Ela era uma tola.
Pobre Persephone Stroll que chora pelo irmãozinho, depois volta para Mônaco para chorar pelo namorado morto e dirige até o apartamento de Charles Leclerc.
Estava parada ali fazia duas horas. Não pensou em outra opção, além de se arrumar com um belo vestido e ficar encostada esperando por ele como uma louca obsessiva. Pensava o tempo inteiro sobre o beijo, o gosto salgado na sua língua, os toques fortes, os gemidos doces de Charles, o modo como ele cedeu para ela.
Seria mais inteligente levar flores para o Verstappen e receber um palavrão como resposta.
Batera no volante com raiva.
Grande burrada.
Deveria ter ido para casa com os pais, e não perdido tempo em Mônaco. Sua cura não estava naquele apartamento cheio de fantasmas.
Ansiava entender como sentia-se em relação a violência de Charles, toda a dor que a fazia sentir, para lhe encher de prazer.
Olhara novamente o apartamento ao ouvir a garagem ser aberta. Uma Ferrari saiu. Era meia noite, mas as ruas continuavam cheias.
Percy lutou contra si, no entanto virou o volante e o seguiu. Não estava com seu cotidiano carro verde chamativo, mas um que pertencera a Anthoine. Ela usou tudo a seu favor para passar despercebida, não queria criar confusão, estava em um momento de serenidade, buscando paz interior. Se estava seguindo Charles, era apenas para uma pesquisa particular.
A loira olhou-se no espelho retrovisor. Não parecia uma estudante inocente, bastava olhar para o vestido escolhido e batom vermelho.
Tudo uma pesquisa, nada mais.
Riu para si mesma no reflexo.
— Uma mulher tão bonita não perde tempo com um homem desses. – mexeu os ombros, despreocupada – Eu sou uma Stroll.
Charles dirigia para um ponto preocupante, mantinha-se sendo seguro, porém conhecido por uma reputação de perversão. Percy não ia para aquela parte de Mônaco, e qualquer pessoa com senso repetia sua ação. Não significava que alguém roubaria seu carro, no entanto sairia dali com alguns problemas relacionados à prostituição, ou pior. Estrangeiros costumavam ir para se divertir.
Estacionou o carro alguns metros longes de Charles. Ele estava sozinho, como ela imaginara, pois duvidava que Charlotte fosse gostar de frequentar um lugar tão impróprio.
Arrumara o vestido preto, torcendo para não se arrepender.
Preparou-se para sair, mas hesitou ao ver outra Ferrari parar perto do carro de Charles. Percy sorriu abertamente quando Charlotte saiu do veículo. A mulher entrou empurrando o segurança.
Persephone correu para assistir de perto o caos do casal do ano. Tirara da bolsa notas altas e colocou no bolso do homem grande que barrava a todos.
Fora fácil encontrar Charlotte, pois era a única que não se vestiu para caçar algum parceiro sexual. Enquanto Percy não pensara muito a respeito, porque no fundo queria impressionar alguém.