30 - medos e suas soluções

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Estávamos ouvindo uma música no volume mais alto, meu namorado dançado e eu rindo dele. Ele ficava muito lindo desse jeito, não conseguia parar de sorrir. O mundo era nosso, só havíamos nós na estrada, era como se não estivéssemos vivendo num inferno. Sempre que estávamos a sós, o mundo era perfeito. A companhia dele era a melhor de todas.

- Eu amo quando andamos de carro nessa estrada vazia sozinhos, é incrível - digo, um pouco alto para ele escutar

- Em? - pelo que parece ele não ouviu, mas continua sorrindo e só diminui os movimentos de sua dança, o que me faz sorri para ele

Carl para um pouco e me beija, eu me assusto com sua ação por conta do carro em movimento, mas logo começo a rir mais ainda

- Cuidado! - digo, ainda rindo dele

- Com o que? O mundo é só nosso, Ellie! - era como se nossas almas estivessem tão conectadas que ele leu meus pensamentos

Carl logo pega uma garrafa de tequila e vira em sua boca, em seguida me oferecendo.

- De onde tirou isso? - Pergunto, surpresa

- Da Mich, claro - ele vira mais uma vez - quer?

- Eca, não. Prefiro vinho

Ele faz uma careta, me fazendo rir mais ainda. Logo bota seu braço sobre meu ombro, o que me faz pensar que ele já estava um pouco sob o efeito da bebida.

- Eu amo ficar a sós com você. As vezes tenho vontade de fugir de Alexandria e viver por esse mundo só com você. Te ter ao meu lado faz com que o mundo não seja uma droga - ele olha para mim e eu sorrio para o mesmo

- Talvez não seja uma má ideia

- Sério?

- Claro, se ficarmos alguns dias fora e voltarmos depois, não vai fazer mal - digo, o que faz ele brincando um grande sorriso

- Então vamos agora!

- O que?! Está louco? - rio

- É sério!

- Temos que pegar as coisas da Mich, meu bem

- Arg! E se formos na volta?

Penso por um instante.

- Talvez - sorrio para ele, logo em seguida parando o carro - vamos, chegamos

Tiro meu cinto, entrando no local com a lista da Michonne na mão. Começo a rir mais ainda ao ver um pacote de camisinhas na minha frente. Aquilo se encaixava até demais com a história da Maggie.

- Do que está rindo? - Meu namorado pergunta, logo se aproximando de mim e vendo as camisinhas

Ele as pega e mostra para mim, rindo

- É isso? - pergunta é nós dois caímos na risada

Chega uma hora em que ele para de rir, se aproxima de mim apenas sorrindo e olha para minha boca.

- Eu posso?

Assinto, toda boba e em seguida ele pega na minha cintura, me beijando. Sinto algo estranho como se fosse um flash back daquele homem no santuário, mas tento ignorar.

Começamos a nos beijar mais intensamente, o que nos faz deitar no chão.

Ele passa sua mão em minha boca, no meu pescoço e vai descendo até minha barriga, onde eu sinto um sentimento muito estranho, mas não o peço para parar, com medo por ele estar levemente bêbado.

Acho que aquele homem estava bêbado no dia. Senti o cheiro de sua boca se aproximando de mim com aquele odor de álcool. Me sinto péssima por comparar Carl com ele, mas por mais que eu tentasse, a única coisa que se passava em minha cabeça enquanto Carl me tocava era aquele homem.

Meu namorado bota sua mão por de baixo de minha blusa e vai subindo lentamente. Eu fecho meus olhos, os apertando com toda minha força.

Eu realmente queria tirar aquele pensamentos ruins da minha cabeça, mas por mais que eu tentasse, era impossível.

Carl chega em meus seios e eu solto um soluço com o choro. Ele imediatamente percebe e recua. Tira sua mão dali e me olha preocupado.

- Eu fiz algo errado? O que foi? - pergunta, com receio

- Me desculpa, me sinto péssima por te comparar com ele... - digo, chorando mais ainda e tapando meu rosto com as mãos - Eu fiquei com medo. Lembrei daquele homem me tocando e...

- Ah meudeus! Me desculpa! - ele deita ao meu lado - eu sinto muito por ter feito isso, sinto muito mesmo, eu não devia!

Olho para ele, com o rosto molhado com as lágrimas.

- Nós não precisamos fazer isso, ouviu? Não precisamos nunca mais. Eu não me importo. Só fico triste por você ter medo do seu corpo... eu sei como se sente depois disso. Eu não quero que odeie seu corpo! Não foi sua culpa!

Ele vira de lado, segurando em minha mão. Eu continuo o ouvindo e encarando o teto.

- Posso fazer uma coisa? Se você pensar naquele homem enquanto eu estiver fazendo isso, me fale e eu vou parar, pode ser?

Assinto, agora olhando para ele.

Carl bota sua mão no meu rosto, fazendo carinho em minha bochecha. Em seguida, ele beija minha testa.

- Vou ser carinhoso. Não tenha medo de mim. Não precisamos fazer sexo. Eu só quero que você ame seu corpo da mesma forma que o amava antes

Ele desce sua mão um pouco mais, agora acariciando meu pescoço. Beija aquele local, me fazendo arrepiar.

- Não foi sua culpa. Não foi por causa do seu corpo.

Sua mão passa pelo meio dos meus seios, ele beija ali e se move lentamente para cima de mim. Deita sua cabeça naquele local.

- Eu escuto seu coração bater forte - sorri para mim e eu faço o mesmo - sente um sentimento bom ou ruim?

- Bom... - digo, bem baixinho em seguida fechando meus olhos

Suas mãos vão até minha cintura, ele as passa lentamente naquele local até chegar em minha barriga, onde levanta um pouco minha blusa e deposita vários selinhos.

- Não pense em mais nada além de nós. Estamos sozinhos, eu e você. Eu nunca vou te machucar, nunca vou te obrigar a ir além do que pode aguentar. Nunca - Eu sorrio, ainda de olhos fechados

Ele passa direto em minha genital, me fazendo sentir muito mais confortável e agora, o local em que ele acaricia são minhas pernas, em seguida beijando todo o local.

- Você é tão forte. Não há nada de errado com você, meu amor. Muito menos com seu corpo - Carl volta sua cabeça para cima, deitando seu corpo sobre o meu, logo me abraça, e eu faço o mesmo.

Acabo chorando de felicidade. Ele me fez sentir algo sobre meu corpo que pensei que jamais sentiria novamente.

- Eu te amo. Ah, como eu te amo, Ellie! Isso é tão intenso. Tenho vontade de ficar em seus braços para sempre!

Sorrio, completamente boba e deixando várias lágrimas escaparem e beijo sua testa.

Maggie tinha sua história da farmácia com Gleen e eu tinha a minha com Carl. A dela foi como tirou a virgindade dele, e a minha foi sobre como o garoto que eu amo fez eu amar meu corpo novamente.

My salvation • Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora