Emma
Pela primeira vez na minha vida ouvi um homem abrir toda a sua trajetória de vida para mim, óbvio que tinha Bombom, porém, ele era meu melhor amigo, então não contava. Estou mesmo é impactada com a vida de Théo, eu sempre soube no fundo do coração que eu seria a pessoa capaz de desvendar os mistérios de sua vida, mas confesso que nunca pensei em tudo o que me contou, por isso a dor profunda em seus olhos, suas marcas de longe estavam cicatrizadas, eram feridas abertas que maltratavam sua alma.
- Théo, eu sinto muito, por tudo que vivenciou, pela sua dor! Eu não tenho palavras para expressar o que acabou de me contar. - olhei profundamente em seus olhos.
Conseguia enxergar sua alma, Théo havia um brilho no olhar que de todas as pessoas que analisei nessa vida demonstrava um único sentimento, um do qual eu nunca permiti viver, por idealizar a sua personalidade e não encontrar ninguém perfeito para mim. Eu o vejo sorrir e, o rubor em meu rosto é notável, assim como não haviam nuvens cinzas em cima de sua cabeça, ao contrário, o Sol irradiava com tamanha alegria. Seria eu a culpada por isso? Era uma pergunta que começou a martelar em minha mente, eu identificava os sinais, não era burra, sentia a nossa conexão de almas, mesmo com tamanha dor eu via o diferenciado nos seus olhos, aquilo era amor.
- Foram longos dias na escuridão, mas você Emma, você foi capaz de me fazer lembrar o que era o vivenciar! - levou minha mão aos seus lábios me deixando ainda mais vermelha.
- Eu prometo, irei lhe mostrar as belezas da vida novamente, nunca te deixarei sozinho, Théo, você me mostrou o mundo e eu lhe devolverei sua essência, sem dor, apenas com as lembranças para mostrar a sua força.
Théo não se conteve, ele agarrou em minha nuca e me puxou até seus lábios, um beijo urgente e desesperado, mas cheio de sentimentos envolvidos. O ar escasso, o fôlego se dissipando, o calor aumentando, com ele era a intensificação dos acontecimentos, qualquer coisa crescia desesperado quando ele me possuía, meu corpo se rendia, sem obedecer qualquer comando meu, ele era o meu dono, ele era literalmente meu.
- Quel couple amoureux! / Que casal apaixonado! - sorrimos em meio ao beijo ao ouvirmos essa frase de alguém passando ao nosso lado.
- Acho que está ficando tarde! Devemos voltar ao hotel, afinal amanhã começa o festival. - digo.
- Tudo bem! Mas antes, vamos subir na Torre Eiffel? - me chamou.
- Sério? - fiquei surpresa.
- Sim, vem! Vamos ver as luzes lá de cima e saber se vale mesmo dar o nome de cidade luz. - ele pegou em minha mão me levando para subirmos um milhão de escadas praticamente, não sei se as minhas palavras fizeram efeito para o mesmo, mas por um instante eu sentia o Meu Théo bem pertinho de mim.
A noite havia chegado, assim como também conseguimos ir até o mais alto da Torre, o vento frio soprava forte, levando-me a tocar meus próprios braços, porém, sou deslumbrada com a linda visão de Paris, seus mistérios pareciam ser desvendados, a romantização com certeza era existente, no entanto maior que isso, a magia desse lugar era surpreendente.
- Está com frio? - ele questionou.
- Ah, não é nada! - ainda olhava as luzes da cidade encantada.
- Tome Emma, está toda arrepiada! - me entregou seu moletom ficando apenas com uma camisa comum.
- Estar aqui parece que não estamos vivendo nossas vidas! É como esquecer dos problemas e pensar que não temos uma vida cheio de barreiras! - falei sem pensar.
- Talvez estivesse escrito, o destino nos trouxe aqui para dizer o que não estejamos enxergando! - sorri vestindo seu moletom.
- Pode ser!
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Ao Acaso do Destino
RomanceQuando se está escrito não há nada que o universo possa fazer a não ser soprar o vento a favor, duas pessoas, dois caminhos que cruzaram suas vidas inesperadamente. Emma é determinada, decidida sonha em viver a vida sem esperar o amanhã, Théo é arr...