Capítulo 13

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Théo

Encarei meu pai que sorria de nervoso, Emma parecia divertir-se com o que estava acontecendo, me deixando em uma briga interna, como ela poderia achar aquilo divertido? Se fosse em outra época com toda certeza eu estaria da mesma forma que ela, meus olhos brilhando, rindo dessa situação porque pensando bem é engraçado, principalmente pela cara que minha mãe fazia naquele momento.

- Meu amor, é apenas uma taça, não passarei disso! - disse ele.

- Ele prometeu Vivian, sei que hoje cuida muito bem desse pedaço que recebeu, não é Gonzales? - indagou Emma ao seu lado.

- Claro querida! - disse, se referindo ao questionamento de Emma quando continuou. - Não se preocupe, é apenas essa taça, eu prometo meu amor! - afirmou ele a minha mãe.

Minha mãe não parecia tão satisfeita, mas também não fez caso, quando a taça terminou ele cumpriu com o que prometeu, mas encheu novamente a taça de Emma que saboreava com tanto gosto despertando o interesse de provar o mesmo.

- Será que posso provar o mesmo ou apenas Emma ganha o seu vinho exclusivo? - pergunto.

- Bobagem filho, pegue uma taça que hoje você vai provar o melhor vinho de todos os tempos! - ele parecia ter convicção disso.

Assim peguei uma taça e quando senti o gosto do vinho percebo de imediato o seu diferencial, era um adocicado leve, suave com um cheiro de uvas frescas misturado com canela, era literalmente delicioso.

- Nossa, é realmente muito bom! - afirmo.

Meu pai abre um sorriso piscando para Emma que corresponde com um lindo sorriso, não compreendi aquele código, mas não falei nada, apenas terminei aquela taça pondo-se a mesa para finalmente almoçar, já que minha mãe estava voltando com a lasanha assada.

- Então como estão se adaptando? - questionou meu pai curioso, enquanto minha mãe servia uma enorme fatia em nossos pratos.

- Acredito que na medida do possível bem, não é mesmo Emma? - digo.

- Claro! - respondeu sem delongas.

- Se preparando para a viagem? - perguntou meu pai.

- Viagem? - questionou Pilar.

- Sim, a viagem que os dois precisarão fazer! - respondeu a Pilar diretamente. - Eu espero que esteja tudo certo enquanto a isso. - direcionou a nós dois.

- Não se preocupe pai, vamos dar o nosso melhor! - afirmo.

- Eu acredito que sim! Mas e você Emma, vai no seu carro ou irá solicitar um com a empresa, na verdade é melhor que solicite, ficar dez dias com o carro sendo fretado no estacionamento de um aeroporto é obviamente uma fortuna. - terminou se direcionando para Emma dessa vez.

- Dez dias? - questionou Pilar mais uma vez.

- Bom, acho que irei solicitar, estou sem carro! - falou.

Estava sendo uma conversa constrangedora na verdade, além de muito confusa, meu pai falando de um lado, Pilar do outro indagando coisas que não haviam necessidades e Emma tentando manter a conversa tranquilamente, mas para mim estava tudo fora do contexto.

- O que houve com o seu carro querida? - questionou minha mãe.

- Digamos que o conserto dele será muito maior do que eu esperava, então darei um jeito de vendê-lo para comprar outro. - explicou.

- Théo pode ajudar você com isso! - disse meu pai afirmando, eu logo o olho tentando entender o que estava insinuando.

- Não quero incomodar. - disse ela vergonhosa.

Ao Acaso do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora