Sangramos juntas

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Será que ela sabe que nós sangramos da mesma forma?

Não quero chorar, mas me quebro assim


O que era para ser simples se transformou rapidamente em um pandemônio.

Todos estavam comentando sobre o casamento, as revistas queriam fotos, os membros da alta sociedade as convidavam para todo tipo de jantar e os membros da família Berry que não foram convidados para comparecer a cerimonia ligavam incansavelmente a Hiram implorando por um convite.

Então o Sr. Berry ofereceu uma festa de noivado, cinco dias antes do casamento, reunindo grande parte da família Berry e delegando a Quinn  chamar os Fabrays. Nem Quinn, nem Rachel queriam aquele jantar, mas Rachel sabia que era inútil discutir com o pai e seria melhor reunir a família toda ali em vez de ter que encara–lós no dia do casamento.

O problema era que teria fotógrafos, colunistas de revistas...Isso deixava Quinn e Rachel muito nervosas.

—Não era para ser assim –comentou Quinn ajeitando sua gravata pela decima vez.

—Tinha como ser diferente? –Rachel ajeitou a postura. –Você é a mulher mais cobiçada da América.

—Só me interessa ser cobiçada por uma pessoa –Quinn deu um olhar sugestivo a Rachel.

Rachel deixou escapar uma risada. Quinn era mestre em flertar, e naquele mês o seu grande alvo era Rachel.

Rachel não podia negar que não gostava daquela atenção. Era bom ter os constantes toques de Quinn, a atenção, as pequenas conversas que tinham. Custava admitir que ter Quinn em sua vida era uma chama que se ascendia em sua rotina cinza. Nunca sabia o que esperar ao lado da loira, e surpreendentemente, não queria se afastar como antes.

Mas não estava confundindo aquilo com algo romântico. Rachel apenas gostava da presença de Quinn. Só isso.

E naquela noite, seria praticamente a última noite eu Rachel seria uma Berry.

A porta do salão abriu e as duas foram recebidas com palmas e felicitações pelos convidados.

Rachel e Quinn conversaram com todos os Berrys primeiro. E os elogios a Quinn eram além do exagerado. Rachel se forçava muito para não revirar os olhos para cada familiar. Ao menos agradeceu que Noah não estava ali, e ficou triste por não ver Santana. Apesar de já esperar que ela não compareceria.

Quando chegaram na parte da família Fabray, Rachel não deixou de reparar que havia só uma mesa. Lá estavam Frannie, irmã mais velha de Quinn, com sua esposa Cassandra e seu pequeno filho Theo. O menino quando viu Quinn saltou do colo da mãe e correu até a tia. Quinn o pegou nos braços e encheu de beijos.

Rachel sorriu com a cena. Nunca tinha visto esse lado tão derretido de Quinn com criança antes. Na verdade elas nunca se encontravam fora da agenda contratual, que as obrigava a comparecerem juntas a eventos. O que Rachel sabia da família de Quinn era que ela tinha uma irmã mais velha que não tinha interesse nenhum na Lux, que os Fabrays era uma família pequena e que a mãe de Quinn – Judy – havia morrido há quinze anos. Eram informações ditas pelo pai de Rachel, nunca por Quinn.

A Berry lamentou por nunca ter tido interesse na família da noiva antes. Era estranho pensar que adotaria o sobrenome deles sem nem ao menos conhecê-los.

—Theo, essa é a minha noiva: Rachel –apresentou Quinn ao garotinho. –Ela será sua nova tia.

Rachel deu um sorriso brilhante. O amor da vida dela era crianças. Sempre se deu melhor com os pequenos, e descobriu esse amor  profundo quando os primeiros alunos chegaram no Instituto.

Até Que o Amor Nos Separe (Faberry) -HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora