17 - inesperado

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— Amor?! — ele pergunta

De repente fica tudo escuro.

                            Carl

Vejo que a mesma estava caindo e corro para segura-la

— ELLIE! AMOR ACORDA!

Fico nervoso, Ron ainda estava ali perto, acho que ouviu meus gritos e veio correndo em minha direção

— O que foi?! — ele pergunta, e logo me olha — vamos, eu te ajudo a levá-la para a enfermaria

— Não toque nela! — o empurro, pegando Ellie no colo e correndo com ela até Enid

Paro algumas vezes no caminho, com medo dela cair dos meus braços, mas logo volto a correr, e finalmente chego.

— Enid! — entro, a botando na maca de um quarto particular — Me ajuda!

— Ah meudeus! — ela olha a situação — Carl eu preciso que saia daqui

— Ah droga! Não posso sair, eu sou o namorado dela!

— PARA FORA, CARL!

— MERDA! — saio bufando

                            Ellie

Acordo confusa e com uma grande dor de cabeça, olho para os lados e vejo enid me examinando

— Enid?! — Me contorço com a pontada de dor que sinto

— Ah Ellie! Que bom que acordou! Preciso que me fale onde dói — ela diz, se aproximando de mim

Aponto para o meu abdômen, até um pouco abaixo dali.

— Ah droga! — ela bota a mão na boca, em um gesto de surpresa, mas não uma surpresa boa — Eu preciso te examinar — ela diz, apontando com o olhar para minha parte de baixo, e eu olho para o mesmo lugar. Estava sangrando.

— AH MEU DEUS O QUE É ISSO? — digo, chorando de desespero

— Eu sinto muito, Ellie. Você sabia?

— Não, eu não sabia — boto a mão na cabeça, olhando para o teto e começo a chorar

Enid segura em minha mão

— Vai ficar tudo bem. Quer que eu chame o Carl?

— NÃO! ELE NÃO PODE SABER! — outra pontada de dor. — porfavor, só faça o que precisa

— Ok, vamos lá — ela diz e começa a tratar de mim

Durante o processo, eu apenas olho para o teto, chorando e pensando no que acabara de acontecer.

                               Carl

Fico sentado em uma cadeira em frente ao quarto que ela estava. Seu anel havia caído no chão, antes de eu bota-la lá dentro. Fico olhando para o anel, com medo do que aconteceu e o motivo pelo qual Enid não me deixou ficar com ela. Começo a chorar, com os braços apoiados nas minhas pernas e com a cabeça baixa.

— Carl? — Oucouma voz familiar, que logo se aproxima de mim — sinto muito, cara — diz, botando a mão em meu ombro, em forma de apoio

Olho para ele. Era Ron.

— VAI SE FODER! PORQUE CARALHOS ESTÁ AQUI?! — grito, me levantando e guardando o anel em meu bolso

— Cara, eu vim me desculpar — ele bota as mãos pra cima ao me ver com a mão na arma

— Não tem perdão para o que você ia fazer, "cara" — digo, pegando a arma e apontando para ele

— Eu sei. Eu sei, ouviu? Mas eu sinto muito. Eu realmente sinto. — ele vai se afastando — não mereço seu perdão, nem o da Ellie. Eu só quero dizer que vai ficar tudo bem com ela. Eu só queria dizer que sinto muito.

— VÁ EM BORA DAQUI! — destravo minha arma

Ele bota as mãos para cima e sai lentamente.

Quando a porta se fecha, desabo em lágrimas

— Grimes? — ouço a voz de Enid, e me viro rapidamente, em busca de notícias sobre minha namorada

— Como ela está?! — me aproximo dela

— Guade a arma

O faço

— Desculpe — olho profundamente em seus olhos — como está minha namorada?

— Convenci ela para te contar, mas preciso que seja forte. Você vai ouvir algo chocante, então, porfavor, seja forte

Olho para ela com receio, mas logo me direciona para o quarto. Ellie estava com um soro na veia, suas roupas cobertas de sangue em uma cadeira ao lado, ela estava com apenas um cobertor.

Ne aproximo rápido dela segurando em sua mão e acaricio seus cabelos.

— Ah meu amor! O que aconteceu?

Ela olha para Enid, que abaixa a cabeça, e logo começa a chorar.

— Me desculpe! — ela diz, posso sentir a dor em sua fala

— Ah meu amor! O que foi? O que quer que tenha acontecido, eu não vou ficar chateado! — abraço ela, a faço carinho na mesma

Separamos o abraço e ela olha para Enid, fazendo um movimento com a cabeça. O que me faz olhar para a minha amiga.

— Ellie sofreu um aborto espontâneo — Enid abaixa a cabeça e eu olho para a minha garota. Que fecha os olhos com medo do modo como eu reagiria

— Estava grávida? — pergunto

— Eu não sabia. Provavelmente daquele dia da chuva. Não sei o que pensar sobre isso, não sei o que sentir! Me desculpa!

Eu estava do mesmo jeito que ela. Não sabia como me sentia em relação a isso.

— Tudo bem, minha princesa — viro seu rosto para mim, segurando em sua nuca e a beijando, logo em seguida colo nossos narizes

— Você não está bravo?

— Mas é claro que não estou! Porque estaria? — fecho os olhos e ela me abraça com força

My salvation • Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora