38 - Ameaça

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Depois daquele banho, dormimos. Acabamos acordando tarde por termos deitado quatro da manhã. Acordamos às duas, ouvindo barulhos estranhos.

— Amor? — pergunto a Carl, que levantava da cama — o que está havendo?

— Acho que é o negan

— Não... Agora eu tenho certeza que aquele homem não tem coração

— Relaxe, não deve ser nada, só ele cobrando os suprimentos, ouviu? Por sorte temos tudo, vai ficar tudo bem — diz o garoto, em seguida começa a botar sua camisa listrada.

— Quer que eu vá? — pergunto, tentando arrumar um pouco meu cabelo

— Não precisa! Não quero que ele te lembre aquilo — agora, ele tenta pentear seu cabelo, mas estava muito embaraçado

— Deixa comigo — pego a escova de sua mão e começo a tirar os nós de seus cabelos — Acho que eu realmente preciso ir... talvez se eu for ele fique mais calmo... quer dizer, tem que ter algum motivo pra ele ter me escolhido pra ir ao santuário, não?

De repente, me vem a cabeça a imagem do meu pai me empurrando no balanço. Seu rosto estava menos borrado. Eu via seus cabelos escuros, uma barba aparada e os olhos de Negan.

Não. Eu estava delirando. Apenas nervosa por ele estar aqui. Não.

— Amor, está tudo bem? — pergunta Carl, se virando para mim

— Eu só... Não é nada, esqueça — me levanto e pego uma roupa na gaveta — eu vou junto

Posso ver o garoto se virando imediatamente ao perceber que vou me trocar. Sorrio fraco com isso, mas logo voltam os pensamentos daquela lembrança estranha minha.

Descemos e fomos ver o que estava acontecendo. Estávamos na porta de casa quando começamos a ouvir aquela voz.

— Onde está ele? Precisamos ter uma conversa — Negan.

— Eu estou aqui, seu idiota — meu garoto diz, indo em direção ao homem, que por incrível que pareça, hoje não estava mais tão sarcástico — Veio em busca de seus suprimentos? Vamos dar a seus homens, depois disso quero ver seus caminhões e você bem longe daqui

— Não foi para isso que eu vim, por acaso vê algum caminhão? — ele estava apenas com dois carros e alguns homens — Precisamos conversar

Seu taco não estava em suas mãos.

— Ok. Vamos — Meu namorado fala, chamando Mich com ele

— Não. Apenas você — O homem fala

Meu namorado olha para trás, direcionando o olhar a mim.

— Não o machuque, porfavor — peço, já preocupada

— Veremos

Essa foi a última palavra dita por ele antes de ir para um ligar um pouco longe dali. Eles foram para uma das moitas, mas mesmo assim ainda tínhamos visão deles.

                               Carl

— O que foi agora, Negan? — pergunto, sem paciência

— Me escute bem. Você vai terminar com a garota. Vai terminar com ela hoje. Achei uma menina na floresta, ela andava com alguns dos mortos em bando. Usava um tipo de máscara estranha. Era como se fosse um deles. Eu a trouxe. Vai fingir a conhecer des de pequeno e vai dizer a Ellie que está apaixonado por ela, me ouviu?

— O QUE? QUAL A PORRA DO SEU PROBLEMA? VAI SE FERRAR! — grito

— O meu problema é aturar você encostando nela. Vai fazer exatamente o que eu mandei, ou...

— Ou o que?!

— Eu mato a Michonne. Mato ela, mato enid e Judith. Por fim, mato a sua namorada. Mato todas elas como fiz com seu pai

— IDIOTA! Qual a porra da lógica de fazer eu terminar com a Ellie se quer mata-la?! — boto a mão em meus cabelos, frustrado

— Não quero mata-la não quero matar ninguém. Mas vai ser o que acontecerá se não receber notícias de que terminaram até amanhã. Eu te dou um dia.

— Não faça ameaças que não pode manter, Negan!

— Exatamente, garoto.

Isso não podia estar acontecendo. Eu não podia a machucar daquela forma. Eu a amo. Eu preciso dela ao meu lado. Preciso dela. Eu jamais iria querer outra garota!

My salvation • Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora