Chloe Strulovith estudava em Stanford. As notas da primogênita nunca foram motivos de reuniões gigantescas, normalmente os pais viam, parabenizavam e sorriam. Ter uma filha na faculdade era bom, porém não os deixavam extasiados. Era a única a não ser conhecida como Stroll, porque nunca usou o nome como seus irmãos. Na faculdade, os pais tentavam não se intrometer muito, uma escolha de Chloe.
Ela possuía as características do irmão, cabelos e olhos castanhos. Tentaram lhe tornar uma Miss, e arqueira, mas nada foi o suficiente para fazê-la desistir do seu sonho, trabalhar na NASA. Lawrence não entendeu quando a filha apontou para as estrelas e pediu por elas, o homem imediatamente comprou um ponto brilhante, dando o nome de Chloe Stroll, a garotinha detestou o presente de natal.
Reuniões familiares como aquelas raramente aconteciam, porque a mais velha detestava a atenção que os irmãos recebiam.
Para a Strulovith nada daquilo fazia sentido. A ligação que recebera dias atrás era de total desespero da mãe, imaginou um acidente envolvendo Lance ou pior, uma queda de Persephone. Ter sido convidada para um lanche em família com direito a pilotos famosos não estava no cronograma. Ela precisava estudar para se tornar uma cientista de verdade.
— Então é isso? – perguntou.
Lance assentiu mastigando seu pedaço.
Chloe não queria falar de roupas com a nova cunhada, ou interagir com a estranha que namorava um antigo amigo dos irmãos.
Algo ruim vinha acontecendo com Persephone, não falava com a irmã dês do velório de Anthoine, quando a viu debruçada no caixão fechado. Agora ela embarcava em uma loucura com um homem completamente desconhecido, que pronunciava as palavras de forma errada e brincava o tempo inteiro com Lance. Não estava certo.
Claire sorriu para a filha mais velha, concordando prontamente ao ouvir a pergunta.
O homem ao lado de Lawrence estava disposto a deixar o país Espanhol para ir até a Áustria conversar melhor a respeito da Aston Martin. Se Chloe estivesse certa, os dois queriam consolidar um relacionamento que ainda nem existia, usando um casamento. Muito arcaico na sua concepção. Persephone não aceitaria aquilo caso prestasse atenção na conversa e parasse de reclamar sobre o que Charles Leclerc vestia.
— Você me vem com um pano furreca achando que lhe cai bem? Os funcionários estão vestidos melhor.
— Discordo, gosto da estampa, realça meus olhos.
Chloe tirou o celular do bolso ao ouvi-lo tocar. Era seu professor e futuro chefe. Dissera ter ido resolver problemas familiares, mas era só seus pais arrumando confusão.
— Você é estudante, mas trabalha mais que nosso pai. – reclamou Lance.
Todos se calaram para olha-la.