Romance Ruim

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Eu quero o seu amor e eu quero sua vingança

Você e eu poderíamos escrever um romance ruim


Rachel Barbra Berry, onde você está?—Camila soou nervosa –Falta dois dias pra estreia e todos estão surtando! Querem saber de figurinos, a iluminação e eu não sei cuidar disso! Ainda tem um tal de Sebastian que está te caçando pra saber quais são as cores de uma campanha, e já gritou comigo duas vezes! Me diz que está vindo pra cá.

—Eu chego ai em uma hora, Camila. Só preciso resolver uma coisa e já estou ai –Rachel saiu do seu carro e observou a mansão discreta que a avó mantinha em um dos bairros mais caros de Chicago.

Tá bom, vou tentar segurar as pontas—sua assistente soou cansada.

—Obrigada, Camz. Prometo que te recompenso –Depois de garantir Rachel desligou.

Rachel respirou fundo. Não estava muito animada pra conversar com a vovó Berry.

A matriarca era um terror com sua sinceridade e comentários maldosos. Santana tinha herdado isso e Rachel era sensível demais pra não se importar com o que a matriarca dizia.

Mas naquele dia não era só uma neta conversando com a avó. Estava ali para ajudar Quinn com a lista de suspeitos e agora tinha um sobrenome diferente para ficar temendo qualquer represália da sua família.

Rachel foi bem recebida pelos empregados e foi avisada que a avó esperava na sala.

O cabelo braço da vovó Berry foi erguido em um coque elegante e a mulher segurava uma xicara de chá.

—Fiquei surpresa quando avisou que vinha –Falou a velha sem enrolações. –Pensei que estivesse muito ocupada com seu centro de caridade pra perder tempo com essa pobre velha.

—A senhora nunca foi pobre –Rachel sentou no sofá do lado e pegou o chá que já estava servido. –Porque se fosse, saberia reconhecer a diferença entre um Instituto de Música e um centro de caridade.

A Sra. Berry piscou algumas vezes, surpresa.

Até Rachel estava um pouco espantada com sua coragem. Nunca respondeu uma provocação da avó. Nem Hiram era tão audacioso a esse ponto.

Afinal Virginia Berry era líder da família, portanto tinha muita voz sobre o destino de cada um.

Mas não mais o de Rachel.

—Claro, porque alguns premiozinhos tornou um lugar mais que um centro de alojamento de crianças pobres –Virginia provocou mais uma vez, bebericando o chá em seguida.

—Eu não vou aceitar mais nenhum de vocês desdenhando do meu trabalho. Faço muito mais que ganhar alguns premiozinhos. Eu mudo vidas! –Rachel respondeu entre dentes –Deixei uma marca no mundo muito melhor que vender prédios pra outros esnobes egoístas.

Ao contrário do que a menina esperava, Virginia sorriu com orgulho. Largou o pires no carrinho de chá e sacudiu o ombro da neta.

—Finalmente! O orgulho Berry! –A avó sorria de orelha a orelha –Sinceramente querida tudo que eu via em você era uma garota melindrosa que nunca ousaria sair debaixo das assas do pai. Tão tola quanto Mirabel ou Isabela. Mas aí está, o olhar que eu mesma sustentei por anos quando qualquer um ameaçou tirar minhas empresas. Esse olhar que levou os Berrys ao topo!

—Eu sempre enfrentei Hiram –murmurou sentindo as bochechas esquentarem.

—Uma faísca. E no final sempre ganhava o que quer apenas pra Hiram impedir uma discussão mais árdua –Virginia deu ombros –Afinal como ganhou seu instituto?

Até Que o Amor Nos Separe (Faberry) -HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora