13 - "o que temos é amor"

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tivemos uma ótima noite, tão boa que só dormimos de madrugada. Na manhã seguinte, olho para os lados e não vejo Carl.

- Bom dia minha princesa! Dormiu bem? - ele pergunta, aparecendo ao meu lado e eu dou um pulo com o susto

- Que susto! - rio e o beijo

- Temos que voltar pra casa. Quero contar a michonne e a Judith sobre nós! - sorrio para ele e fico olhando seu rosto - Ai! O que foi? Quer me deixar com vergonha? - rio

- Você é tão lindo... - digo, acariciando seu rosto

Ele tenta tapar sua cicatriz

- Amor! Ela é linda, para com isso! - Tiro sua mão da frente

- Eu fico com tanto medo de você me deixar, ou me achar nojento e estranho por causa disso. Eu tenho medo. Medo de você só falar que não se importa com ela pra mim, mas na verdade me acha nojento

- Eu nunca faria isso meu amor! De verdade! - me aproximo dele e beijo sua cicatriz, em seguida colo nossas testas. Consigo sentir o sorriso em seu rosto

Ficamos ali por um tempinho, até que arrumamos nossas coisas e voltamos para casa.

Ao chegarmos, Michonne vem correndo dos portões.

- Ah cacete! Vocês não podem fazer isso denovo! Estávamos indo procurar por vocês! - diz ela, e vai correndo para os braços de Carl - Eu fiquei com tanto medo - ela começa a chorar em seu ombro

- Me desculpa

- Tudo bem, agora estão aqui - ela da uma pausa e nos olha de corpo inteiro - o que fizeram lá fora? - ela fala, segurando o riso e olhando para um pequeno chupão em meu pescoço

- Não fizemos só isso viu! Pode parar de rir - retruco

- Na verdade Mich... - diz Carl, sorrindo e dando um passo a frente para segurar minha mão e a mostra para ela, que logo vê meu anel - é muito além do que você está pensando. Não é só sexo, oque temos é amor, de verdade.

Ela sorri para nós

- Eu sabia que acabariam juntos, des de quando Eliie passou por esses portões. Eu sempre soube que iria fazer seu pai deixa-la ficar e se tornar uma de nós - todos soltam um sorriso meio triste, ao lembrar de Rick

Um zumbi se aproxima de nós, e em um milésimo de segundo, Michonne acerta ele com sua espada.

- venham logo, antes que apareçam mais - diz ela, fazendo um gesto para entrarmos e assim o fazemos.


Mais tarde, após cada um ir para sua casa, vou encontrar Carl.

Mais uma vez, entro na casa dele e não encontro ninguém. Já vou logo abrindo a porta e subindo para seu quarto. Não o vejo.

A porta do banheiro estava aberta. Posso ver seus pés no chão.

- CARL! - solto um grito, vou correndo até ele, que estava chorando sem parar, em posição fetal deitado no chão. Ele estava com falta de ar, não conseguia respirar. Eu sabia muito bem o que era aquilo - Ah meu bem! O que houve? - abraço ele forte, o sentando. Carl estava apenas de cueca.

Ele me abraçou com mais força ainda.

- Me ajuda! Eu não... consigo! - Carl diz, apontando pra garganta

- Eu já entendi meu bem, preciso que fique aqui pode ser? Eu não demoro, te juro - ele tenta assentir, eu beijo sua testa e vou correndo para baixo pegar um copo d'água

volto o mais rápido que posso e dou a ele, com um canudo. Uma ótima dica para regular a respiração.

- Ótimo meu bem! Ótimo! Vamos tenta uma coisa? A regra de 5, como minha irmã chamava - sorrio, ligo a banheira e o boto no meu colo, com a cabeça sobre meu peito - é uma coisa para ajudar em uma crise ok?

Ele assente com a cabeça e continua bebendo a água, sem parar.

- Me fale cinco coisas que pode ver - digo, acariciando seu cabelo

Ele afasta o canudo boca e começa a falar, ofegante.

- Água... espelho... escova... janela e... - ele dá mais um gole na água - você..

- Ah meu bem! Pode me falar quatro coisas que pode tocar? - digo, acariciando sua mão

- O copo... o chão frio... os armários e... - ele olha para mim e acaricia meu rosto - você

Deixo escapar um sorriso bobo.

- Três coisas que pode ouvir, meu amor

- A água enchendo a banheira... Seu coração batendo descontroladamente - rio - e sua voz.

- Dois cheiros que pode sentir - falo sorrindo para o mesmo

- Consigo sentir o cheiro da água quente e o seu cheiro.

- perfeito. Agora finalmente algum gosto que possa sentir... - olho para sua boca, uma explosão de sentimentos, mesmo aquela não sendo a primeira vez.

Ele me beija.

- Sua boca - diz bem baixinho, perto de mim após separar o beijo

Eu o abraço. Consegui o acalmar.

My salvation • Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora