Nunca esteve tão feliz em se despedir de todos aqueles malucos de uma vez. Não importava o quanto sua mãe queria que ficassem, eles não podiam ficar um só segundo em Montreal. A casa se tornara um grande circo orquestrado por gente desiquilibrada.
— Volte mais vezes, ou vou te buscar em casa, ouviu? – Claire dissera para Pierre.
O francês sorriu bobamente pela atenção especial que recebia. Percy franziu o cenho para a mãe, esperando por uma explicação, porém ela se mantinha paparicando o piloto.
— Sempre tiveram tanta sintonia. – comentou para Kate. – Um falava e o outro completava.
Ela olhou para Persephone com os olhos semicerrados, claramente não gostando de ouvir aquilo depois da Stroll ter passado dois dias inteiros com o namorado.
— Sempre achei que Pierre seria o escolhido. – entrelaçou seu braço com o de Charles – Mas olha como é a vida, ela namorou Anthoine e você encontrou essa moça linda.
— Isso é verdade. – concordou o francês.
— Mas agora Percy está solteira, e você não. – dera uma risadinha.
Lance escondeu o sorriso com a mão.
— Muito comprometido com essa linda mulher.
Kate sorriu minimamente, não gostando de como a conversa caminhava.
— Sabe como conheci Lawrence?
— Foi muito bom te rever Pierre, prazer Kate. Façam uma boa viagem. – Percy os abraçou rapidamente agilizando a despedida. Claire ainda assim os manteve na varanda, presos naquela conversa constrangedora sobre a mulher traidora que não teve pena da amiga.
— Ele era comprometido, mas nos casamos. A sintonia sempre vence.
Pierre arregalou os olhos.
— Eu e Percy somos apenas amigos.
— Assim que é bom, certo? – olhou para Charles.
— Eu não sei.
— Charlotte era amiga de Giada antes de tudo acontecer, não é?
Lance forçou um sorriso simpático mostrando bastante dos seus dentes perfeitos.
— Vou indo nessa. Vejo vocês na Bélgica.
— Claro meu quase querido genro. – acenou sorridente.
— Minha mãe é louca! – gritara Percy para que Kate ouvisse e não matasse Gasly no caminho do aeroporto.
Os carros aos poucos foram embora da propriedade Stroll, deixando apenas a pequena família para trás. O silêncio poderia reinar novamente.
— O namorado da sua irmã é cientista, mas tem um carro da Ford. – resmungou Claire decepcionada – Achei engraçado ver aquele automóvel tão pequeno perto de carros que valem o valor da pesquisa dele, coitado. Mandei seu pai enviar um cheque.