Capítulo 10

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Emma

O cansaço estava me dominando de uma forma muito rápida, eu olhava o computador de minha sala e a vista pesava, piscava algumas vezes tentando me manter acordada, mas confesso que estava difícil, por isso me levanto indo em direção ao banheiro lavar o rosto afim de fazer o sono passar. Minutos depois volto para a sala, sento mais uma vez atrás do computador e a concentração vai embora mais uma vez, eu simplesmente fecho meus olhos deixando a escuridão tomar conta de mim.

Ao longe ouço sorrisos, gargalhadas para ser bem exata, logo abro meus olhos, a claridade invade minha vista dando uma leve ardência, piscando para me acostumar com tanta luz, me deparo em uma praia deserta, mas se a mesma é deserta como posso ouvir vozes? Questionei-me mentalmente sabendo que aquilo não era real, era apenas a minha imaginação fluindo.

Ando pisando naquela areia molhada, quando finalmente vejo duas pessoas sentadas na beira do mar, meu coração enche de alegria por eu finalmente não estar sozinha, ao menos naquele estranho sonho. Aproximo-me do casal que estava aos risos, boa coisa a mulher estava ouvindo imagino, quando chego perto deles, sinto uma mão em meus ombros, viro automaticamente e Théo estava ali me encarando.

- O que faz aqui? - perguntei.

- Vim fazer isso!

Théo me beijou de uma forma avassaladora, sua mão em minha nuca me puxando para si derretendo todas as minhas camadas, aquele sentimento intenso tomava conta de mim, era prazeroso, surreal, verdadeiramente um sonho. Quando me dei conta estávamos literalmente jogados naquela praia deserta, porque busquei pelo o casal de antes e eles simplesmente evaporaram.

Os beijos de Théo aqueciam todo o meu corpo, minha respiração estava fora do compasso, assim como meu coração errava a cada batida, Théo despejava beijos pelo meu corpo, minha intimidade pulsava me fazendo sentir a calcinha molhada, um desejo ardente me consumia levando-me a delirar implorando mentalmente por mais. É nesse momento que a voz da razão, a consciência pesada invade meus ouvidos me fazendo despertar dessa loucura chamada imaginação.

- Emma??? Acorda Emma!!!! - era Amanda.

- Que horas são? - questionei.

- Está na hora da reunião de última hora, vamos? - me chamou.

Levantei a cabeça da mesa e tentei encará-la, a vergonha veio a tona logo que me toquei onde havia perdido os meus pensamentos.

- Faz tempo que me chama? - perguntei mais esperta.

- Não, mas você estava gemendo! Era dor ou era...

- Era dor! - digo antes dela terminar a frase.

Amanda sorrir se afastando de mim.

- Acho que esse tipo de dor eu queria sentir. - sorriu.

- Safada! - também sorri.

Mas logo em seguida aquele sentimento ruim me ronda novamente, eu estava em um sonho erótico com o meu chefe ridiculamente arrogante, idiota, um mala e que acima de tudo era casado, eu precisava voltar a realidade e tirar esse sentimento que tem se aflorado dentro de mim. Théo era proibido com letras maiúsculas, como um outdoor enorme me mostrando que nunca conseguiria tê-lo em minha vida, apesar de despertar em mim um desejo diferenciado eu não poderia me levar mais com isso.

Assim me lembro de Bombom dizendo que aquela Emma que desejava um cara casado, não era a sua doce Caramelo, por isso afasto o quer que fosse isso para bem longe de mim. Levanto-me seguindo ao lado de Amanda para a sala de reunião, sem demora entramos e vejo Vincent nervoso, eu não compreendo o motivo.

Ao Acaso do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora