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Dabi narrando:

Naquela noite saí da casa é não voltei mais,estava indo para um lugar que talvez eu considerasse meu. Tudo estava me deixando puto pra caralho,o fato de eu não conseguir ficar mais calmo quando falam dela,ou por não conseguir pensar direito,é porra  eu fui atrás delas várias vezes hoje,merda eu nunca iria atrás de alguém. E eu decepcionei, ela,sei disso,vi quando ela matou aquele homem,vi a maneira como ela aproveitou a sensação de estar matando alguém. Eu conheço aquela sensação.
Contei para ela sobre meu nome verdadeiro,contei sobre coisas demais,mesmo que ela não estivesse 100% sóbria. Cuidei dela,porra ela mexeu comigo dês da primeira vez que entrou naquela merda de casa. Fui na casa dela enquanto aquele babaca do pai dela encostava nela,vi ela sem conseguir mexer o corpo porque estava assustada demais quando um babaca qualquer foi estrupar ela naquela porra de beco. Avisei a ela sobre Overhaul. Mas ela foi,ela não me deu ouvidos,é óbvio que não. Ele trepou com ela,inúmeras vezes,à machucou por minha culpa,porque ela é uma inconsequente de merda que quer me provar algo,que quer provar alguma merda pra alguém,provar que manda em si ou sei lá oque.
Mas que porra eu não deveria me deixar afetar tanto por uma garota de merda. Ela é mais nova que eu. Fez 18 anos ontem.

Cheguei na casa,no meio do nada,era uma casa velha já,com todos os móveis é a madeira da casa já podre,não sei se é impressão minha ou a casa está meio torta...
Entrei,ouvindo a madeira rangindo sobre minhas botas,observei o saco de pancadas que eu havia colocado ali alguns meses antes. Retirei minha blusa ,em seguida meus sapatos. E então comecei a socar,freneticamente,sem proteção ou algo do tipo,eu queria a dor,naquele momento ela era bem vinda para superar tudo oque estou sentindo. Cheguei ali de madrugada ainda,porém depois de parar de socar peguei o taco de beisebol que eu tinha trago,é quebrei alguns coisas,então quando percebi,já era dia.
Peguei meu celular no bolso da calça toda suja de poeira e percebi as horas, 10:03 eu demoraria umas duas horas para chegar até a casa novamente.
Vesti minha camisa,em seguida as botas,é então o capacete da moto.
No momento em que eu iria dar partida na moto para poder sair,um número desconhecido me ligou.

- Quem é? - Perguntei na esperança de ser a s/n,porém eu tinha o contato dela salvo...

- Te darei duas opções, Dabi. - Disse Overhaul.

- E que merda você tem na cabeça pra achar que eu irei escolher alguma delas? - Perguntei me deitando levemente sobre a moto.

- Porque a cicatriz que fiz no rosto dela será o menor dos problemas. - Ele disse rindo.

- Diga.

- Se afaste dela por completo,não lute por ela,igual a maneira patética que você fez ontem,mande à para fora da cidade ou algo do tipo. Não quero ver a cara dela.

- Não.

- Ou então ela vem morar comigo. Sem ter contato com você ou qualquer pessoa dessa sua casinha de merda.

- ah claro. - Eu disse revirando os olhos,mesmo que ele não pudesse me ver. - Por quanto tempo?

- Até eu me cansar de usar ela,ela transar bem pra caralho né?nossa...

- Cuidado com a forma de falar sobre ela.

- Você tem até o final do dia para me dizer,ou então eu irei dar um jeito de ela descobrir as próprias opções. - dito isso ele desligou.

Liguei a moto é sai em acelerado para a casa. Duas horas.
Fui para casa com todos aqueles pensamentos me consumindo,sinto que talvez eu tenha furado alguns sinais vermelhos é talvez quase batido,mas não me importo.
Duas horas depois eu havia chegado nela.
Entrei na garagem é guardei a moto,em seguida sai da garagem é fui em direção a casa, no momento em que entrei vi Twice brincando de pentear o cabelo da Toga ou algo assim, Tomura encostado na porta,calado como sempre. O resto deles eu não sabia onde estava, porém...

- Cadê ela? - Eu disse tentando conter a preocupação na voz.

- Ah você chegou. - Disse Toga. Tomura me analisou,da cabeça aos pés,porém não disse nada,nem uma única palavra,nem mudar a expressão do rosto.

- Olá Dabi. - Disse Twice parando um segundo com o coque mal feito no cabelo de Toga.

- Cadê ela?

- Não saiu do quarto o dia inteiro, estou ficando preocupado, ela nem almoçou,no meio da noite ouvi algo no quarto dela sendo quebrado depois ouvi ela gritar várias vezes pra alguém parar. - Disse Twice concentrado no cabelo de Toga. - Toga como arruma isso? - Disse ele tentando prender o cabelo dela.

- É nenhum de vocês tentaram entrar lá caralho? - Eu disse passando as mãos na parte de trás do cabelo.

- Eu tentei,mas o quarto dela estava trancado.

- Merda... - falei em voz baixa,indo em direção ao quarto dela,indo de dois em dois degraus.
Quando cheguei a porta dela,chamei seu nome inúmeras vezes,bati na porta mas nada,ela não respondia.
Não ouvi barulho lá dentro,barulho nenhum na verdade.
Em um ato de desespero completo,empurrei com o ombro a porta de seu quarto duas vezes.
Na terceira tentativa a porta se abriu fazendo um barulho exageradamente alto.

- Dabi que porra você está fazendo aí? - Ouvi Tomura gritando.

Entrei no quarto da s/n e olhei ao redor,cama... certo.
Fui em sua direção é sentei em sua cama,seu corpo estava encolhido no canto da cama contra a parede,como se ela quisesse se esconder do mundo,os cobertores da cama estavam todos mexidos,como se ela tivesse se mexido rápido demais é ter bagunçado tudo. Fui indo de joelhos até seu corpo,uma mão em seu corpo é vi que estava frio,frio até demais.

- Porra,S/n,ei. - Eu disse mexendo em seu corpo,minha respiração saiu do controle,eu estava desesperado pra caralho,eu fiz isso com ela. Chequei o pulso,fraco... fraco demais.

Passei uma mão por suas pernas,a outra por baixo da sua cabeça,trouxe seu corpo o mais próximo possível do meu próprio corpo é então sai da cama,fui em direção às escadas.
Quando cheguei ao final da escada,que ficava atrás do bar. Vi Tomura,Twice,Toga me olharem com calma,em seguida eles entenderam a situação.

- Que porra aconteceu com ela? - Perguntou Tomura.

- Remédios,remédios demais. Eu fiz merda. Cadê o Kurogiri para me levar pra um hospital? Kurogiri? - Eu disse gritando,ouvindo minha voz ecoar por toda a casa.

- Vamos para o carro,agora,vou levar vocês para algum hospital. - Tomura disse abrindo a porta para eu levar o corpo da s/n até a garagem,senti o olhar de todos sobre nós,mas não me importava,minha garota estava quase morta nos meus braços, por minha culpa.

- Deite ela no banco de trás. - Ele disse no momento em que entramos no carro.

- Ela não vai sair de perto de mim.

E então Shigaraki saiu da garagem,acelerando como um louco pela cidade,s/n estava mexendo constantemente a mão,tentando apertar minha camisa,como se procurasse proteção em alguém...

- Dabi... - Ela disse em uma voz tão baixa,tão inaudível. Di um leve beijo na sua testa e então falei,baixo o suficiente para que só ela escutasse caso conseguisse.

- S/n... fica comigo linda...

Stupid-Dabi Onde histórias criam vida. Descubra agora