My salvation • Carl Grimes

27 - nova amizade

Oi gente, autora aqui
Eu tô ficando meio desanimada pra escrever, quase ninguém interage ent sla, acho q vou parar
Mas enfim, fiquei com o cap 27 ai

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                                Carl

Chego com ellie em casa e a deito na cama, fico ao lado dela, mas a mesma estava virada para o lado oposto do meu.

— Amor? — a chamo

— Hum?

— Posso fazer conchinha?

Ela não responde, fico confuso com aquilo.

— Não quer que eu faça? Tudo bem, amor — digo

— Não é isso — ela se senta lentamente  e franzindo a testa por conta da dor, eu tento a ajudar mas ela não permite

— Porque está assim? — falo, me sentando junto a ela

— Porque eu estou assim?

— Amor?

— Você veio o caminho todo sem responder uma palavra sequer que eu direcionava a você. Não olhou nos meus olhos por duas horas, e eu que estou estranha?!

Olho para baixo

— Porque está assim, Carl? Porque está agindo assim?!

Fico sem resposta, continuo com meu olhar baixo.

Posso perceber lágrimas escorrendo de seus olhos.

— Está com ciúmes ou com raiva de outro homem ter me visto nua?! Está assim por outro homem ter me tocado, mesmo que a força?!

— O que?! Ellie! Claro que não! — aperto meus olhos

— Então olhe para mim!

Eu não consigo. Mas não podia ser por aquele motivo. Eu sabia que não era.

— OLHE PARA MIM, CARL! — ela diz, com a voz cheia de dor, mas eu não consigo falar nada

Eu queria, mas eu estava tão culpado que tinha medo de ver a dor em seus olhos. Eu apenas ouvia sua voz alta, um pouco travada por conta do choro. Eu queria a confortar. Eu realmente queria. Mas meu corpo me impedia. Era como se meu cérebro não obedecesse os sinais que dou a ele para olhar para minha namorada.

Ela precisava de mim naquele momento. Precisava mais do que nunca. Mas eu não conseguia me mover. Eu não conseguia.

— VAI SE FERRAR, GRIMES! — é a última coisa que escuto antes da porta bater com força.

Fico na mesma posição, eu simplesmente travei.

                                Ellie

Saio correndo dali o mais rápido que posso. Não consigo pensar em outro lugar para ir a não ser a casa de Enid. Já estava escuro, o que não era recomendado ficar andando pelas ruas nessas horas em Alexandria, mas eu precisava.

Enid mora com Gleen e Maggie. A última vez que a vi, ela me disse que eu havia abortado meu filho com Carl. Ela me ajudou. Ela foi compreensiva, eu precisava de apoio, e ela me deu. Eu preciso de apoio agora, mas meu namorado não olha em meus olhos. Aquilo era tortura.

Bato em sua porta com toda a força, acabada em lágrimas e Maggie atende a porta, assustada.

— Está tudo bem? Ah o que houve?! — pergunta ela,  preocupada, me botando para dentro e logo fechando a porta

— Enid está?

— Claro! Está lá em cima, pode subir

Tento subir aquelas escadas, mas era impossível com toda aquela dor. Maggie me segura no segundo degrau e me bota no sofá, logo em seguida gritando por Enid.

— O que houve com você?! Porque está desse jeito? — Maggie pergunta, me dando um cobertor e Enid aparece, junto a Gleen

— Ellie?! — ela me vê, surpresa

Eu desabo em lágrimas mais uma vez.

— Gleen, fora! — A mulher adulta diz, e assim seu marido faz

— No santuário... Ele não hesitou... Ele... — começo a chorar descontroladamente, o que me deixa com falta de ar

— Fique calma ouviu? Vou pegar um copo d'água pra você — diz Maggie, e deixa a sala

— Ele me estuprou, ele me forçou, eu sangrei, Carl cuidou de mim. Ele me limpou, me trouxe de volta. Mas... Eu acho que ele considera isso uma traição, mesmo que tenha sido uma tortura aguentar o pau imundo daquele homem entrando em mim! — olho nos olhos da garota, ela estava muito surpresa com o que acabei de dizer.

Ela não pensou duas vezes antes de me abraçar.

— Eu sinto muito, Ellie! Ah meudeus, eu sinto tanto! — me aperta em seus braços com força

— O Carl ele... ele limpou o sangue que saiu de mim depois daquele cara fazer... Droga! — choro mais ainda, separando o abraço — Ele limpou Enid. Ele é o homem mais respeitoso desse mundo, não é possível que ele tenha ficado estranho por outro homem ter me tocado!

— Ah, Ellie! Fique tranquila, ouviu? — acaricia meu cabelo, me botando em seus braços novamente — Você sabe, Carl não é o tipo de homem que pensaria assim, você sabe disso

— Posso te perguntar uma coisa?

— O que quiser

— Vocês estavam juntos?

Ela ri

— Lembra de quando falei que já ficamos, logo quando conheci você? — assinto — era mentira. Eu tinha muito medo de você machucar mais ele. Carl era meu melhor amigo. Ele já passou por tudo de ruim que possa imaginar. Ele entende sua dor, ellie. Eu apenas queria o proteger, não queria que ele passase por mais sofrimento

— O que quer dizer com "ele entende sua dor"?

Ela nos separa e respirar fundo.

— Ele sabe o que está passando. Sabe a dor disso. De um estupro. Ele joga toda a culpa para si, acha que a culpa foi dele de você ter vivenciado essa merda. A culpa não é dele, muito menos sua, me ouviu? Toda a culpa é daquele filho da puta que machucou minha melhor amiga!

Olho para ela, surpresa.

— Melhor amiga? — digo, limpando umas lágrimas do meu rosto e sorrindo para ela

— Claro! Já passamos por tanta coisa juntas que acredito que possa te considerar isso, não é? — ela retribui o sorriso e eu assinto