Olhando o pôr do sol, partilhamos um momento feliz longe dos problemas do mundo

661 117 115
                                    

☆Nota da Autora☆

Eu vou deixar avisado caso queira pular, mas tem uma parte onde o Naru tem um flashback, e se não quiser ler, é só pular ok?

☆☆☆☆☆

Ao virar pela terceira vez e encontrar outro corredor vazio, Naruto percebeu que tinha errado no caminho em algum lugar e deixou os ombros caírem, praticamente se arrastando pelo caminho que escolheu até chegar ali. Ele tentou refazer os passos e conseguiu chegar no corredor onde ficava o escritório do seu pai e como Rin ainda não estava ali, ele resolveu tentar outra vez a máquina automática, dessa vez virando para a esquerda ao invés da direita. Ele viu pessoas uniformizadas pelo caminho e começou a se lembrar do caminho com mais precisão, e animado por estar na direção certa, ele aprumou a postura e andou mais decidido olhando pelo redor até ver um corredor vazio onde estava a bendita máquina!

Era um corredor um pouco mais estreito em comparação com os anteriores que ele passou, pelas plaquinhas nas portas ele percebeu que se tratava de um pequeno depósito de produtos de limpeza, um banheiro e uma sala de descanso, ele supôs que era para os funcionários encarregados pela limpeza do complexo de prédios, consequentemente a máquina automática deveria ser designada para eles, mas ele pensou que um salgadinho a menos não faria tanta diferença.

Ele encarou as opções através do vidro e decidiu por um salgadinho sabor queijo nacho e um pacotinho de doces, a boca já salivando enquanto colocava a nota um tanto amassada na máquina. Rindo animadamente, ele se abaixou para pegar os pacotinhos quando uma mão se fechou no seu pulso.

☆☆☆☆☆

-Como você entrou aqui, pirralho?

Quem segurava seu pulso não era muito alto, nem mais tão jovem, mas quando piscou os olhos, Naruto outra pessoa segurando seu pulso e o puxando para a sala de aula.

Seu coração acelerou tão rápido que ele sentiu dor no seu peito, sua respiração curta e apressada não estava ajudando seu organismo a se acalmar e sua visão ficou embaçada.

-Eu perguntei como você entrou aqui, pirralho!

O homem gritou mas para Naruto pareceu uma voz amigável ocultando más intenções. Em algum lugar, sua consciência gritava que aquilo não era real, mas a ansiedade não o deixou ouvir. Quando o homem puxou seu braço, mesmo que sua intenção fosse outra, Naruto gritou e o empurrou com força para fugir dali. Aquele homem o perseguiu, embora só quisesse respostas, assustando o garoto mais ainda e o encurralando na parede em frente ao corredor. Não era a porta trancada da sala de aula, porém Naruto se sentiu preso e em pânico gritou novamente. As pessoas no corredor não se aproximaram dele, mesmo assim a simples presença deles tornou o ar ao redor mais pesado.

-O que aconteceu?

-Quem é ele?

-O que você com ele?

-Nada! Eu só perguntei como ele entrou aqui!

Naruto ouviu as conversas ao seu redor, no seu interior já tinha aceitado que ele estava seguro, porém, como as águas que rebentam uma barragem, suas emoções não podiam mais ser contidas. Naruto se agachou e tentou controlar sua respiração, as mãos cobrindo as orelhas desejando desaparecer.

Alguém segurou seus pulsos e forçou até que sua voz chegasse como um sopro de sanidade e um apoio, um porto seguro.

-Naru! Está me ouvindo? Sou eu!

Ele reconheceu seu pai lhe chamando e se debateu nos limites do seu medo para seguir sua voz. Seu pai cruzou seus braços em frente ao seu corpo, um por cima do outro formando um tipo de barreira entre ele e a situação ao seu redor.

A Estrela da SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora