilizada, incomodada e constrangida de uma maneira nada agradável, eu conhecia aquele olhar, boa coisa aquele homem não havia dito a ela, pelo seu estado eu tinha a certeza que Emma jamais seria o tipo de pessoa que se envolveria com alguém casado, não depois que se afastou de mim. Ela havia ficado estressada, porém, minha boca não disse o que passava em minha cabeça, ao contrário meu ego ferido a chuta para bem longe de mim, a machucando cada vez mais. Confesso que até eu mesmo estava ficando com raiva, porque eu sabia que aquilo teria que parar.

Em meu peito uma forte sensação de que eu precisava protegê-la, cuidá-la, quando vi que a mesma segurou as lágrimas me desmontei por inteiro só querendo abraçá-la, mas minha vontade falou mais alto, não conseguia mais ficar longe de sua presença, eu a queira, "EU A QUERO" disse minha mente gritando desesperada, foi com a ausência dela, com o vazio que eu sentia que a tomei em meus lábios mais uma vez, sedento de desejos, cheio de anseio em dar o meu melhor por ela.

Emma era um anjo mais lindo, sua luz era o que faltava para as trevas que habitava em meu coração, eu compreendi, da maneira mais ruim, não sei porque eu tenho que ter medo em perder as coisas para me dar conta dos fatos, não que Emma estivesse dando alguma moral para Ferraz, mas meu instinto falou mais alto sabendo que algo ruim iria acontecer se eu não chegasse até ela.

Seu beijo era mais doce que o mel, no entanto senti o salgado dos seus lábios, havia dado-me conta do quanto estava frágil como qualquer outra mulher, eu não cuidava de nenhuma mais, porém, meu coração acelerou de uma forma angustiante ao ver ela em lágrimas, eu ia abraçá-la, diria a ela que estaria ao seu lado e que nada de ruim a aconteceria, mas ao invés de abrir a boca para falar eu ganhei um belo de um tapa, não a culpo, só a mesma sabe o que sentia naquela hora, eu fiquei confuso confesso, mas não tiro sua razão, afinal eu estava agindo como uma criança, mas não queria que ela achasse isso de mim, eu sou um homem e por mais que me ache quebrado como o soldado de quebra nozes eu sabia que havia passado do seu limite.

Contudo, ouvir de sua boca para eu manter distância doeu no profundo de minha alma. Não deixando nem mesmo eu me desculpar pela audácia, Emma saiu de minha presença deixando aquele enorme vazio dentro de mim, levantando novamente os muros que estavam ao meu redor protegendo o que sobrou de mim. Não estava afim de me manter longe dela, mas se a mesma me pediu isso, então ficarei. Com isso os dias foram passando naquela semana, eu não me esbarrei com ela, apesar de ficar angustiado por não receber um resquício de luz sequer, porém, fiz de um tudo para não nos esbarramos, porque não sabia se conseguiria ficar com minhas mãos, lábios e todo o resto longe dela, pois a mesma era como um ímã que me atraia sem minha própria vontade.

Apesar do meu físico estar distante dela, minha mente vagava sem pena em uma beleza angelical, em seus beijos molhados, no cheiro viciante, cada sentido meu alimentava-se da minha pura imaginação que não afastava meus pensamentos dela. Para não dizer que não a vi, na sexta-feira a vejo de longe, ela estava encantadora como sempre, contudo no instante em que nossos olhares se cruzaram ela desviou tão rápido me dando a certeza de que manteria-se distante de mim.

Ao Acaso do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora