32°

620 66 29
                                    

S/n narrando:

Dois anos haviam se passado.
Naquele dia em que sai do hospital,não encontrei Dabi na casa,em lugar algum na verdade.
Quando cheguei lá,ainda chorando,sem ter falado nada com Shigaraki o caminho todo, arrumei todas as minhas coisas,que não eram quase nada,na hora de sair do quarto,fui até a varanda é peguei o resto do meu maço de cigarro e procurei meu isqueiro,não estava em lugar algum...
Liguei para Overhaul para me buscar. Na época eu não soube o porque eu havia feito aquilo,porque havia corrido para ele.
Mas bom... nesses dois anos,muitas coisas mudaram, Overhaul era um babaca pior do que antes,mal me deixava sair,comprava todas as minhas roupas,falava oque eu deveria ou não comer,oque fazer,quando fazer... Foram dois anos terríveis com ele,mas ele esperou dois meses para começar a me usar,de todas as formas possíveis, até hoje eu paro para pensar em como não engravidei dele.
Sempre que ele me pegava vendo meu celular,brigava comigo,e nas poucas vezes em que tive coragem para ligar para Dabi,ele via,e então me torturava por horas,consegui algumas cicatrizes assim,uma na barriga,devido a uma facada que ele me deu, ganhei uma cicatriz no lábio também,era pequena,mas me deixava estranha, todas as vezes ele olhava para minha cicatriz no olho,que ele havia feito,e sorria para ela,como se fosse um troféu.
Foram anos terríveis. Mas nunca ousei tentar matar ele,por dois anos não usei minha individualidade pois estava esperando o momento certo.
Ele não me queria mais como a mulher dele. Eu era um objeto que ele exibia para todos. Sempre que tinha alguma reunião com Shigaraki ele não me deixava participar. Nesses dois anos... eu nunca havia visto Dabi.
Mas a mais ou menos um mês, eu cansei. Em uma noite qualquer,levantei da cama no meio da madrugada e peguei aquela adaga que eu havia pedido para Overhaul tanto tempo antes,mas que ele só havia me dado a alguns meses atrás. Me sentei em uma cadeira na sua frente e o observei dormir. Uma hora depois ele acordou e foi em minha direção indo me bater até me obrigar a voltar para a cama. Porém na hora que sua mão estava se levantando,minha individualidade foi acionada, minha névoa circulou seu corpo inteiro e o prendeu no lugar em que estava. Aconteceu algumas coisinhas que prefiro não contar,porém eu enfiei aquela faca nele. Em vários lugares e talvez eu tenha cortado seu membro favorito do corpo... E então o matei.
Depois vesti uma roupa adequada,calça e uma blusa quente,coloquei a adaga em uma espécie de cinto que havia em minha coxa, juntei todas as minhas coisas em uma mochila e sai.
Por onde eu passava eu sentia minha névoa saindo mais e mais de meu corpo,matando todos que estavam na casa. No momento em que eu estava saindo,senti minha névoa voltar para mim. Peguei uma das motos que Overhaul havia me dado,e sai pela cidade.

 Peguei uma das motos que Overhaul havia me dado,e sai pela cidade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Até hoje não entendo porque ele me deu a moto. Mas no momento em que sai,fui direto para a casa de meus pais.
Na hora que entrei,sem conseguir sentir uma emoção,sem conseguir sentir nada,sabia oque deveria ter feito.
Fui em direção ao quarto deles,e então vi minha mãe nua em cima de meu pai,ambos fazendo sexo naquela porra de hora. No momento em que me viram eles começaram a brigar comigo,mas não liguei.
Deixei minha névoa sair de meus dedos é deixei ela ir em direção à eles.
Matei os dois.
Peguei todo o dinheiro que eu sabia que eles tinham guardado, peguei todas as garrafas de álcool que tinha espalhadas pela casa é molhei tudo. Todos os cantos possíveis da casa.
E então,antes de sair,me despedi, peguei meu isqueiro novo (Eu nunca tinha achado aquele isqueiro que tinha na liga dos vilões. ) É joguei acesso na casa.
É então vi tudo pegar fogo... todas as minhas lembranças,tudo.
Eu havia pegado o dinheiro de Overhaul também.
É então fui para um lugar que eu já conhecia o dono.
Dirigi pela cidade inteira é entrei naquele bar. Falei com Joey,um amigo,ele tinha um bar que no andar de cima havia um apartamento,ele havia sido meu único amigo nesses anos. Tinha 1.80 de altura,uma barba rala no rosto, deveria ter uns 29 anos. E preparava os melhores drinks que eu já havia bebido.
Falei que queria comprar o apartamento no andar de cima,e ele... Bom,ele deixou.
É aqui estou . Um mês depois. Sentada no bar do meu único amigo,enquanto vejo ele me preparar um drink.

- Qual vai ser o de hoje,amorzinho? - Joey era a única pessoa que eu deixava ver quem eu era.

- Para de me chamar assim.

- Você adora,assume. - Revirei os olhos,oque só fez Joey rir da minha cara é me lançar um sorriso.

- Lotus Martini. - Falei decidindo a bebida.

- Porra muda pelo menos uma vez,você sempre bebe esse.

Vi Joey preparar minha bebida,vez ou outra ele parava para conversar com outras pessoas. E isso que dá ser amiga do dono do bar.
Alguns minutos depois ele veio vindo na minha direção segurando minha bebida.
Senti alguém passando atrás de mim mas não importei,em todos os momentos alguém passava,por mais que eu estivesse sozinha no último lugar do balcão e tendo somente um lugar desocupado ao meu lado também.

- Obrigada meu bem. - Falei bebendo um pouco,ele me olhou surpreso ,e então colocou braços no balcão e aproximou o rosto até demais do meu.

- Uau,está romântica hoje.

- Você vai me deixar bêbada,isso é tudo que importa. - Ouvi sua gargalhada de sempre.

- Você vai me falir sabia? Hoje todas suas bebidas são por conta da casa,amorzinho.

- Porque? Você é irritante me chamando assim,pare. - Falei com o tédio de sempre.

- Feliz aniversário,amorzinho. - Ele disse de modo irônico na parte do amorzinho.

- Não era para se lembrar,te contei uma vez enquanto estava bêbada.

- Mas eu lembro. - Ele parou de falar pois tinha alguém o chamando do outro lado. - Depois volto para ficar com a sua presença reconfortante. - Movi a cabeça em um sinal afirmativo e o vi partindo.

- Este lugar está ocupado? - Essa voz me era familiar,mas não me dei ao trabalho de olhar para a pessoa.

- Sim. - Falei,sabendo que isso deveria bastar para a pessoa ir embora. Mas ele não foi,somente se sentou ao meu lado enquanto o gelo de seu copo fazia barulho. - Eu já falei que está, vaza caralho...- Não consegui terminar a frase sem abaixar demais a voz.

Pois não era qualquer pessoa que estava ali.

Stupid-Dabi Onde histórias criam vida. Descubra agora