Charles empurrou Carlos para o lado, apenas para ser implicante. Sainz não deixou barato, usando um pouco mais de força.
— Não entendo porque você foi chamado também. – suspirou o espanhol – Lance não destruiu seu rosto?
Tocou o próprio rosto, ainda sentindo algumas dores. As regiões estavam sensíveis, mas melhoravam aos poucos. Fora ao médico para ouvir esporro, depois visitou a família e levou bronca da mãe tendo os irmãos como plateia. Charles passara um tempo sozinho no seu apartamento, andando de bicicleta e carregando as caixas de Charlotte.
— Somos amigos há muito tempo.
Sainz dera uma risadinha sem graça, irritando o monegasco.
— Amigos não batem em outros amigos!
— Max discorda!
— Ele é louco.
Os dois pilotos da Ferrari conversavam de forma peculiar, pois a nacionalidade de ambos era evidente no idioma, puxando algumas palavras, inventando outra. No grid poucos entendiam o que tentavam dizer um para o outro. Charles tentava o espanhol, Carlos fingia saber francês, falavam em inglês sem entender muito bem o que escutavam. A viagem fora uma bagunça por causa disso, recebendo a atenção de muitos.
— Ainda não entendi o que aconteceu, você a salvou, mas causou o acidente? Que amigo de merda.
Charles empurrou o amigo, sendo empurrado de volta.
O espanhol bateu na campainha diversas vezes, irritando Leclerc.
— Para de ser idiota!
— Idiota é você. Veio aqui ridiculamente ridículo.
— Isso não existe, Carlos.
— Ser ridiculamente ridículo?
— Sim.
— Existe sim, e só uma pessoa consegue ser assim, Charles Leclerc.
— Você que é ridículo, por isso continua solteiro!
— Disse o outro solteiro.
Charles bufou.
— Eu tenho meus contatos, ok?
— Tem sim, Lance Stroll.
A porta fora aberta por Lance, seu sorriso desapareceu ao ver o monegasco na sua porta.
— Olha o meu garoto ai! – Carlos abraçou o Stroll rindo da situação – O herói.
— O que veio fazer aqui? – perguntara a Charles, ignorando o espanhol.
— Sua mãe me convidou.
Lance não deixou que entrasse.
Charles cruzou os braços.