𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐂𝐑𝐈𝐌𝐄 - ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

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Maratona Surpresa (4/8)

S/n's pov

- AGORA! - Vinnie gritou.

O loiro saiu em disparada de trás do carro e eu fui junto, como ele pediu fiquei atrás dele com Addison e Anthony do meu lado e Kio de retaguarda.

Nós corremos até a casa onde eu consegui entrar na garagem e me esconder entre duas latas enormes que exalavam um cheiro muito forte. Os outros quatro ficaram no portão que estava escancarado atirando na direção da gangue rival.

Olhei para a arma na minha mão, restavam duas balas ainda e eu não tinha mais nenhuma para recarregar. Chamei o Vinnie, mas o loiro estava tão concentrado que nem me ouviu.

Eu não podia ficar ali escondida feito cachorrinha abandonada. Me levantei e entrei na enorme casa por uma porta que levava até uma grande escada, comecei a subir rapidamente sem olhar para trás com a minha atenção somente no que aparecia à minha frente.

No final da escada dei de cara com a cozinha da residência, aparentemente vazia. Entrei em total silêncio e comecei a caminhar vagarosamente em direção ao corredor.

A casa é bem arrumada e moderna, móveis desenvolvidos e brancos, utensílios de luxo e carpete bege pelo chão. Aparentava estar desabitada, mas eu sei muito bem que deve ter alguém escondido por aí.

Respirei fundo e tomei coragem de subir as escadas que me levariam até o segundo andar da residência. Como o chão é carpete, meus passos não faziam barulho o que eliminava uma das opções de alguém me ouvir.

Havia várias portas cor de palha fechadas, o hall levava até uma janela que trazia luz para dentro da casa porque provavelmente estava amanhecendo e mesmo não estando tão "assombroso" assim, o meu coração continuava acelerado e minhas mãos soavam frio.

Comecei a analisar as portas, não havia nenhum jeito de eu saber onde a Avani está e o único modo de acha-la seria abrindo todas as portas. Porém isso é perigoso demais, um ou mais dos Brandon's podem estar aqui e nada garante que um deles não esteja com a morena.

- S/n. - Vinnie me chamou aparecendo atrás de mim.

- Puta que pariu Vincent. - Falei me virando para o garoto. - Eu ia atirar em você!

- Quer me matar do coração? - Ele exclamou. - Falei pra ficar atrás de mim, não pra sair andando pela casa!

- Você e os outros estavam muito ocupados. - Falei. - Eu te chamei, mas você não ouviu. Então vim sozinha.

- Já pensou se alguém tivesse visto você? - O loiro perguntou levando as mãos aos cabelos, jogando os mesmos para trás. - Não exitariam em atirar ou sei lá, te levar até sua mãe e manter você em cárcere privado como estão fazendo com a Avani.

- Já entendi. - Disse de saco cheio. - Agora da pra gente achar ela?

- Tá, mas não faz mais isso. - Vinnie respondeu colocando sua mão em meu rosto. - Vamos achar sua amiga.

Hacker começou a examinar todas as portas como se pudesse ouvir através delas, mas em momento algum tocou nas mesmas. Eu fiquei atrás dele olhando para todos os cantos pronta para caso alguém aparecesse.

- Ela tá aqui. - Ele falou por fim.

- Como você sabe? - Perguntei.

- Intuição.

- Então tá né senhor intuitivo. - Disse pegando na maçaneta da porta.

- Abre e sai do caminho, não entra de uma vez porque pode ter outras pessoas com ela aí dentro.

Girei a maçaneta com cuidado e empurrei a porta, e saí do caminho me encostando na parede ao lado. Nem um barulho veio de dentro do cômodo, parecia muito escuro e um vento gelado saiu de dentro dele como se não tivesse sido aberto há tempos.

Vinnie olhou de relance dentro do quarto, voltando a se encostar na parede logo em seguida. Ele fez um sinal com as mãos para eu olhar também e assim eu fiz.

- Avani. - Murmurei.

A morena estava ali, com o pouco de luz que vinha do corredor ela ainda era visível mesmo estando em um quarto tão escuro. Gregg estava sentada em uma cadeira de madeira, amarrada com cordas nas mãos, braços e pernas e amordaçada pela boca. Estava cabisbaixa e parecia não ter visto a porta ser aberta.

- Ela tá com a mesma roupa daquele dia. - Falei comigo mesma. - Sequestraram ela naquele dia que conversamos.

- Vamos entrar, ok. - Vinnie falou. - Eu primeiro.

Com cuidado, demos alguns passos até o interior do quarto. Avani levantou o rosto, os olhos pretos de maquiagem borrada. Ela começou a se mexer na cadeira com veemência e tentava falar alguma coisa, mas por causa do pano em sua boca nós não entendíamos nada.

- Eu te achei, vai ficar tudo bem agora. - Falei para a garota, mas ela não parava de murmurar.

Fui até ela e tirei o tecido de sua boca, fazendo a mesma respirar fundo e começar a chorar.

- CUIDADO. - Foi a única coisa que ela falou.

Virei abruptamente para trás e quando vi, um cara deu um golpe com sua arma na cabeça de Vinnie. O loiro caiu no chão, pareceu ter desmaiado com a força que o atacaram.

Saquei o meu revólver e mirei no homem que apontava sua arma para mim também. Ele foi saindo das sombras e desse modo consegui ver seu rosto.

- Muito prazer irmãzinha.

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