Alô dentro havia um pedaço de papel bem dobrado. abro com cuidado para não rasgar.
Olho para ele, sem entender muito bem o significado daquilo.
— "para que as borboletas salvem sua vida como salvaram a minha"? — pergunto, confusa
Ele sorri, se aproximando de mim.
— Eu costumava desenhar borboletas em meus pulsos, assim, se eu cortasse aquela pele eu as mataria. Isso foi uma das coisas que me ajudou a parar. Mas a principal foi você, Ellie. As borboletas que dão em meu estômago quando estou com você me salvaram. Estou te dando isso para as borboletas salvarem você tambem!
Eu sorrio para o garoto, o puxando para um abraço bem apertado.
— Por isso era tão importante... — sussura
— Mas nao é tão impôs ao ponto de arriscar sua vida
— Mas pode salvar a sua! — separa o abraço
— Amor, se você não estivesse vivo como me entregaria?
O mesmo fica quieto.
— Entendeu? — digo
— Sim...
— Porfavor, me prometa que nunca mais vai fazer isso
— Mas amor... Eu não sabia do seu aniversário, eu precisava te dar algo importante para você saber o quanto é importante pra mim! — diz, e eu logo seguro em suas mãos
— Ah meu deus! Fez por esse motivo também?! — ele olha para baixo ao ouvir isso — Você não precisa provar nada! eu sei o quanto me ama, ouviu? Eu sei disso! Não foi sua culpa não saber meu aniversário, ele não é importante
— É exatamente por essa fala sua que eu precisava fazer isso... Quero que esse dia deixe de ser uma coisa ruim, como a chuva. Me fale, o que lembra quando pensa na chuva?
— No dia em que dançamos com a água caindo sobre nós... — sorrio boba, abaixando o olhar — e o dia em que minha mãe morreu
— Lembrou primeiro da chuva. Esse é o ponto. Quero transformar a memória ruim do seu aniversário em uma coisa boa, exatamente como fizemos com a chuva... Pra isso, eu precisava do colar
Olho para ele, sem reação, mas por dentro eu estava dando pulos de alegria. Aquele garoto era meu mundo.
— Posso? — pede permissão para botar o colar em mim
— É claro... — Me viro de costas, tirando o cabelo do pescoço
Ele fecha o pingente do colar e logo após isso sinto sua respiração em meu pescoço
— Amor...? — me arrepio toda, normalmente ele pediria para fazer aquilo
— Se você quiser que eu pare me avise, ok? — diz, bem baixinho, o que faz eu fechar meus olhos, arfando de leve
— Ok... — respondo no mesmo tom
Meu namorado me abraça por trás, sua cabeça agora está repousada entre meu ombro e o pescoço, provavelmente sujando de vermelho com o sangue que ainda não havia secado em seu rosto.
Envolvo nossas mãos, deitando um pouco minha cabeça na dele.
Carl logo desfaz essa posição lentamente, nos deixando de frente para o outro.
— Eu amo você... — diz, e eu sinto um choque de emoções
— Eu também amo você...
— Eu vou fazer uma coisa agora, pode ser?
Fico receosa, mas cedo. Confio nele. Sei que não faria nada de mal a mim. Ele é o cara mais cuidadoso desse mundo.
Segura em minha nuca, beijando meus lábios em seguida. Foi ficando cada vez mais intenso, quando ele me pegou no colo, suas mãos em minhas pernas, para dar apoio. Seguro em uma de suas mãos.
— Amor? — pergunto
— Relaxe, tabom? Vou te falar aos poucos o que estou fazendo, fica melhor assim?
Assinto.
— Você não está se sentindo confortável? Quer que eu pare?
— Não é isso, é só que fiwuei nervosa
— Você... Lembrou dele?
Abaixo a cabeça
— Acho que sim... Me desculpa
Ele sorri triste.
— Vou te botar na cama agora, com bastante cuidado, ok?
Assinto, e assim ele o faz.
Me coloca sentada de frente para si, logo se abaixando em seguida.
— Vamos superar esse cara juntos, ouviu? — diz, segurando com suas duas mãos em rosto, e o acariciando com uma delas
Eu sorrio.
— Posso te beijar? — pergunta
— Pode
Carl deposita alguns selinhos em meus lábios antes de partir para o beijo. Na medida que fica mais intenso, ele me deita, como todo cuidado possível. Segura em minha nuca e aos poucos vou deitando na cama.
Meu namorado bota a mão em minha cintura, parando o beijo. Olha profundamente em meus olhos.
— Vou tocar em sua pele agora... — diz, e em seguida levanta levemente minha blusa
No momento em que senti sua mão levemente gelada tocando aquela local, eu me arrepiei, mas de uma forma boa.
— Seu corpo é seu refúgio. Ele é todo seu, ouviu? As pessoas só podem tocar com sua permissão, e se fizerem o contrário, a culpa é toda delas. Nunca é sua. Nunca.
Começo a me emocionar.
— Vou subir mais uma pouco, acha que consegue com que vá até seus seios? — pergunta, com o rosto cada vez mais próximo do meu
— Eu... Eu não sei... podemos tentar
— Tem certeza disso?
— Sim, tenho
Sorri, orgulhoso de mim.
Como disse, agora sua mão sobe para meus seios. Ele não aperta o local. Sua intenção com aquilo não era o prazer do sexo, eu sabia disso.
— Vou levantar sua blusa, tudo bem?
— Devagar, acho que consigo
Faz exatamente como eu disse. Deixa meu sutiã a mostra, após levantar a roupa que o cobria bem lentamente.
Passa sua mão sobre os dois, eu apenas fico de olhos fechados, aproveitando o momento e captando seus sentimentos.
— Vou descer mais uma vez... — diz, e começa após eu assentir de leve
Sua mão para perto de minha virilia. O garoto olha para mim.
— Não precisamos passar por aqui, ouviu? Só quero que saiba que é sua intimidade. Sua. Ele está morto e não vou permitir ninguém te tocar assim, nunca mais. Isso é uma promessa.
Sorrio com sua frase.
Após isso, ele passa as duas mãos em minhas pernas ao memso tempo, e depois sobe novamente, se deitando ao meu lado.
Olhamos um para o outro, sorrindo.
— Estou sentindo as borboletas — digo, rindo
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My salvation • Carl Grimes
FanfictionEm meio a um apocalipse zumbi, as pessoas esquecem que algumas delas ainda tem sentimentos. Após a morte de sua mãe e viver sua infância com traumas em um mundo apocalíptico, Carl tem seu psicológico altamente afetado. Ele perdeu totalmente sua luz...