My salvation • Carl Grimes

10 - engano

No dia seguinte, Carl já havia sido liberado, dormimos cada um em sua casa, as unicas pessoas que sabiam do nosso namoro era Daryl e Enid. Carl resolveu que eu não podia dormir com ele essa noite para ele poder contar a michonne de uma forma mais elaborada.

Na noite anterior, antes de irmos dormir, vou com Carl até a porta de sua casa, o beijo e combinamos que logo quando eu acordasse poderia ir ver ele, já que Michonne estaria fora em busca de armas e Judith estaria com Maggie e Gleen. Assim o fiz. Acordei, botei uma das minhas melhores roupas e fui até a casa do meu namorado. Meu namorado. Isso soa tão bem.

Bati na porta três vezes, mas ninguém atendeu. Chamei por Carl, mas ele também não atendeu. Resolvi entrar. Para minha sorte a porta estava destrancada. Entro aos poucos, já estava ficando preocupada. Passo o olho por cada canto da casa. Não havia ninguém lá. Vou para o último como que me restava. O quarto dele.

Me aproximo da porta e tento abrir a fechadura, mas estava trancada. De repente ouço vozes. Carl estava lá dentro, e não estava sozinho.

- Não pode ser tão ruim assim - Enid!

Carl estava trancado em seu quarto com Enid.

- Mais rápido Carl! - Diz enid novamente, em seguida solta um gemido e eu ouço um barulho

Que porra foi essa?

- Estou indo o mais rápido que consigo, nunca fiz isso antes, Enid! - diz Carl

Droga. Eu sabia exatamente o que estava acontecendo.

- QUE MERDA CARL! VAI SE FODER! - bato com força na porta e saio dali as pressas, chorando

Carl

- Ellie?! - bato de volta na porta - Você ainda está aí?

- Consegui! - diz Enid

- Ah merda! Ellie deve ter entendido tudo errado!

- Ótimo, aproveita que eu consegui abrir essa merda de janela com o dedo machucado e vai falar com a sua garota

- Obrigado, Enid - digo e então pulo a janela, procuro por Ellie em toda parte, até que a vejo nos portões e vou o mais rápido possível até ela

Ellie

- Pego minha espada e saio de Alexandria o mais rápido possível. Eu precisava sair dali para botar a cabeça no lugar.

- Ellie! Espera! - ouço a voz de Carl e acelero o passo, ele faz o mesmo e começamos a correr

Ele me alcança.

- Onde vai? - pergunta, botando a mão no meu ombro e me virando para si

- Qualquer lugar longe de você está de bom tamanho - dou um tapa de leve em sua mão, a empurrando e volto a andar. Ainda estávamos nos portões de Alexandria.

- Ah droga! Eu sabia! Você entendeu tudo errado!

- Não tem como entender errado, Carl!

- Me deixa explicar!

- Explicar o que? Que eu não fui suficiente pra você e você foi comer outra garota? Que em apenas um dia, a porra de um dia, você já ficou com ela? - olho furiosa para ele

- Você precisa me deixar falar!

- EU JA DISSE QUE NAO QUERO TE OUVIR, GRIMES! - pego o anel que ele me deu e o devolvo - de para a Enid - saio andando

- Ah, Ellie! Tem noção do quanto isso me dói? - ele aponta o anel para mim

- Tem noção do quanto me dói saber que eu não fui suficiente para o meu namorado?!

Ele me segue.

- VAI EM BORA PORRA! SAI DA MINHA FRENTE ANTES QUE EU FAÇA ALGO QUE ME ARREPENDA! - digo pegando na me minha espada e ele vai para trás

- Eu não vou falar nada com você! Mas eu preciso ir junto. Ninguém sai sozinho, Ellie. São as regras.

- Mas que porra! - solto minha espada e vou andando

Como ele disse, não falou uma palavra durante o dia, me ajudava a matar os zumbis no caminho e tivemos que nos esconder dos salvadores uma parte do dia. Mas fora isso, não fizemos nada juntos. Até que anoiteceu.

- Precisamos voltar - Diz Carl

- Se quiser vá, eu vou ficar aqui

- Você não me ouviu? Precisamos voltar. Não é mais uma questão de escolha

- Então me deixe aqui fora! Vai com a Enid, sua vida tá feita em Alexandria! Eu sobrevivi todos esses anos aqui, consigo dar conta de mim mesma! - Carl se assusta com o que eu disse e fica me olhando estranho

- Eu não vou te deixar aqui, Ellie. Eu prometi - ele pega minha mão e me leva para uma floresta, acabamos encontrando uma pequena casa que, para nossa sorte, estava limpa - Vamos ficar aqui

Me sento no pequeno sofá que havia ali e fico olhando para ele.

- Me fale. - digo

- O que?

- Se explique

Ele suspira, se senta na minha frente e pega o anel que me deu.