Capítulo 26

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- Hoje não,- Wanda disse enquanto Jane tentava puxá-la para dentro de seu apartamento. Ela gentilmente se desvencilhou da outra mulher, não querendo ferir seus sentimentos. Jane deixou perfeitamente claro que ela queria fazer sexo.


- O que há de errado? Eu pensei que você tinha se divertido na outra noite?


- Oh, eu me diverti. Foi ótimo,- Wanda respondeu.- Mas eu tenho que ajudar um amigo muito cedo pela manhã.- Então ela esfregou a têmpora.- E eu estou com um pouco de dor de cabeça,- ela  acrescentou, esperando soar convincente.


- Isso não é justo, Wanda. Eu fui à sua festa entediante para nada então.?


- Entediante? Você teve comida e bebida grátis,- Wanda ja estava ficando sem paciêcia.


- Como se eu não pudesse conseguir isso na hora que eu quisesse,- disse Jane com um movimento de seu cabelo loiro.- Se você não está interessada, eu vou ao bar então.


Wanda não sabia se a garota estava falando isso na esperança de provocar uma reação de ciúme, e francamente, ela não ligava.


- Ótimo. Mas tome cuidado. Você ja bebeu o suficiente por hoje.


- Sim. Eu bebi e estou com vontade de fazer sexo,- disse Jane, passando a mão no peito de Wanda.


A Maximoff parou seus movimentos antes de chegar ao seio.- Sinto muito. Mas eu preciso ir.


- Tanto faz.- Jane fechou a porta e trancou-a.- Estou saindo.


Wanda deu um passo para o lado quando a garota loira passou por ela e se dirigiu para o carro. Wanda balançou a cabeça enquanto ficava parada ao lado do apartamento de Jane, observando enquanto ela se afastava. Ela soltou o fôlego, perguntando-se se deveria simplesmente tê-la levado para a cama e acabar logo com isso.


Mas não. Não era Jane que ela queria. Não era essa universitária de vinte e poucos anos com quem ela queria estar.


Ela se dirigiu ao jipe, tentando não pensar em Natasha com Maria Hill. Elas estavam na cama agora? Elas estavam se tocando? As mãos de Maria estavam em seu corpo, em seus seios?


Imagens dela e de Natasha voltaram à tona. Parecia que foi ontem que elas estavam no litoral ... brincando, rindo, fazendo amor. Ela se lembrou da sensação da pele de Natasha. Ela se lembrou de como os olhos azuis de Natasha ficaram escuros quando ela a penetrou. Ela se lembrou de como era ter o mamilo de Natasha em sua boca, o gosto dela, e Deus, o som que ela fez quando chegou ao clímax. Ela se lembrava de tudo como se fosse ontem.


E agora aqui estavam elas. Quais eram as chances de que elas se encontrassem? Ela se convenceu de que nunca mais veria Natasha. Ela tentou duas vezes mais para fazer Agnes revelar suas informações, mas a cada vez, Agnes recusou. Wanda finalmente aceitou. Natasha seria uma lembrança, nada mais. Mas aqui estava ela, morando em Austin. E namorando Maria Hill. Maria era advogada. Ela era uma mulher profissional. Uma mulher profissional de muito sucesso, a julgar pela casa que ela havia construído sob encomenda. Ela era alguém que Natasha havia declarado ser exatamente seu tipo. Wanda não conseguia nem começar a competir com Maria Hill.


Ela precisava apenas deixar para lá. Natasha não deu a ela qualquer indicação de que ela queria vê-la novamente. Na verdade, era quase como se Natasha tivesse saído de seu caminho para evitá-la na festa. Sim, ela deixaria passar. Afinal, Natasha não era seu tipo. Não, Jane era o tipo dela. Jane  Foster, a jovem estudante universitária que queria fazer sexo com ela. Jane, aquela que havia fugido para o bar porque Wanda não queria transar com ela.


O que há de errado com ela?

Chance Of Fate (wantasha)Onde histórias criam vida. Descubra agora