Capítulo 15

110 9 0
                                    

Théo

A vida é engraçada às vezes, tudo em nosso caminho é incompreensível, mas a partir do momento em que começa a fazer sentido, você descobre as certezas que precisa, nunca poderia imaginar que Emma fosse a minha Angel de um dia, eu sentia que a conhecia de algum lugar, mas foram oito anos atrás, no qual eu a vi uma única vez, contudo nossa química fluiu tão bem que jamais me esqueceria daquela situação, nossa conversa tranquila, onde me sentia à vontade para me abrir em palavras sinceras, aquele sentimento se encontrava ali somente com ela, mesmo não lembrando nome ou qualquer outra coisa. Talvez não reconheci Emma antes pela cor de cabelo, já que na calourada com o trote seu cabelo era um tom mais escuro, como um caramelo, não esse dourado que está agora, "sim, foi justo isso" afirmava minha mente completamente enlouquecida por reencontrá-la.

Ao me aproximar de meu pai observo que o mesmo estava despreocupado curtindo o neto que quase não o via. Minha mãe da mesma forma, franzi a testa quando notei duas caixinhas de presente em sua mão.

- Estava me procurando, pai? - perguntei.

- Não filho, você estava querida? - questionou a minha mãe.

- Não, mas ainda bem que apareceu, pois preciso entregar algo para você e Emma. Aliás, onde ela se encontra? - questionou ela.

Minha mente estava literalmente confusa, questionando internamente o motivo de Pilar inventar que meu pai estava me procurando, por isso pensei em retornar a cozinha, mas no momento em que viro em direção vejo as duas voltarem, Pilar tinha satisfação em seu rosto, já Emma seu olhar dizia tudo, algo não situava no lugar.

- Emma achei que a louça lhe tiraria de nós! - brincou minha mãe.

- Não havia tanto, mas a conversa foi bem interessante. - informou ela.

Arqueei a sobrancelha a fim de tentar entender sua afirmação, já que além de minha mãe e eu, Emma também ficou um curto período com Pilar e eu estava curioso para saber o que ambas falavam, já que Pilar não é muito de conversar, principalmente com Emma que mais cedo dizia não gostar.

- E o que tanto vocês duas conversavam? - perguntei.

- Coisa de mulher querido! - respondeu Pilar imediatamente.

- Eu já avisei que não gosto de ser chamado assim! - a lembro mais uma vez.

- Desculpe, será que podemos ir? - perguntou.

Emma nos encarava diferente, a mesma sentou ao lado de minha mãe e parecia incomodada com alguma coisa, confesso que meu coração se apertou, era como se sentisse que algo se encontrava muito errado.

- Acho que podemos sim ir! - digo.

- Antes de ir meu filho, pegue isto! - entregou minha mãe.

- O que é? - perguntei.

- Bom como vamos ficar fora um bom tempo, essa é a chave de casa, quero que venha aqui sempre que quiser, além de não deixar a casa abandonada por completo, os empregados entrarão de férias, somente Anastácia ficará fazendo a faxina umas três vezes na semana. - disse ela.

- Tudo bem mãe, vocês não se importam de irmos embora? - questionei aos meus pais, mas na verdade meus olhos fixos estavam em Emma. Eu queria levá-la pra casa, por alguns breves minutos desejava muito estar sozinho nesse almoço, principalmente por saber que Emma permanecia sem veículo.

- Não querido. - respondeu minha mãe.

- Desejo a vocês uma ótima viagem, não achem que eu não irei perturbar os dois, porque sim, irei, mas descansem e curtam. - abracei os dois e quando finalmente cheguei em Emma, peguei sua mão dando um beijo na mesma carinhosamente. - Nos vemos amanhã Emma! - terminei.

Ao Acaso do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora