My salvation • Carl Grimes

35 - o colar

                                Ellie

— Eles disseram três horas, Eni.

— Já deve estar chegando Ellie, fica tranquila

— Mas é se aconteceu algo?!

Estamos eu, Enid e Judith no quarto da menor. Mich pediu para que nós cuidassem dela enquanto estava fora, e assim o fizemos.

— Tenho certeza que não aconteceu nada. Precisa relaxar! — me aconselha, fazendo aviãozinho com algum brinquedo de Judy

Eu bufo, preocupada. Logo ouço a porta se abrir. Me levanto em um pulo, e atario a atenção das duas naquele cômodo.

— Ele chegou! — digo, eufórica

— Vai garota! — responde, rindo de mim ao ver meu entusiasmo

Desço correndo, com saudades do meu namorado. Quando chego na porta, vejo Mich cheia de sangue e uma expressão não muito boa em seu rosto.

— Oi, Mich! O que foi? Está tudo bem? — pergunto, preocupada e ela me lança um olhar que já responde minha pergunta

— Não, não está tudo bem

— Ele está bem? Vocês estão bem?

A mesma olha para baixo, e posso ver meu namorado na porta, coberto de sangue dos pés a cabeça. Imediatamente arregalou os olhos.

— Ah meudeus! Porfavor me fale que esse sangue não é seu e nem de ninguém vivo — me aproximo dele, mas direciono o olhar a mulher adulta naquela sala

— Precisamos conversar. Se sentem. — diz ela

— Posso me limpar primeiro? — Ouvir a voz dele novamente era tão bom!

— Não, Carl. Se sente, agora

Fazemos o que foi pedido, ficando um do lado do outro, de frente para ela.

Juntamos nossos pés por baixo da mesa.

— Sobre o que quer falar Mich? — pergunto, aquela situação estava me deixando nervosa

— Sobre vocês — olhamos um para o outro,  e logo segurando nossas mãos

Estava assustada. Acho que estou influenciando nas ações dele de alguma forma. Pelo jeito que ele voltou em casa, a ronda não foi nada tranquila. Talvez seja por minha culpa.

— Ellie, Carl pegou um colar para você nessa ronda. Quando estávamos indo em bora ele voltou na loja infestada de mortos para pegar essa droga. Ele arriscou a vida por esse colar idiota! Isso precisa parar!

— Não é um colar idiota! — retuca o menino, se lentando da cadeira de forma rápida, o que acaba soltabdo nossas mãos

Eu apenas observando aquilo

— Como assim? Porque fez isso? — pergunto, olhando para baixo — Entendo o que quis dizer, Mich. Ele arriscou a vida por minha causa. A culpa é minha...

— Não! Não foi isso!

— O que quer que eu faça? Eu estou influenciando nessas ações arriscadas dele. Está querendo dizer para terminamos?

— Ellie eu... — ela começa a falar, com um olhar de culpa. Acho que ela estava pensando exatamente naquilo

— Não! Não vamos terminar, Mich. Me desculpa, mas não vamos — ele fala, dando um ponto final na questão

— Carl, você não pode mais fazer isso. Tem noção de que quase morreu hoje? — ela fala, tentando ir ao lado dele, mas o menor se afasta

Sobe as escadas, nos deixando sozinhas na sala.

Ela começa a ssgui-lo, mas a impeço, segurando em seu pulso.

— Deixa comigo. Me desculpa por isso ter acontecido hoje — falo, breve e vou atrás do meu namorado

Já lá em cima, o encontro no nosso quarto, tirando suas roupas sujas de sangue. Ele estava apenas com a calça. Seu rosto é algumas partes de sua pele, que não estavam cobertas com a blusa, estavam completamente vermelhas.

Chego no cômodo, o abraçando por trás repouso meu pescoço em suas costas.

— Não quero terminar com você! Nunca! — diz, chorando e segurando em minhas mãos

— Eu sei meu bem. Eu também não quero. Não vamos precisar fazer isso, ouviu?

— Me desculpa, quando percebi que era seu aniversário e eu não sabia me senti muito culpado, eu precisava te dar um presente...

— Ah meu deus! Claro que não amor! Você não precisava mesmo! Eu não tenho uma boa memória do meu aniversário mais, então não importa...

— Eu quero fazer isso virar uma memória boa — se vira de frente para mim, ainda segurando em minhas mãos  — como fizemos com a chuva, se lembra?

Sorrio.

— É claro que me lembro!

— Por trás desse colar há um grande significado. Eu posso fazer esse dia virar uma boa memória só falando a você o que ele significa — vira minha mão, tirando a sua de cima

Quando as abro, vejo o colar. Era realmente lindo. Seu pingente de borboleta era perfeito. Vi que é abria. Olhei para meu namorado, surpresa.

— Abra! — diz ele, todo animado

Assim o faço. Vejo o que havia ali.