Mais uma vez, dormimos juntos. Eu acordo sem meu namorado ao meu lado, então levanto e o procuro.
— Amor? — desço as escadas, até que me deparo com a seguinte cena
Carl contando uma história para Judith. Ele estava deitado no sofá com a loirinha repousada em seu peitoral, acariciando seu cabelo. Já quase pegando no sono.
Sorrio com a cena, toda boba e sento na porta da escada para escutar.
— ... Então, o homem corajoso foi atrás do seu filho, que havia saído buscando por comida, ele levou alguns de seus amigos, e então... — ele segura o choro — alguns homens maus... eles... eles o pegaram — Carl não consegue mais segurar suas lágrimas — foi quando ele viu seu filho pela última vez, olha em seus olhos com um olhar que dizia mais do que mil palavras. O chefe dos homens maus quase mataram o filho do homenzinho corajoso. E foi aí que ele salvou seu filho.
Abaixo a cabeça.
— Ele foi um grande homem, sabia judy? — continua a fazer carinho em seus cabelos loiros — ele salvou, não só seu filho, mas como seus amigos. Ele salvou toda sua família — ele olha para a pequena, que já havia caído no sono e sorri
Levanta, com cuidado para não acorda-la e a repousa sobre seu colo, fazendo sua cabeça ficar repousada sobre seu ombro
— Eu te amo, Judy.
Ele a abraça com força e a coloca deitada em uma "cama" de cobertores.
Quando ele se vira, estou olhando para ele, com um grande sorriso.
— O homem corajoso também me salvou — digo, segurando sua cabeça e dando um selinho estalado nele
— Você está incluída em "família" — ele aponta seu dedo para mim – lembra? — sorri e segura na minha cintura
— Claro que lembro! — rio, botando meus bracos em seus ombros, mas faço uma careta pois senti uma dor, provavelmente do aborto
— O que foi?! Está se sentindo bem?! Eu te machuquei?! — bota a mão em minha barriga e faz uma pergunta atrás da outra
Rio.
— Fica calmo! Só estou com um pouco de dor, parece cólica
— Ah que susto! Já sei o que fazer
Carl me pega no colo e vai correndo subindo as escadas.
— Você é maluco! O que esta fazendo?! — Falo, rindo
— Te levando pro nosso quarto
Rio automaticamente até perceber o que ele disse e fico em silêncio. "nosso quarto"?!
Ele me deita na cama e começa a tirar minha blusa.
— Amor? — fico toda confusa
— Ah, espera aí! — ele vai para o banheiro e logo volta — posso?
— O que tá acontecendo? — rio e ele faz o mesmo
— Você vai ver. Eu posso? — aponta para minha barriga, perdendo permissão para tocar
— Claro que pode — continuo rindo
Ele passa um pouco de creme ali
— Ai! Tá gelado! — ele ri de mim e eu dou um tapinha de leve nele
— Pronto. Agora relaxe, pode ser? Eu vou conversar com você e quero que tire suas preocupações e problemas da sua cabeça. Eu estou aqui com você, só existimos nós dois nesse quarto — meu namorado começa a fazer uma massagem ali onde botou creme e eu ainda sorrio com sua fala — se quiser que eu pare é só falar viu? — faço que sim — é aqui onde dói?
— Exatamente — franzo a testa
Ele começa a fazer massagem ali. Mas ele fazia de um modo como se a dor não existisse
— Está melhorando?
— Demais — respondo, com os olhos fechados e aproveitando o momento
Ele muda sua posição, ficando de conchinha comigo. Uma mão dele estava por de baixo do meu pescoço e entrelaçada com a minha, ele aproximou seu rosto o máximo possível do meu e continuou a massagem com a outra mão.
— Sobre o que quer conversar, minha princesa?
Eu sorrio
— Antes de me trazer para cá você disse "nosso quarto" o que quer dizer com isso?
— Oh Deus! Esqueci completamente de falar com você!
— Falar o que?!
— Eu iria te chamar pra morar comigo
Meus olhos brilham
— Então chama, ué — ele ri comigo
— Ellie Smith, minha princesa, minha namorada, amor da minha vida, quer morar comigo? — damos mais risada ainda
— Eu aceito, senhor Grimes!
Nós nos beijamos. Ficamos ali, conversando e ele fazendo minha dor sumir, até que surge o assunto.
— Onde você aprendeu a fazer isso? — aponto com o olhar para sua mão massageando minha pele
Ele sorri, um grande sorriso.
— O meu pai fazia na minha mãe quando eu era menor. Sempre os observava, eles apreciam tão apaixonados
Seguro sua mão, parando a massagem e viro de frente para ele, deixando nossos rostos o mais próximos possível, mas sem beijá-lo ainda.
— Amor? — o chamo
— O que foi princesa? — bota meu cabelo atrás da orelha e acaricia essa parte do cabelo, sorrindo para mim
— Agrh... Sabe o... Aquilo...
— O aborto?
— É. E se eu não tivesse perdido?
— Nós iríamos cuidar, é claro — ele faz carinho em meu rosto com o dedão
— Quer ser pai um dia?
— É claro! Principalmente com você. Mas talvez não agora. Somos novos você sabe disso não é? E com a guerra do Negan...
— Claro que sei
— Não vamos ter agora, mas eu adoraria ter um bebê com você! Eu seria o melhor pai do mundo, mas por agora temos que focar em nós — ele me cela — o que acha de nos divertimos amanhã?
— Acho uma ótima ideia — agarro ele e subo em seu colo, brincando com o mesmo
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My salvation • Carl Grimes
FanfictionEm meio a um apocalipse zumbi, as pessoas esquecem que algumas delas ainda tem sentimentos. Após a morte de sua mãe e viver sua infância com traumas em um mundo apocalíptico, Carl tem seu psicológico altamente afetado. Ele perdeu totalmente sua luz...