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Limpou o molho branco que infelizmente caiu na calça jeans

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Limpou o molho branco que infelizmente caiu na calça jeans. Carlos mantinha os olhos atentos na reportagem local, fingindo entender bélgico. Haviam acabado de dar algumas entrevistas, as perguntas foram comuns, completamente o esperado. O clima prometia chuva em spa, preocupando a equipe e familiares.

Ir para Bélgica perturbava Charles com facilidade, porque suas perdas foram grandes. Ele tentava não deixar transparecer, fingia muito bem para todos, porém sentia saudades, e se punia pelas escolhas fúteis. Ele fora para a última curva feita por Anthoine prestar homenagem, prometer uma vitória, e se desculpar por qualquer atitude idiota, porque ele fizera diversas ao longo dos anos.

Ele estava feliz com Persephone. Não sofria com nenhum arrependimento como muitos sofreriam no seu lugar. Conhecera Hubert o suficiente.

— O que ele disse? – perguntou ao amigo.

Carlos passou a mão pelo cabelo.

— Sobre relâmpagos que atingem árvores. – dissera qualquer coisa que viera a mente usando as gravações de moradores como base.

— Mentiroso.

— É sim, entendi tudo.

Voltou à atenção para a reportagem fingindo o dobro de interesse.

Existiam algumas regras entre eles, e uma delas era que quem pegasse o controle da televisão primeiro poderia escolher qualquer programa. Sainz colocava reportagens locais para irritar Leclerc, enquanto o monegasco passava os canais sem esperar entender do que se tratava. Baseava-se no mesmo quando estavam no carro um do outro, apenas o dono podia escolher as músicas.

— Olha só! – apontou entretido – Um senhor de idade reclamando do vizinho.

— Duvido que seja isso.

— Claro que é.

Carlos ainda não sabia sobre o amigo e Persephone. Charles queria contar em um momento normal, quando o espanhol estivesse descontraído, talvez ao lado de Lando, para ter testemunhas caso houvesse um assassinato.

— O vizinho fofoqueiro.

— Para com isso.

— Isso é caso de policia, Charles.

Terminou o almoço primeiro que Carlos.

Tudo que o espanhol fazia era lento. Charles se irritava facilmente, pois conseguia efetuar uma tarefa em segundos, enquanto o amigo demorava horas. Não precisava ser perfeito.

A reportagem terminou e Sainz ainda levava à boca a última garfada. Bebera o vinho em goles pequenos, degustando cada milésimo de sua vida.

— Já acabou?

— Espere.

Limpou os lábios, e arrumou os talheres na mesa.

— Agora podemos ir.

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