— Desculpou Max depois de tudo?
Pierre bebeu um gole do drink sem álcool servido pelos funcionários da mansão Stroll. Charles sorrira para a namorada, sem querer responder.
— Por acaso é burro?
O francês cuspiu o liquido rosa, rindo da cara do amigo.
— Somos amigos! – defendeu-se.
— E eu o papai noel! – debochou.
— Está indo longe demais.
— Já fui! Estou completamente louca agora.
Pierre concordou com a amiga, levando um empurrão leve no ombro.
Charles não iria se explicar. Havia desculpado Max, e nada mudaria. Percy poderia não gostar da ideia, porém era problema dele.
— Pelo menos o Mazepin levou um socão. – Pierre a lembrou, mas a loira não estava feliz com a ideia. – Posso ficar na sua casa imensa até a próxima corrida? Queria uma carona.
— Peça a Max! – mandou irritada.
— Pensei sobre, mas ele deve está ocupado. Falando nisso, hoje é aniversário dele. – tirou o celular do bolso – Achei que aconteceria uma festa surpresa, mas o idiota estraga tudo com facilidade. Vai ter que aguentar minha mensagem de felicitações e reclamações.
— Fale que estou desejando parabéns. – Charles esticou-se para ler o que Pierre escrevia – Não se esquece de colocar o nome da Percy.
— Diga que desejo dez anos de azar.
— Dez anos de sorte. – corrigiu Charles sorrindo.
— Isso é bem específico. – comentara Pierre pensativo – Irei desejar a eternidade de sorte, assim facilita.
— Ótima ideia!
— Mas seria mentira. – reclamou com o namorado e amigo.
— Desejamos sorte, então não é mentira.
Ela bateu o copo na mesinha madeira entre eles. A recepção no jardim fora uma ótima ideia, pois estava propensa a sujar os tapetes caros de Claire Stroll se continuasse com o humor tão ácido.
— Isso me coloca dentro ou fora do jatinho? – perguntara Pierre.
— Dentro. – respondera Charles.
— Fora. – interrompeu Percy.
— Vou confiar no meu melhor amigo, você perdeu essa posição.
— Nunca quis!
— Mentirosa.
Percy ameaçou jogar a bota em Pierre, mas Charles a parou antes que concluísse o plano de homicídio.