Eu quero você perto

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Porque se eu te quero, eu te quero, amor
Não vou recuar, não vou pedir espaço
Porque espaço é apenas uma palavra

Inventada por alguém que tinha medo de ficar muito

Perto!


Rachel sentiu um peitoral debaixo de sua cabeça, e aproveitou para abraçar mais o corpo quente da pessoa que estava ali. O problema foi quando percebeu que não era um corpo tão conhecido assim. As poucas vezes em que ela e Finn podiam dormir juntos adorava acordar em cima de seu corpo e perceber que ele estava ali com ela.

O problema foi que começou a reconhecer que aquele não era o corpo grande e largo de Finn que sempre a deixava minúscula perto dele. Aquele corpo tinha dois montes macios e Rachel estava com a cabeça entre eles.

Lentamente começou a sentar-se e prendeu um grito em sua boca quando se deu conta de que a pessoa a quem estava agarrada era ninguém menos que Quinn Fabray.

Berry deixou por um momento se encantar com a loira dormindo. Os cabelos dourados em seu rosto, uma boca rosada entreaberta e sua mão tateou seu colo como se estivesse procurando por Rachel.

Isso fez a morena colocar-se em pé e sair dali o mais rápido possível. Precisava se situar primeiro e não queria que Quinn a visse toda desengrossada. Foi até o banheiro do quarto – seu novo quarto – e cuidou da sua higiene pessoal. Depois, colocou um vestido floral que encontrou em seu closet – provavelmente foi Camilla que comprou – e desceu novamente.

Quinn já não estava mais na sala, provavelmente tinha ido tomar café da manhã. E andando até a sala de jantar percebeu que a mesa já estava pronta.

—Bom dia, Sra. Fabray – disse uma senhora entrando com uma travessa de pudim.

Levou alguns segundos até Rachel perceber que a saudação tinha sido pra ela. Seria difícil se acostumar com isso.

—Bom dia – respondeu hesitante.

—Sou a Sra. Flowers, governanta da casa – Se apresentou a mulher com um aceno educado. – Tudo que precisar pode chamar a mim.

—Obrigada. No momento eu só tenho uma dúvida.

—Pode perguntar, Sra. Fabray.

—Não precisa me chamar assim – o nome soava errado toda vez que escutava. – Só me chame de Rachel.

—Tudo bem, só Rachel – a mulher deu um sorriso discreto. – Em que posso ser útil?

—Quinn fica muito em casa? – perguntou com medo.

Rachel preocupava-se que a presença de Quinn pela manhã seria algo habitual. Ela ia ao instituto pela tarde. De manhã gostava de se demorar no café da manhã e depois correr. Kurt segurava as pontas de manhã e depois Rachel chegava às duas e ficava até o anoitecer. A turma da tarde era mais difícil de qualquer jeito e Rachel gostava de estar presente para arrumar qualquer problema.

Mas com a possibilidade de ter sua falsa esposa tanto tempo no mesmo espaço Rachel cogitou a ideia de mudar seu horário no instituto.

—Ah não. A Sra. Fabray vai trabalhar bem cedo. Hoje trata-se de um dia atípico. Creio eu por conta do casamento.

—Ah, entendi – murmurou.

Ela não tinha cancelado seus planos por causa do casamento. Ainda iria para o Instituto a tarde. Mas se Quinn decidiu ficar em casa será que ela deveria fazer o mesmo?

Até Que o Amor Nos Separe (Faberry) -HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora