ꕥ Capítulo 7 ꕥ

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Annabelle Narrando

Nesse momento estou no banheiro tomando banho e lavando os meus cabelos, ainda não acredito no que o Trovão disse e mesmo ele me explicando ser uma teoria da cabeça dele, ainda fiquei pensativa em relação a isso.
Se minha irmã foi assassinada mesmo e minha mãe sabe quem a assassinou, por que ela encobriria?

Terminei de tomar banho e peguei minha toalha branca, a enrolando no meu corpo e logo sai do banheiro.
Trovão estava deitado em cima da minha cama e quando me viu saindo do banheiro, ergueu a cabeça para me olhar.

— Você não para de pensar no que eu te disse no carro.

— É claro. Você me explica que leu a mente de minha mãe e ela disse nos pensamentos dela que minha irmã jamais tiraria a própria vida, ela só pensou isso e você vem com a teoria de que minha irmã foi assassinada e que minha mãe sabe quem a assassinou? Por favor né. — Cruzo os braços e ele pula da cama para o chão.

— Você não acredita que Annabel tenha se suicidado.

— É eu ainda tenho minha dúvidas, mas também não acredito que ela tenha sido assassinada. Ela não tinha inimigos, era boa demais para as pessoas, sonhava em ser médica... — Me sento na cama ainda de toalha e passo a mão no rosto.

— Olha — Ele sobe novamente em cima da cama e se aproxima de mim. — Foi só uma teoria minha, eu não tenho certeza mas vejo que esse assunto sobre a sua irmã ainda mexe muito com você. Agora entendo o porquê você prefere esquecer um pouco sobre esse assunto todo, mais de uma coisa eu sei Annabelle... a morte de sua irmã é um mistério. — Ele disse me olhando e eu solto um suspiro frustrada.

— É um mistério... que infelizmente não estou preparada para desvendar. É melhor deixar quieto.

— Por quanto tempo?

— Eu não sei... só vamos deixar quieto. Só sei que minha mãe não teria coragem de encobrir um assassinato, ainda mais da própria filha. Você viu e percebeu que minha mãe e eu não nos falamos desde aquela conversa no carro, é sempre assim quando o assunto entre nós duas é Annabel. — Digo e vejo o mesmo assenti com a cabeça.

— E quando vocês vão voltar a se falar?

— Quando eu descer lá para baixo e me juntar a ela para jantar, ela sempre começa falando primeiro comigo e me pedindo desculpas e eu... digo que não irei mais tocar no assunto e aceito as desculpas dela. E voltamos a falar de outra coisa, desde que não seja de minha irmã e então, fica tudo resolvido entre nós.

— Hum. Eu vou descer para você trocar de roupa, consigo sentir o cheiro da minha ração daqui. — Ele diz pulando da cama e indo para o chão.

Minha mãe estava lá embaixo, na cozinha provavelmente preparando o jantar. Trovão saiu do quarto caminhando em suas quatro patas e eu logo fechei a porta do quarto para poder trocar de roupa.

Caminhei até o meu guarda-roupa e peguei uma saia listrada e uma blusa estampada, coloquei as peças de roupa em cima da minha cama e parei de olhá-las quando olhei para o blazer preto em cima do puff, perto da janela.

Eu não iria até aquele blazer mas acabei indo, peguei-o mais uma vez e então inalei o perfume maravilhoso que vinha do mesmo. Dominic Murray... será que ele deve cheirar tão bem quanto esse blazer? Porque se o blazer é cheiroso, imagina o dono.

— Annabelle troque de roupa e pare de cheirar o blazer do senhor Murray. — Escutei a voz de Trovão na minha mente e rir. — Se você quer saber se ele cheira bem assim como o blazer dele, por que não comprova?

Arregalo os olhos e coloco o blazer preto em cima do puff. Não sou louca de me envolver com ele, ele também não iria me querer, sou feia e esquisita... os namorados que tive pelo menos me disseram isso e ainda mais me diziam que eu não era boa no que fazia.

Arriscar-seOnde histórias criam vida. Descubra agora