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Estava no sangue dos Strulovitch ser difícil de engolir, e seus sogros vivenciavam aquilo pessoalmente

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Estava no sangue dos Strulovitch ser difícil de engolir, e seus sogros vivenciavam aquilo pessoalmente. Nem mesmo seu cunhado, Arthur Leclerc, ousava fazer contato visual por muito tempo. A reputação de Percy precedia, ela não era boa, ao menos não depois do acidente, e da ruptura. A família Leclerc estava acostumada à líder com a simplicidade afortunada dos Siné, família de Charlotte.

Existia uma hierarquia poderosa no mundo dos ricos. Percy sabia que seu pai não era o homem mais poderoso do mundo, porém Emmanuel Siné se calaria para entender cada um dos planos econômicos de Lawrence Stroll. Sendo assim, os Strulovitch não se calavam diante de milionários.

O poder de Persephone era tão nítido, que as pessoas costumavam se afastar. Estava no seu modo de falar, olhar, mover-se e até em como bebia seu vinho. Ela nunca esteve disposta a mentir para acalmar almas perdedoras, apesar de que ofuscou tudo aquilo por alguns anos diante de uma única pessoa.

— Estou animada para conhecer o encontro em Mônaco. – dissera.

Lorenzo sorriu. Entre todos, ele era o único que não demonstrava desconforto perto da loira, ela apenas não se decidiu se era bom ou ruim.

Pascale olhou da Stroll para o filho.

Claro que seu filho não havia contado absolutamente nada sobre seu plano de convidar a noiva do irmão para um passeio em Mônaco. O olhar da sogra não preocupou Percy, porém bastou virar-se minimamente para Charles, para notar que ele estava preocupado.

Mônaco era um tabu gigantesco para a Stroll. Ela guardava muitas lembranças daquele lugar, e os fantasmas criavam terríveis pesadelos para invadir seus sonhos. O que o piloto ainda não sabia, é que Percy criou outro terrível demônio ao entrar no carro da Ferrari.

Era para ser um simples jantar, mas se tornou um grande problema.

— Meus pais ficariam felizes em vê-los em Montreal. Eu e meus irmãos crescemos lá, e não temos planos de ir embora.

— Vão morar no Canadá? – Arthur olhou para Charles.

— Aparentemente sim.

Aquela era a parte favorita dela. Charles raramente ia contra suas ideias. Ele era bastante devoto à noiva, sem jamais esconder. Percy tendo uma personalidade perigosamente narcisista se via nas nuvens.

Hervé não deixava clara sua opinião sobre a ideia do filho, mas provavelmente não faria diferente. Percy se manteria em Montreal, até uma mudança de ideia drástica lhe levasse para qualquer outro lugar. Por enquanto, sua casa no Canadá seria construída com todo o dinheiro paterno disponível.

— Em breve Charles será um Stroll, deve ficar perto de nós.

Arthur abaixou a cabeça mexendo na comida restante no prato.

Percy queria muito se importar com sua nova família, mas não gostava de como eles reprovavam a mudança. Ela também seria uma Leclerc, porém havia muitos deveres sendo uma Strulovitch. Seu futuro marido teria que aprender a gostar dos negócios, do mundo cruel que os esperavam de braços abertos.

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