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Obito

Se o mundo ao menos soubesse o que você tem suportado

Ataques cardíacos todas as noites

Oh, você sabe isso não está certo

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Passei a noite em claro revirando na cama, olhando minha mão direita que ainda estava formigando um pouco. Minha imaginação sempre corria solta para me fazer rever a expressão do Deidara quando o ajudei com o remédio. A pele clara tingida de vermelho, a pressão gentil dos seus lábios na minha palma e o tom tão deslumbrante e tão profundo de azul que seus olhos parecia derreter até minha alma, assim como a lava azul única da formação vulcânica de Kawah Ijen.

Sempre que fecho meus olhos eu me perco naqueles breves segundos e meu corpo todo esquentava e os detalhes mudam.

Não estávamos mais na escola, mas sim no quarto de hotel que dividimos em Gaeshi. A pele do seu rosto ficou vermelha com as palavras que eu falei no seu ouvido, todas as promessas sobre o que eu queria fazer com ele. Deidara ficou ofegante e sem ar depois que eu beijei e toquei cada parte do seu corpo deitado sobre o meu. Eu segurei seus dedos trêmulos e frios quando eu me estiquei sobre seu corpo quente para beijar sua boca, provando o doce dos seus lábios.

Eu sempre acordava nessa parte, não permiti que minha mente passasse disso por medo. Tenho certeza que ele me odiaria se soubesse que tenho sonhado com ele nesses dias. Além disso, esse é o pior momento para pensar nisso, Deidara está lá internado e eu aqui perdido em fantasias. Sou um idiota egoísta.

Lutei contra mim mesmo e minha libertinagem e decidi ser produtivo ao invés de dar lugar às minhas fantasias. Deidara precisa que eu me foque em encontrar o assassino dos seus pais e em mais nada.

Foi engraçado quando amanheceu e por fim percebi que eu aprendi mais sobre Deidara conversando com o Chris do que com o próprio. Como eu imaginei, Deidara é reservado com todos e isso piorou depois da morte repentina de um amigo. Chris não estudava aqui na época, porém ouviu sobre pois o reitor da faculdade reservou um espaço nos corredores para servir de cenotáfio para Hayato.

Eu liguei para a legista que Rin me apresentou, como ainda faltavam alguns minutos para as sete, acredito que ela deve estar chegando ao trabalho ainda e talvez não esteja tão ocupada. Ela me atendeu pouco antes de eu ser direcionado para a caixa de mensagens.

-Quem é?

-Oii Kurona! É o Obito, se lembra de mim?

-Ah - ela pareceu confusa então relembrei o jantar que tivemos - Sim, oi. Precisa de ajuda?

-Por favor. Eu estou com a lista que você me ajudou a fazer e tem um nome que apareceu nas investigações, você tem uns minutos para conversar?

-Claro, eu estou atrasada mesmo, não fará diferença demorar mais um pouco - Me respondeu como se não fosse nada.

-Ok, bem... vamos lá. Hayato Kagura. Por que ele chamou sua atenção?

-Hm - Kurona estendeu o som até, provavelmente, se lembrar. Eu podia dar mais detalhes, mas queria ouvir novamente o que causou uma impressão nela. Poucos segundos e ela se lembrou.

-Ele era um jovem de 19 anos, saudável para alguém com arritmia cardíaca. Eu estranhei o nível do anticoagulante na sua corrente sanguínea.

-Anticoagulantes...

-São usados em casos como trombose, arritmia para aliviar a pressão nas válvulas do coração. Ele basicamente destroem as substâncias que se acumulam nas veias e facilitam a circulação.

O Vazio das ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora