48 - emoções

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Um pouco mais tarde, depois de Carl ter terminado de me explicar e esclarecer tudo, estávamos deitados juntos na cama.

Nós resolvemos tudo e estamos namorado novamente. Amanhã pego minhas coisas na casa de Enid e volto para cá.

Na cama, Carl estava olhando para o teto sorrindo, e quando eu ficava deitada de lado o admirando, fazendo movimentos circulares com meus dedos em sua pele. Ah, como era bom sentir sua pele novamente.

De repente, seu sorriso começa a aumentar cada vez mais, até soltar uma risada boba.

— O que foi? — pergunto, sorrindo com sua alegria contagiante

— Sabe, Ellie... — se vira para mim na mesma posição que eu estava, usando o braço de apoio para a cabeça — eu quero você, entende?

— Você tem a mim — rio

— Não, eu sei. Quero dizer que quero tudo que for possível fazer. Quero tudo isso com você.

— Como assim meu amor? — sorrio

— Eu quero uma família. Não só um namoro, entende? Não agora, claro. Mas em um futuro. Eu quero ter você ao meu lado pelo resto de nossas vidas, Ellie. Eu quero você.

Fico completamente louca com suas palavras, começo a sorrir loucamente, até nossos olhares se encontrarem mais uma vez.

Olhar no fundo dos olhos da pessoa que eu amo... Aquilo era incrível. Carl era incrível. Eu amo tudo naquele garoto. Seu olho, suas cicatrizes, seus cabelos, sua pele... Ah, sua pele... Amo tocar sua pele em dias frios, é como se minha mão o aquecesse, como se eu pudesse o proteger de todo mal. Eu amo tanto aquele garoto!

Abaixo minha cabeça ainda com o sorriso bobo em meus dentes.

— Hey... — me chama, fazendo eu levantar minha cabeça em direção a si — Eu te amo — sussura

Aquilo me fez arrepiar de um modo que eu achei que fosse impossível.

— Eu também te amo... — respondo, no mesmo tom de voz

olho para sua boca, e ele faz o memso comigo. Alteramos as vezes é olhamos nos olhos um do outro. Nos aproximando cada vez mais... Posso sentir seus lábios se encontrando lentamente com os meus, dando alguns selinhos e depois nos separando, com as testas e narizes colados.

Puta merda. Aquilo foi incrível. Foram apenas alguns selinhos, mas depois de tanto tempo, eu finalmente consegui beijar Carl. Sua boca encontrando a minha foi mágico. Nossos batimentos sincronizados, por conta do nervosismo. A adrenalina do primeiro beijo. Bom, não foi nosso primeiro beijo, mas era como se fosse. Sabe o sentimento de olhar profundamente nos olhos da pessoa que ama e sentir um conforto enorme? Saber que ele era perfeito. Carl era o garoto perfeito. Ele me compreendia. Não me obrigava a fazer sexo, cuidava de mim e, acima de tudo, me amava como ninguém. Aquele garoto era surreal. E eu senti tanta falta disso.

— Uau... — ele diz, bem baixinho após separarmos os lábios, se sentando

— Também sentiu, não foi? — digo na mesma entoação, soltando uma risada de leve e me sento com ele

— Oh, se senti! Senti tanta falta disso... tive tanto medo em perder você pra sempre — segura minha mão, a levando para seu colo e acariciando levemente, com a cabeça baixa

— Pode fazer o que for, nunca vai conseguir me perder, ouviu? Nada vai nos separar. Nunca. Eu prometo isso a você

Após dizer isso, o garoto levanta sua cabeça rapidamente, abrindo um sorriso para mim. Tomo um susto com seu abraço estantaneo. Acabamos rindo juntos mais uma vez.

My salvation • Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora