ꕥ Cap 4 - A História de Trovão ꕥ

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Annabelle Narrando

Assim que minha mãe saiu de casa, tranquei a porta da sala e subi as escadas para poder ir para o meu quarto.
O cachorro que fique sozinho na sala.

Aproveitei e tomei um banho relaxante quando cheguei no quarto e também fechei a porta, pensei em lavar os cabelos mas... não, os meus cabelos demoram demais para secar e a água está muito fria também. Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha de cor branca, saí do banheiro e em seguida fechei a porta do mesmo.

Caminhei até o meu guarda-roupa e procurei por uma roupa confortável. Acho que um vestido está bom demais. Peguei um vestido estampado e um conjunto de sutiã e calcinha, vesti e em seguida passei perfume.

Saí do quarto e desci as escadas chegando novamente na sala de estar, olhei para o cachorro que ainda estava em cima do sofá e agora olhando para a porta. Ele deve estar esperando minha mãe.

Na verdade eu estava esperando por você, mas não irei até você. Você que venha até mim.

Me assustei ao escutar a voz masculina e sarcástica de novo, olhei em volta conferindo se tinha mais alguém na sala de estar e não tinha. Só tem eu e o... cachorro.

Apressei meus passos na direção dele e me sentei ao lado dele no sofá. E se eu estiver mesmo ouvindo vozes?
Passei minha mão nos pelos do cachorro e até que ele é fofinho, acariciei sua cabeça e ele continuava olhando para a porta.

— Você deve estar se sentindo tão triste, você era apegado demais ao meu avô não é? — Pergunto acariciando a cabeça do cachorro e olho para a porta também. — Eu te entendo.

Não, você não me entende.

Ouvi a voz ecoando em minha mente e fiquei em alerta, olhei em volta mais uma vez e me aproximei mais do cachorro.

— Você está ouvindo alguma coisa? — Pergunto ainda olhando em volta.

Será que alguém entrou aqui e tá fazendo essa brincadeira comigo?

Eu não estou ouvindo nada, ah não ser a sua voz. E você?

Parei o carinho que estava fazendo no cachorro e lentamente virei minha cabeça para olhar para ele que já estava me encarando com aqueles olhos castanho-claros.

— Espera um pouco... é você que... — Parei de falar me levantando do sofá assustada e olhando para o cachorro.

— Isso é sério? Eu gostaria que sua mãe ou qualquer outra pessoa pudesse entender e compreender o que eu penso. Não a garota que quer me mandar para o canil, o seu avô apronta cada uma. — O cachorro moveu os lábios dessa vez enquanto as palavras saíam de sua boca e ele abaixou um pouco a cabeça como se estivesse indignado.

Eu? Estou assustada, estou vendo coisas.
Tem um cachorro falando comigo.

— Sim, você está falando com um cachorro e quer parar com esse drama? Nunca viu um cachorro falante?

Levei minha mão a boca e dei três passos para trás.

— Como... isso é impossível. Estou ficando louca — Apressei os passos saíndo da sala de estar e subindo as escadas rapidamente.

Fui para o meu quarto e fechei a porta. Soltei um suspiro aliviada encostando minha testa na madeira da porta de cor branca, eu preciso descansar urgentemente.
Me virei para ir para a minha cama porém, me assustei e acabei encostando minhas costas com força na porta.

— Não adianta fugir de mim. Você entende e compreende tudo que penso e isso, eu não esperava tenho que admitir. — Disse o cachorro agora sentado em cima da minha cama e me olhando. — Meu nome é Trovão.

Arriscar-seOnde histórias criam vida. Descubra agora