Capítulo 41

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Emma

Tudo parecia perfeito demais, acreditam se eu falasse que sentia um mal pressagio? Desde o dia que recebi aquele maldito buquê, as coisas que vinha presenciando ao lado de Théo era como uma despedida, como estar sendo preparado para enfrentarmos algo ainda maior, talvez o destino quisesse nos mostrar que nosso amor, vai além dos limites, barreiras e obstáculos, porém, independente das dificuldades conseguiríamos vencer isso e qualquer coisa a seguir.

Contudo passar por isso era ruim, um desgastamento tão desnecessário, um abuso desse ser repugnante. A capacidade que Ferraz possui para desestabilizar qualquer um ao qual o próprio o intitulou sua maior ameaça, as pessoas não deveria ter medo, muito menos levar desaforos para casa, principalmente quando se veem de um ser totalmente desprezível.

Théo socou Ferraz, eu me desesperei, não era o momento, ele não podia fazer isso, desci as escadas angustiada gritando, logo Rafael, Dylan e Bombom vieram as pressas, por pouco Ferraz não saia desconfigurado, mas conseguia ver uns dois cortes em sua face, além de ter um sorriso em seus lábios.

- Você enlouqueceu? - disse Rafael.

- Não o culpem, eu me exaltei! - ouvi Ferraz.

- DESGRAÇADO! - Théo tentava se soltar, Dylan teve que ajudar Rafael para não deixá-lo continuar esmurrando Ferraz, o mesmo estava possesso de raiva, eu entendia, pois eu conseguia sentir a ânsia de nojo desse homem.

- Se não calar agora, eu juro que o coloco na rua na base do ódio! - disse Bombom.

- Não precisa colocar aos mãos em mim, estou me retirando! - ele arrumou seu terno. - E Théo, boa sorte na audiência! - enfrentou com um sorriso.

- Seu cretino, desgraçado!!! - vociferou Théo.

Assim Ferraz saiu as gargalhadas, poderia esperar o pior, pois tudo que vinha do mesmo não prestava. Meu corpo todo recebia aquela droga ruim percorrendo em minhas veias, lembrar da sensação das mãos desse desgraçado em minha pele quebrava uma parte de mim, era parecer ser de cristal que ao se espatifar nem mesmo conseguiria colar os pedacinhos. Todos tentavam colocar juízo em Théo, que não tirava os olhos de mim, mas minha mente se encontrou paralisada, especificamente no dia ao qual Ferraz tentou abusar de mim.

- Caramelo, senta, também trouxe esse copo com água! - ouvi Bombom.

Fechei os olhos sentindo uma pressão enorme vindo sobre mim, as lágrimas surgiram no instante que meus olhos arderam, coloquei as mãos em minha face, não queria que ninguém visse a minha fragilidade, especificamente Théo.

- Quem deixou esse energúmeno entrar? - ouvi Bombom questionar.

- Os seguranças estão todos na festa, no final ninguém fica na recepção! - era Dylan tentando explicar.

 - Me soltem, caramba! - nesse momento senti um toque arrepiar minha pele no mesmo instante aquecendo a mesma, me passando uma segurança inexplicável. - Meu amor? - era Théo.

Abri meus olhos na hora que ouvi sua voz, seu olhar preocupado parecia acalmar a tempestade que possuía dentro de mim, o pânico do furacão invadir meu abrigo com a perda total de tudo que construí até aqui, era assustador, mas a presença de Théo ao meu lado mostrava-me o quanto minha casa tem colunas fortes, onde ao redor existem obstáculos maiores que impediriam qualquer destroço me atingir.

- Por que fez aquilo? - o questionei.

- Eu não suportei, a forma que ele dizia aquelas malditas palavras... - Théo não continuou, pois sabia que isso o irritava muito, além disso, segurou em minha mão apertando com delicadeza, podia sentir também o seu medo.

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⏰ Última atualização: Dec 07, 2021 ⏰

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