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Daniel abriu os olhos estranhando o lugar. Não se parecia com a lancha alugada, e o cheiro era totalmente diferente, desagradável. Estava deitado de lado, um braço esticado para fora da cama e o outro dobrado perto do corpo, as pernas esticadas. Suspirou exausto. Seu copo estava acostumado, porém a corrida lhe deixou exausto, e agora conseguia sentir o cansaço junto a dores fortes na cabeça.
Os flashes de memória não faziam qualquer sentido. Lembrava-se de competir com Max o tempo inteiro, ao ponto do loiro cair para trás incapaz de continuar virando os copos. Sabia que cantou e dançou muitas músicas com Esteban, resultando em um acidente com um dos garçons que trazia as bebidas. No meio do tumulto houve algumas cores extravagantes, mas era difícil reconstruir as lembranças com certeza.
— Bom dia, chérie.
Rapidamente buscou por alguma proteção, sem pensar muito se estava ou não nu. Normalmente acordava duro, de forma inconsciente, é claro.
Os olhos azuis transbordava diversão.
— Ficou tímido agora?
Ele estava em um quarto, deitado desajeitado na cama. Persephone Stroll sentava-se a sua frente com os cabelos presos no alto da cabeça. Ela não parecia incomodada, porém ele sim.
— O que aconteceu?
— Você surtou junto com os idiotas. – Daniel olhou na direção que apontava, encontrando Gasly descansando a cabeça nas costas de Albon. Não deixou de notar os cabelos coloridos do francês. Isso com certeza explicavam as cores que se recordava brevemente. – Foi uma loucura fora do normal.
— Não acredito que aconteceu de novo. – puxou a coberta para mais perto, chegando até o queixo.
— É frequente?
— Deixou de ser quando Max começou a namorar Kelly.
— Hum. – assentiu.
O australiano virou-se para o lugar vago ao seu lado, vendo que dormira com Tsunoda. Um deles ousou fazer pintura neon no rosto do piloto. Não queria nem imaginar como o deixaram.
Percy o encarava em silêncio, os olhos azuis estudando seu rosto e cabelo. Ela não dizia absolutamente nada, porém conseguia se expressar apenas respirando. A beleza dela não o impressionava, talvez porque já esteve perto de muitas mulheres iguais. Ainda assim, não deveria entrar em um quarto cheio de homens desorientados, mesmo que nenhum fosse machuca-la.
— O que faz aqui? – perguntou rapidamente.
— Minha mãe queria que eu viesse vê-lo. – respondera indiferente.
— Eu?
Ricciardo não sabia que a família Stroll estava interessado nele. Não era um bom sinal.
